15- Avaliação das Práticas das Disciplinas e Sociedade do Curso de Medicina da UFAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
FACULDADE DE MEDICINA – FAMED
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO ENSINO NA SAÚDE

MARIA QUITÉRIA PUGLIESE DE MORAIS BARROS

AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS DAS DISCIPLINAS SAÚDE E SOCIEDADE DO CURSO
DE MEDICINA DA UFAL

Maceió
2013

2

MARIA QUITÉRIA PUGLIESE DE MORAIS BARROS

AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS DAS DISCIPLINAS SAÚDE E SOCIEDADE DO CURSO
DE MEDICINA DA UFAL

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de PósGraduação em Ensino na Saúde da Faculdade de Medicina
da Universidade Federal de Alagoas, como requisito para
obtenção do grau de Mestre em Ensino na Saúde.
Orientadora: Prof.ª Dra. Maria de Lourdes Fonseca Vieira
Co - orientador: Prof.º Jairo Calado Cavalcante

MACEIÓ - AL
2013

3

FOLHA DE APROVAÇÃO

AUTOR: MARIA QUITÉRIA PUGLIESE DE MORAIS BARROS

Avaliação das práticas das disciplinas Saúde e Sociedade do curso de medicina da
Universidade Federal de Alagoas

Trabalho Acadêmico de Mestrado submetido ao corpo
docente do Programa de Pós-Graduação em Ensino na
Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal
de Alagoas e aprovada em 15 de agosto de 2013.

_________________________________________
Prof.ª Dra. Maria de Lourdes Fonseca Vieira – UFAL (Orientador)

Banca Examinadora:

___________________________________________________________
Prof.ª Dra. Almira Alves dos Santos – UNCISAL (Examinador Externo)

___________________________________________________________
Prof.ª Divanise Suruagy Correia – UFAL (Examinador Interno)

___________________________________________________________
Prof.ª Dra. Maria de Lourdes Fonseca Vieira - UFAL (Examinador Interno)

4

A Deus, aos meus pais e irmãos,
ao meu esposo Luiz Carlos Barros,
aos meus filhos Lucas, Pérola e Luana,
ao meu neto Gabriel e aos meus amigos.

5

AGRADECIMENTOS

A Prof.ª. Dra. Maria de Lourdes Fonseca Vieira e Prof.º Jairo Calado Cavalcante, pelo apoio,
incentivo e motivação.
Aos amigos e colegas do EAPMC/FAMED/UFAL e da CSDGP/SESAU.
As companheiras da CIES/SESAU e do Núcleo de Saúde Pública da FAMED/UFAL,
especialmente a Divanise Suruagy, Graça Monte, Margarete Cavalcante, Patrícia Bezerra,
Quitéria Torres Nascimento, Sandra Farias Costa, Suely Nascimento, Teresa Cristina
Carvalho, Tereza Angélica Lopes, pela amizade, disposição, solidariedade e cooperação.
Aos professores do Curso, especialmente Prof.ª Dra. Rosana Vilela e Prof.º Dr. Jefferson
Bernardes.
A todos os professores e discentes por todos os momentos compartilhados e pela cooperação
para o desenvolvimento deste trabalho.
À minha família, especialmente a minha mãe (in memoriam), ao meu pai (in memoriam), ao
meu esposo companheiro Luiz Carlos Barros, pela compreensão, apoio, paciência e carinho.

6

O ensino bem sucedido promove a operatividade entre a
teoria e prática, problematizando o que foi apreendido no
contexto da experiência. A aprendizagem verdadeira leva
mudança em nosso jeito de ser no mundo e nos introduz em
novas maneiras de pensar, sentir e agir. Por isso mesmo traz
realização e prazer, ansiedade e medo. Crescer implica
também em perder e em ter de construir novas referências

Maria Lúcia Miranda Afonso, Marcos Vieira Silva
e Flávia Lemos Abade.

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RESUMO
Este trabalho acadêmico apresenta um artigo intitulado “Avaliação das Práticas das
Disciplinas Saúde e Sociedade do Curso de Medicina da UFAL”, que tem como objetivo
analisar a opinião de discentes sobre as práticas das disciplinas Saúde e Sociedade
desenvolvidas nos cenários das Unidades Básicas de Saúde em Maceió do primeiro ao
terceiro períodos do curso de graduação em Medicina da Universidade Federal de Alagoas –
UFAL. No universo de 110 discentes matriculados nas disciplinas, participaram da pesquisa
100 (90,91%). Estas disciplinas, integrantes da matriz curricular do curso de Medicina, são
relevantes na formação teórica e na aquisição de habilidades e atitudes necessárias à prática
profissional competente, juntos aos usuários do Sistema Único de Saúde. Trata-se de estudo
observacional, descritivo, quantitativo e transversal. Os dados foram obtidos através de
questionário semiestruturado. O banco de dados foi construído pelo programa EPI INFO
versão 3.5.3. Os resultados obtidos desta pesquisa contribuíram para o desenvolvimento de
um produto que é um projeto de intervenção o qual propiciará a melhoria da formação
médica, base de sustentação para modificação das práticas atuais com ênfase na integração
ensino, serviço e comunidade, para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
Palavras chaves: Educação Médica. Atenção Primária à Saúde. Saúde Coletiva.

8

ABSTRACT

This academic work presents an article entitled "Evaluation of Disciplines Health's Practices
and Society of the Course of Medicine of Federal University of Alagoas - UFAL", that it has
as objective analyzes the student opinion on the practices of the disciplines Health and
Society developed in the sceneries of the Basic Units of Health in Maceió of the first to the
third periods of the degree course in Medicine of the Federal University of Alagoas - UFAL.
In the universe of 110 enrolled students in the disciplines, they participated in the research
100 (90, 91%). These disciplines, integral of the head office curricular of the course of
Medicine, they are relevant in the theoretical formation and in the acquisition of abilities and
necessary attitudes to the competent professional practice, together to the users of the Unique
system of Health. It is study observational, descriptive, quantitative and traverse. The data
were obtained through questionnaire semiestruturado. The database was built by the program
EPI INFO version 3.5.3. The obtained results of this research contributed to the development
of a product that is an intervention project which will propitiate the improvement of the
medical formation, sustentation base for modification of the current practices with emphasis
in the integration teaching, service and community, for the invigoration of the Unique system
of Health (SUS).
Keywords: Medical Education. Primary Health Care. Collective Health.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABEM

Associação Brasileira de Educação Médica

ABEP

Associação Brasileira de Estudos Populacionais

ACS

Agente Comunitário de Saúde

APS

Atenção Primária à Saúde

CNS

Conselho Nacional de Saúde.

DCN

Diretrizes Curriculares Nacionais

EAPMC

Eixo de Aproximação à Prática Médica e à Comunidade

ESF

Estratégia Saúde da Família

FAMED

Faculdade de Medicina

IES

Instituição de Ensino Superior

NDE

Núcleo Docente Estruturante

PPP

Projeto Político Pedagógico

RAS/SUS

Rede de Atenção à Saúde do SUS

SBMFC

Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade

SMS

Secretaria Municipal de Saúde

SS

Saúde e Sociedade

SS I

Saúde e Sociedade I

SS II

Saúde e Sociedade II

SS III

Saúde e Sociedade III

SUS

Sistema Único de Saúde

UBS

Unidade Básica de Saúde

UFAL

Universidade Federal de Alagoas

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SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO
2 ARTIGO ORIGINAL: AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS DAS
DISCIPLINAS SAÚDE E SOCIEDADE DO CURSO DE MEDICINA DA
UFAL
3 PRODUTO: PROJETO DE INTERVENÇÃO “O DIÁLOGO ENTRE O
ENSINO E O SERVIÇO SOBRE O PLANEJAMENTO DAS PRÁTICAS
EM SAÚDE E SOCIEDADE I, II E III PARA O CURSO DE MEDICINA
DA FAMED/UFAL, NO CONTEXTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À
SAÚDE”.
3.1 Introdução
3.2 Público Alvo
3.3 Local de realização
3.4 Objetivos
3.4.1 Objetivo Geral
3.4.2 Objetivos específicos
3.5 Metas
3.6 Período de Realização
3.7 Percurso metodológico
3.7.1 Convidados
3.7.2 Carga horária
3.7.3 Oficinas de Trabalho
3.8 Produtos e/ou Resultados Esperados
3.9 Cronograma
3.10 Orçamento
3.11 Acompanhamento e avaliação
3.12 Referências
3.13 Textos Complementares
4. Conclusão Geral
REFERÊNCIAS
APÊNDICES
APÊNDICE A - Questionário
APÊNDICE B - Documento como envio do projeto de intervenção encaminhado
para o EAPMC e NDE.
ANEXOS
ANEXO A - Aprovação do projeto na reunião plenária do Comitê de Ética e
Pesquisa - CEP em 29/03/2012.
ANEXO B - Comprovante de submissão do artigo à Revista Trabalho, Educação
e Saúde.

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1 APRESENTAÇÃO
Este trabalho acadêmico é fruto da minha atuação como colaboradora à disposição do
Núcleo de Saúde Pública da Universidade Federal de Alagoas e servidora cedida à Secretaria
de Estado da Saúde de Alagoas. Sempre voltada para os processos formativos de graduação e
pós-graduação de profissionais de saúde, inseridos nas políticas públicas, na formação, na
gestão, na atenção à saúde, em direção ao fortalecimento da Política de Educação Permanente
em Saúde.
Em decorrência de minha trajetória como professora colaboradora das práticas da
disciplina Saúde e Sociedade II do curso de Medicinada UFAL, senti a necessidade de avaliálas do primeiro ao terceiro período do curso, buscando atender uma carência especifica do
Eixo de Aproximação das Práticas Médicas e Comunidade (EAPMC) e, desta forma,
contribuir com o Núcleo Docente Estruturante (NDE) que promove a avaliação, adequação e
realinhamento do curso de Medicina da UFAL.
Este trabalho apresenta uma pesquisa de campo na área de ensino em saúde no
formato de artigo científico original, intitulado “Avaliação das Práticas das Disciplinas Saúde
e Sociedade do Curso de Medicina da UFAL”, submetido à revista nacional Trabalho,
Educação e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ. O artigo tem como objeto de
estudo as práticas das disciplinas Saúde e Sociedade I, II e III.
Consta, também, neste trabalho, um produto que é o projeto de intervenção intitulado
“O diálogo entre o ensino e o serviço sobre o planejamento das práticas em Saúde e
Sociedade I, II e III para o curso de Medicina da FAMED/UFAL, no contexto da Atenção
Primária à Saúde”, elaborado com base nos resultados obtidos e nas discussões realizadas da
pesquisa.
O artigo, resultado de campo, que tem como referencial teórico a Saúde Coletiva e
Educação Médica. Entendo que as práticas das disciplinas Saúde e Sociedade I, II e III, são
relevantes na formação teórica e na aquisição de habilidades necessárias juntos aos usuários
do Sistema Único de Saúde.
O projeto de intervenção foi encaminhado ao Eixo de Aproximação à Prática Médica e
à Comunidade – EAPMC e ao Núcleo Docente Estruturante– NDE da FAMED/UFAL
sugerindo algumas ações ou estratégias de planejamento diante dos problemas identificados
na discussão dos resultados da pesquisa, além de oferecer uma resposta aos sujeitos do estudo.

12

2 ARTIGO ORIGINAL: AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS DAS DISCIPLINAS SAÚDE
E SOCIEDADE DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
ALAGOAS¹

Resumo
Este artigo avalia o relato de discentes sobre as práticas das disciplinas Saúde e Sociedade do
curso de graduação em Medicina da Universidade Federal de Alagoas – UFAL nas Unidades
Básicas de Saúde. Estas disciplinas compõem a matriz curricular do curso, são relevantes na
formação teórica e na aquisição de habilidades e atitudes necessárias à prática profissional
competente, junto aos usuários do SUS. Trata-se de estudo transversal, descritivo realizado
com 90,9% discentes matriculados nos três períodos do curso. Os dados foram obtidos através
de questionário semiestruturado elaborado pela pesquisadora. O banco de dados foi
construído pelo programa EPI INFO versão 3.5.3. Os resultados evidenciam o
reconhecimento da importância das práticas para a formação, principalmente nos aspectos de
aproximação à comunidade e aos serviços no SUS, necessários para o processo de
aprendizagem. Constata-se o descontentamento e insatisfação dos discentes (44,9%) em
relação como as práticas são realizadas, sendo que 36,7% concordam e 18,4% concordam em
parte com algumas ressalvas em relação ao planejamento didático, a organização das práticas
e comprometimento dos docentes.

Palavras chaves: Educação Médica, Atenção Primária à Saúde e Saúde Coletiva.

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ASSESSMENT OF PRACTICE OF HEALTH AND SOCIETY OF THE COURSE OF
MEDICINE UNIVERSITY OF FEDERAL ALAGOAS

Abstract
This article evaluates the students report on the practices of the disciplines Health and Society
of the degree course in Medicine of the Federal University of Alagoas - UFAL in the Basic
Units of Health. These disciplines compose the head office curricular of the course, they are
relevant in the theoretical formation and in the acquisition of abilities and necessary attitudes
to the competent professional practice, close to the users of SUS. It is study traverse,
descriptive accomplished with 90,9% enrolled students in the three periods of the course. The
data were obtained through questionnaire semiestruturado elaborated by the researcher. The
database was built by the program EPI INFO version 3.5.3. The results evidence the
recognition of the importance of the practices for the formation, mainly in the approach
aspects to the community and the services in SUS, necessary for the learning process. It is
verified the dissatisfaction and dissatisfaction of the students (44,9%) in relationship as the
practices are accomplished, and 36,7% agree and 18,4% agree partly with some safeguards in
relation to the didactic planning, the organization of the practices and the teachers'
compromising.

Keywords: Medical Education, Primary Health Care and Collective Health.

1

Trata-se de um artigo original, não apresentado em congressos, seminários, simpósios ou

similares. Resultado de uma dissertação de mestrado, sem conflitos de interesse. Aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFAL com protocolo nº 015121/2011-68.

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Introdução
As mudanças no perfil demográfico e epidemiológico da população brasileira, junto às
inovações no processo de trabalho possibilitam transformações na prática clínica e na
produção da atenção à saúde. Assim, o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil fomenta
novas demandas diante da necessidade de oferecer atenção integral, resolutiva e de qualidade
em todos os níveis. Isto exige transformações na educação médica, na formação e
desenvolvimento dos profissionais de saúde. (Brasil, 1990; Campos e Elias, 2008; Marins,
2011; Nogueira, 2009).
Cabe ao SUS, berço da política de formação e desenvolvimento de recursos humanos,
ordenar o perfil profissional requerido para melhor atender às necessidades da população, bem
como estabelecer políticas de articulação entre o trabalho e a educação em saúde. (Haddad et
al, 2011).
As mudanças na formação médica enfatizam que o ensino ocorra em outros cenários
fora do hospital universitário; que o discente seja inserido no serviço/comunidade desde o
início do curso; e que o perfil do profissional médico seja generalista, voltado para a
assistência integral, humanizada e para o trabalho em equipe. (Braccialli e Oliveira, 2012;
Cutolo e Cesa, 2003; Garcia et al, 2004).
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) de 2001 para o curso médico indicam
caminhos para enfrentar os desafios na graduação, enfatiza que deve haver maior vinculação
da formação acadêmica às necessidades sociais de saúde, tendo como eixo do
desenvolvimento curricular a compreensão ampliada do processo saúde-doença, considerando
o cidadão, a família e a comunidade, integrados à realidade epidemiológica e social. (Brasil,
2001a; Brasil, 2001b; Campos e Elias, 2008; Nogueira, 2009). As DCN enfatizam o cenário
da Atenção Primária à Saúde (APS) na formação médica, no sentido de reorientar o olhar
sobre os aspectos subjetivos do adoecimento nas dimensões biopsicossociais, propiciando ao
discente conhecer e vivenciar situações variadas de vida, da organização da prática e do
trabalho em equipe multiprofissional. (Caldeira, Leite e Rodrigues-Neto, 2011; Campos e
Elias, 2008; Nogueira, 2009; Oliveira et al, 2010).
A Saúde Coletiva, campo de saber e de práticas, pressupõe a compreensão mais
avançada da saúde como um fenômeno eminentemente social, coletivo, determinado
historicamente pelas condições e modos de vida dos distintos grupos da população, entendida
como parte do “complexo saúde-doença-cuidado”. Assim, a Saúde Coletiva se articula com
um conjunto heterogêneo de movimentos ideológicos de reforma do ensino e da organização
das práticas de saúde (Campos e Elias, 2008).

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Neste contexto, a formação médica sintonizada com as mudanças e o desenvolvimento
do SUS, precisa intensificar as articulações internas e externas, de buscar a integração entre o
ensino, serviços de saúde e comunidade, de modo a refletir não apenas nos profissionais, mas
também na perspectiva da integralidade do cuidado, sendo fundamental investir também no
desenvolvimento docente para avançar no ensino aos discentes. (Costa et al., 2012; Oliveira e
Alves, 2011).
A APS atua como agente essencial no processo educacional de uma Medicina mais
próxima da sociedade por intermédio da Unidade Básica de Saúde (UBS). Portanto, o
currículo precisa representar um recorte real do mundo, ser reflexivo e dinâmico, adequado à
organização da sociedade e da educação, de forma a estimular nos discentes, atitudes e
valores orientados para a cidadania (Costa et al., 2012; Maia, 2004; Ferreira, Fiorini e
Crivelaro, 2010; Oliveira et al, 2010; Oliveira e Alves, 2011).
Em 2006, a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de AlagoasFAMED/UFAL implantou uma nova proposta curricular, baseada nas necessidades de saúde
referidas pela população e identificadas pelos serviços, visando formar médicos generalistas,
aptos nos diferentes níveis de atenção como promotor da saúde integral do paciente. (UFAL,
2006).
O curso de Medicina da UFAL tem o Eixo de Aproximação à Prática Médica e à
Comunidade (EAPMC) que contém na matriz curricular as disciplinas Saúde e Sociedade
(SS) I, II, III, IV, V, VI e VII, dispostas em módulos. Estas disciplinas objetivam inserir o
aluno do primeiro ao oitavo período do curso na rede de saúde, para reflexão e construção de
práticas concretas em contextos reais, bem como a aquisição de conhecimentos e habilidades
na realidade loco-regional. (UFAL, 2006; UFAL, 2008).
As disciplinas SS I, II e III desenvolvem práticas junto as UBS da rede SUS de
Maceió do primeiro ao terceiro período do curso, respectivamente. Elas são ministradas por
docentes do EAPMC, perfazendo um total de 200 horas por semestre, sendo 60% da carga
horária de aulas teóricas e teórico/práticas e 40% de práticas. As turmas são de 20 discentes,
realizam práticas em sala de aula e na UBS, utiliza metodologias ativas tais como: dinâmicas
de grupo, levantamentos e consultas bibliográficas, exposições dialogadas, produção de
relatórios de estudo e seminários. Os discentes realizam suas práticas na mesma UBS por 3
semestres consecutivos.
Antes do início letivo, as atividades das disciplinas são planejadas em reuniões no
EAPMC. Há contatos prévios com os dirigentes das UBS para organização das práticas. As
disciplinas SS I, II e III iniciam como sempre com uma preparação dos discentes através de

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discussão do Manual de Práticas das Disciplinas Saúde e Sociedade, contendo os objetivos,
orientações de procedimentos e os critérios de avaliação. As atividades são planejadas,
acompanhadas, supervisionadas e avaliadas pelos docentes da respectiva disciplina.
Geralmente, a equipe de saúde da UBS dá apoio/suporte técnico às práticas.
As ementas das disciplinas direcionam o discente para o processo saúde-doença e seus
determinantes, ao SUS e suas UBS, desenvolvendo atividades em equipe contextualizada na
realidade sócio sanitária da população, refletindo sobre a complexidade da prática e os
diferentes aspectos que envolvem o trabalho médico em UBS e na comunidade. (UFAL,
2006).
A Faculdade de Medicina não dispõe, até o momento, de dados de pesquisa de campo
nesta área, portanto, este trabalho vem preencher esta lacuna, ao analisar a opinião dos
discentes, identificando as facilidades/dificuldades e pontos fraco-fortes inerentes às práticas
das disciplinas Saúde e Sociedade.

Objetivos
Este estudo avaliar o relato dos discentes sobre as práticas das disciplinas SS do curso
de Medicina da FAMED/UFAL. Os objetivos específicos foram: caracterizar o perfil dos
discentes quanto à idade e aspectos socioeconômicos, descrever o relato dos sujeitos sobre a
metodologia de ensino, planejamento, processo de acompanhamento das atividades,
infraestrutura e condições para a aprendizagem das atividades nos cenários de práticas.

Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo, transversal, de natureza quantitativa, realizado com
discentes, envolvidos com as práticas das disciplinas SS, desenvolvidas nos cenários das
UBS, nos três primeiros períodos do curso de Medicina da UFAL, em 2012. No universo de
110 discentes, participaram 100, representando 90,91% da população estudada.
Os dados foram coletados no final do período letivo do primeiro semestre de 2012, a
fim de observar uma vivência recente das práticas, evitando-se vieses, frequentemente
encontrados em levantamentos recordatórios.
Utilizou-se um questionário semiestruturado, que foi aplicado na sala de aula por
outros docentes da FAMED não envolvidos com o EAPMC. Tal instrumento é constituído por
duas partes. A primeira, caracterizando o perfil dos sujeitos quanto ao sexo, idade e dados
socioeconômicos, através dos Critérios de Classificação Econômica Brasil da Associação
Brasileira de Estudos Populacionais - ABEP, utilizando grau de instrução e posse de itens. E a

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segunda parte constituída por 28 questões contidas em seis módulos. Do primeiro ao quarto
módulo, utilizando a escala de Likert, com 5 categorias ordinais de 1 a 5, investigando a
concordância dos aspectos relacionados ao planejamento, processo de acompanhamento das
atividades, condições para a aprendizagem e infraestrutura das UBS.
Os discentes conceituaram as afirmações em: discordo completamente, discordo em
parte, não concordo nem discordo, concordo em parte e concordo plenamente. No quinto
módulo, atribui-se uma nota de 1 a 10 para avaliação da organização das práticas da disciplina
e respectiva a aprendizagem. No sexto módulo, investigou-se a opinião dos discentes quanto
aos objetivos das práticas vivenciadas a serem atingidas e os comentários dos mesmos sobre
elas.
O banco de dados foi construído com o Programa EPI INFO versão 3.5.3., analisandose as variáveis estabelecidas no questionário através das medidas estatísticas de frequência,
média, desvio padrão e proporção. Para cada módulo foi feito uma avaliação consolidada pela
média da pontuação dada a cada questão.
Utilizou-se ainda, informações provenientes do plano das atividades acadêmicas das
referidas disciplinas, com o intuito de acrescentar evidências e contextualizar as informações
coletadas.
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFAL, processo nº
015121/2011-68e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado por todos os
participantes, conforme a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde-CNS.

Resultados
Participaram do estudo 100 (90,9%) discentes matriculados nas disciplinas SS I, SS II
e SS III do curso de medicina. A taxa de adesão à pesquisa por período foi de 82,8% (24) na
SS I; 97,4% (37) na SS II e 90,7% (39) na SS III. Taxa total de ausentes no dia da coleta foi
de 7,3% (8) e de recusa apenas 1,8% (2).
A proporção de mulheres na população estudada foi de 53%, predominando então o
sexo feminino na SS II e SS III. A idade mínima do grupo de estudo foi de 17 anos e a
máxima de 31 anos, sendo a mediana de 20 anos e a média de 21 anos. O desvio padrão foi
±3,92 (SS I), ± 2,17 (SS II) e ±2,64 (SS III).
Utilizando-se a Classificação Econômica Brasil da ABEP, encontrou-se como a classe
social econômica A com 32(33%) e B com 49(50,5%) dos discentes. Chamou a atenção que
60% dos chefes de família têm grau de instrução superior completo e 32% com ensino médio
completo.

18

Os resultados apresentados a seguir foram organizados segundo os seis módulos
temáticos constantes no questionário.

1. Preparação para as disciplinas SS
Na avaliação do módulo, pela média da pontuação dada a cada questão, encontrou-se
que apenas 32 (32,6%) dos discentes nas 3 disciplinas concordaram com as questões.
Observa-se que 29(29,6%) discentes eram indiferentes ou indecisos, enquanto que 37(37,8%)
deles discordaram das questões indagadas.
Ao se considerar os resultados por disciplina do curso, observou-se que 8(34,8%) dos
discentes da SS I e 12(33,3%) da SS II concordaram em parte que foram preparados para as
práticas, entre os discentes da SS III, 14(35,9%) discordaram em parte que foram preparados
para elas. Apenas pequena parte dos discentes da SS II, 3(8,3%) e SS III, 3(7,7%)
concordaram plenamente que receberam as informações necessárias prévias para o
desenvolvimento das disciplinas, o que se observa melhor na Tabela 1 que eles discordam
mais do que concordam com as questões avaliadas.

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Tabela 1. Opinião dos discentes das disciplinas SS I, II e III sobre a preparação para as
práticas, FAMED/UFAL, 2012
Concordaram
Não
Discordaram
plenamente e
concordara
plenamente e
(concordaram em
m e nem
(discordaram em
Questões
parte)
discordaram
parte)
n*
%
n
%
n**
%
-No início das aulas, recebi
informações teóricas claras sobre
os conhecimentos, habilidades e
7(27) 7,1(27,6) 11
11,2
11(42) 11,2(42,9)
atitudes que eu deveria desenvolver
na disciplina para chegar às
práticas.
-No início das práticas, recebi
orientações importantes sobre a
comunidade, usuários dos SUS,
unidade dos cenários de práticas,
6(30) 6,2(30,9) 14
14,4
12(35) 12,4(36,1)
pacientes, doenças e problemas de
saúde pública que eu deveria
encontrar durante a prática.
-No início das aulas práticas, recebi
informações claras sobre o papel do
12(21) 12,2(21,4) 17
17,3
13(35) 13,3(35,7)
estudante durante as aulas de
campo.
-No decorrer da disciplina, a
atividade prática aplicada está
12(20) 12,6(21,1) 21
22,1
18(24) 18,9(25,3)
adequada para os conteúdos a
serem aprendidos.
-Fui apresentado ao serviço e aos
profissionais da unidade dos
13(40) 13,3(40,8) 11
11,2
15(19) 15,3(19,4)
cenários de práticas de maneira
adequada.
-Minhas tarefas práticas estavam
7(19) 7,3(19,6) 14
14,4
17(40) 17,5(41,2)
bem definidas.
-Estava claro para mim quem eram
24(32) 24,7(33) 12
12,4
11(18) 11,3(18,6)
meus docentes nas práticas
* O n entre parênteses significa o nº de discentes que concordaram em parte com as questões.
** O n entre parênteses significa o nº de discentes que discordaram em parte com as questões.
2. Acompanhamento das atividades nos diversos cenários de práticas
Na avaliação deste módulo, 29 (29,5%) dos discentes das três disciplinas concordaram
com as questões relacionadas ao acompanhamento das atividades nos cenários. Observa-se
que 36(36,7%) discentes eram indiferentes ou indecisos, enquanto que 33(33,7%) deles
discordaram das afirmativas sobre o acompanhamento. Também foi visto que 8(34,8%) dos
discentes da SS I, 13(36,1%) da SS II e 15(38,5%) da SS III apresentaram uma resposta
neutra, ou seja, “não concordo nem discordo”. E quase metade dos discentes da SS I e SS III,

20

11(47,8%) e 17(43,6%) respectivamente, discordaram que o acompanhamento das práticas era
adequado, todavia os discentes da SS II 18(50%) mostraram concordância neste item.
Pela Tabela 2, vê-se que 43,3% dos discentes concordaram com a qualidade do
acompanhamento, considerando os docentes competentes para a função que desempenham.
Mas, a maioria deles (60,2%) discordou sobre o acompanhamento nas práticas ser suficiente.
Ao serem questionados sobre o recebimento da avaliação de seu desempenho, 62(63,9%)
discordaram que receberam a devolutiva ou feedback.

Tabela 2. Opinião dos discentes pesquisados sobre o acompanhamento das atividades
nos diversos cenários de práticas, FAMED/UFAL, 2012.

Questões

Concordaram
plenamente e
(concordaram em
parte)

Não
concordaram e
nem
discordaram

Discordaram
plenamente e
(discordaram em
parte)

n*

%

n

%

n**

%

-O acompanhamento das
atividades realizadas pelos
docentes era de qualidade
adequada.

5(37)

5,2(38,1)

20

20,6

13(22)

13,4(22,7)

-O tempo dedicado pelos
docentes às práticas foi
suficiente.

14(23)

14,7(24,2)

22

23,5

15(21)

15,8(22,1)

22,4(37,8)

17

17,3

6(16)

6,1(16,3)

8,2(17,3)

14

14,3

24(35)

24,5(35,7)

-Meus docentes
demonstraram possuir os
conhecimentos e habilidades 22(37)
necessárias para estas
práticas.
-Fui suficientemente
acompanhado durante minhas 8(17)
práticas

-Recebi comentários e
aconselhamentos úteis sobre
5(19)
5,2(19,6)
11
11,3 36(26) 37,1(26,8)
meu desempenho.
*O n entre parênteses significa o nº de discentes que concordaram em parte com as questões.
** O n entre parênteses significa o nº de discentes que discordaram em parte com as questões.
3. Disponibilidade de usuários do SUS e situações para a aprendizagem
Nas questões, investigou-se a variedade de práticas relacionadas ao conteúdo das
disciplinas suficientes para o aprendizado, bem como a quantidade de atividades dedicadas à

21

promoção/proteção à saúde (visitas domiciliares, educação em grupo, palestras) e se foram
instrutivas para o aprendizado.
Analisando-se por disciplinas, verificou-se que 9(34,8%), 16(36,1%) e 15(38,5%) dos
discentes das disciplinas SS I, SS II e SS III, respectivamente, não concordaram nem
discordaram do assunto. Também foi observado que 7(31,8%) da SS I, 15(41,7%) da SS II e
14(35,9%) da SS III concordaram com os tópicos elencados neste módulo.

4. Infraestrutura e condições para a aprendizagem
Na avaliação do módulo pela média, quanto à infraestrutura, encontrou-se que a
discordância de adequação foi o resultado mais frequente encontrado em todos os períodos,
sendo 9(40,9%) na SS I, 21(58,3 %) na SS II e 23(59,0%) na SS III.
Ao se considerar os dados das opiniões dos discentes das três disciplinas por questões,
observou-se que há discordância com as condições de infraestrutura e instalações físicas
adequadas para o aprendizado, porém concordaram com um bom relacionamento com a
equipe de profissionais da UBS.

5. Organização das práticas das disciplinas e a aprendizagem durante as mesmas.
Sobre a organização das práticas, os discentes atribuíram nota de 1 a 9, encontrando-se
média 4,6 na SS I; 6,7 na SS II e 5,3 na SS III, enquanto que a mediana foi 5±2,04; 7±1,37 e
6±2,09, respectivamente, o que reflete uma avaliação deficiente para estas disciplinas neste
aspecto. Quando questionados sobre a aprendizagem nas práticas das disciplinas, os discentes
atribuíram nota de 0 a 10, sendo as médias para SS I = 5,6; SS II = 7,3 e SS III = 5,8;
enquanto que a mediana foi 6±2,63; 7±1,59 e 7±2,34, respectivamente.

6. Conhecimento dos objetivos a serem atingidos nas aulas práticas
Verificou-se que 55% dos discentes conhecem os objetivos a serem atingidos nas aulas
práticas, distribuídos por disciplina: 12(50 %) na SS I, 25(67,6%) na SS II e 18(46,2%) na SS
III.
Curiosamente, observa-se que, a proporção de discentes que conhecem os referidos
objetivos difere internamente entre as turmas A e B da mesma disciplina. Destaca-se que
66,7% (8) dos discentes da turma B e apenas 33,3% (4) da turma A da SS I conhecem os
objetivos. Esta situação se repete na SS II, 100% (18) dos discentes da turma B e apenas
36,8% (7) da turma A. Em relação a SS III, a maioria dos discentes 72,2% (13) da turma A
conhecem os objetivos das atividades, comparado com apenas 23,8% (5) da turma B.

22

Observa-se que os objetivos citados pelos discentes foram coerentes com os objetivos
propostos no Projeto Político Pedagógico do Curso de Medicina - PPP/UFAL e na
programação da disciplina. (Quadro 1).

Quadro 1 - Categorias empíricas dos objetivos baseadas nos exemplos citados pelos
discentes das disciplinas SS I, II e III do curso de Medicina, FAMED/UFAL, 2012.
Categorias empíricas na disciplina SS I
n %
Aproximação com a saúde pública - APS
Aproximação à prática médica
Conhecimento da realidade da comunidade
Aplicação do conteúdo teórico
Trabalho em equipe humanizado
Total
Categorias empíricas na disciplina SS II

12 33,3
12 33,3
06 16,7
03 8,3
03 8,3
36 -

Aproximação com o ato médico
Aproximação com a comunidade
Atuação na prevenção e promoção de saúde
Aproximação com os serviços e a equipe de saúde da UBS
Correlação entre a teoria e prática
Ser critico e humanista
Aproximação com os problemas de saúde pública
Aprender a coletar dados epidemiológicos
Compreender o processo saúde- doença
Total
Categorias empíricas na disciplina SS III

16 20,8
14 18,2
12 15,6
10 13,0
08 10,4
07 9,1
06 7,8
02 2,6
02 2,6
77 -

n

n

%

%

Aproximação à prática médica (habilidades), relação médico-paciente. 16 28,1
Correlação teoria e prática
09 15,8
Comunicação com o paciente
08 14,0
Organização e funcionamento das UBS
07 12,3
Conhecimento do trabalho da equipe multidisciplinar
04 7,0
Integração com a comunidade
04 7,0
Pesquisa de campo
03 5,3
Promoção e prevenção em saúde
03 5,3
Aplicar na prática o conhecimento epidemiológico
03 5,3
Total
57 -

23

7. Considerações sobre as práticas vivenciadas
Com base nas respostas dos discentes sobre o que pensam das práticas vivenciadas nas
referidas disciplinas, foram criadas positivas e negativas. (Quadros 2 e 3)
Quadro 2 - Categorias positivas baseadas nas respostas do que os discentes pensam
sobre as práticas das disciplinas SS I, II e III do curso de Medicina, FAMED/UFAL,
2012.
Categorias positivas identificadas na SS I
n
%
Importante para o processo de aprendizagem
05 38,5
Aproximação paciente, comunidade e SUS
04 30,8
Inserção início do curso
04 30,8
Total
13
Categorias positivas identificadas na SS II
n
%
Importante (válidas) para o processo de aprendizagem
24 66,7
Aproximação paciente, comunidade e SUS (diagnóstico)
06 16,7
Medicina mais humanizada
05 13,9
Professores qualificados/capacitados
01
2,8
36
Total
Categorias positivas identificadas na SS III
n %
Importante (válidas) para o processo de aprendizagem
18 72,0
Aproximação paciente, comunidade e SUS (diagnóstico)
05 20,0
Professores qualificados/capacitados
02
8,0
Total
25

24

Quadro 3 - Categorias negativas baseadas nas respostas do que os discentes pensam
sobre as práticas das disciplinas SS I, II e III do curso de Medicina, FAMED/UFAL,
2012.
Categorias negativas identificadas na SS I
n
%
Planejamento didático inadequado
15 39,5
Descomprometimento dos professores
09 23,7
Desvalorização das práticas
05 13,2
Carga horária excessiva
04 10,5
Desorganização das práticas
03 7,9
Falta de segurança e transporte
02 5,3
Total
38
Categorias negativas identificadas na SS II
n
%
Planejamento didático inadequado
18 41,9
Desvalorização das práticas
07 16,3
Desenvolvimento das habilidades inadequadas
07 16,3
Desorganização das práticas
03 7,0
Carga horária insuficiente/inadequada
03 7,0
Pouca aprendizagem nos cenários das práticas
03 7,0
Sem retorno para a comunidade
02 4,7
Total
43
Categorias negativas identificadas na SS III
n %
Planejamento didático inadequado
21 32,3
Desvalorização das práticas
13 20,0
Carga horária excessiva
09 13,8
Planejamento inadequado da educomunicação
07 10,8
Desorganização das práticas
04 6,2
Falta de segurança e transporte
03 4,6
Descomprometimento dos professores
03 4,6
Desarticulação teoria e prática
03 4,6
Pouca aprendizagem nos cenários das práticas
02 3,1
Total
65
Verifica-se nas respostas dos discentes sobre a concordância como as práticas estão
sendo realizadas que, dentre os 98 discentes que responderam, 44(44,9%) não concordam
como as práticas estão sendo realizadas, 36(36,7%) concordam e 18(18,4%) concordam em
parte.
Analisando por disciplina, vê-se que 16 discentes (69,6%) da SS I, 8(22,2%) da SS II e
20(51,3%) da SS III não concordam com as práticas; 5 discentes (21,7%) da SS I, 20(55,6%)
da SS II e 11(28,2%) da SS III concordam com as práticas; 2 discentes (8,7%) da SS I,
8(22,2%) da SS II e 8(20,5%) da SS III concordam em parte.

25

Discussão
A importância das práticas no cenário da APS na formação profissional médica
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais- DCN, 2001, o curso de Medicina da
UFAL utiliza as UBS como cenários de prática para o ensino, de forma que a inserção precoce dos
discentes possibilite vivências concretas sobre o SUS e ocorra em processo longitudinal de
aproximação com os serviços de saúde. (UFAL, 2006).

Para Campos e Forster (2008), Oliveira e Alves (2011), Pereira e Lages (2013), os
cursos de Medicina no Brasil estão adotando processos de mudanças nos seus PPP, pela
necessidade de adequar parâmetros da educação para profissionais médicos, tendo como foco
a implementação do SUS, para melhoria da saúde da população. Eles buscam se adequar às
DCN, com a expansão do ensino para APS.
Apesar dos limites existentes para a formação dos profissionais de saúde, é importante
considerar,

para

a

democratização

da

saúde

e

da

educação,

os

aspectos

da

corresponsabilização do discente com o seu aprendizado e a vinculação entre a prática e a
teoria (Pereira e Lages, 2013). Muitas propostas de reforma de ensino não se efetivam na
prática. Experiências demonstram que “não é possível se produzirem mudanças substanciais
por decreto e muito menos se importarem modelos de ensino sem a devida discussão sobre a
aplicabilidade dos mesmos à realidade específica da instituição” (Cyrino e Rizzato, 2004, p.
68). Deve-se considerar a conjuntura do momento e a história da instituição de ensino. As
autoras afirmam que a sistematização das experiências, o conhecimento dos problemas e as
dificuldades vivenciadas pela instituição, podem mobilizá-la para a transformação do seu
ensino com propostas de inovação.
Para que se desenvolvam as práticas no âmbito da UBS, Campos e Forster (2008)
afirmam que é preciso, inicialmente, que os discentes tenham compreensão do SUS, do acesso
às condições de saúde na comunidade, conhecimentos da rotina de uma UBS e, no decorrer do
curso, desenvolvam habilidades clínicas, atividades de prevenção/promoção e trabalho em
equipe. O estudo ora apresentado corrobora as afirmações e comentários sobre a APS de
Campos e Forster (2008) que a destacam como campo de atuação para o médico,
apresentando os problemas mais frequentes da comunidade, ofertando serviços de prevenção,
cura e reabilitação. Entende-se que a APS é um espaço adequado para compreender o
processo saúde-doença e sua abordagem integral, a importância da relação médico-paciente,
do trabalho em equipe e da longitudinalidade da atenção, conteúdos que são contemplados nas
ementas das disciplinas SS.

26

Segundo Ferreira, Silva e Aguer (2007), a diversificação dos cenários de ensinoaprendizagem é uma das estratégias para a transformação curricular, pois aproxima os
discentes da vida cotidiana das pessoas/comunidade e desenvolve olhares críticos voltados
para os problemas reais da população. Neste estudo, observou-se que, alguns discentes,
relataram pouca aprendizagem nos cenários de desenvolvimento das práticas, em razão da
dificuldade das UBS funcionarem como campo de aprendizagem, devido à falta de preparação
prévia para as atividades e da precária infraestrutura.
Oliveira et al (2011), avaliando a disciplina Saúde Coletiva, relataram que a maioria
dos discentes (86,8%) afirma que as disciplinas sociais e humanas contribuem na formação
médica, assim como 71,3% foram empáticos a elas, favorecendo a construção de uma relação
positiva médico-paciente, o que corroboram os dados apresentados no quadro 1.
Para Cyrino e Rizzato (2004), de modo geral, os discentes reconhecem a importância
da saúde coletiva para a vida profissional, valorizam os diversos contatos estabelecidos com a
realidade dos serviços de APS no SUS e bem como a interação com profissionais de diversas
organizações. Neste estudo, as práticas nas UBS, no início da vida acadêmica, foram
consideradas, pela maioria dos discentes, como importantes ferramentas de aprendizagem e de
aproximação da realidade da população e dos serviços de saúde, reforçando os citados
autores.
Ainda Cyrino e Rizzato (2004) apontam dificuldade dos discentes em compreender a
saúde pública, seus conteúdos e temáticas, justificando como compreensível pela
complexidade da prática, desde a aproximação discente ao processo saúde-doença, ao sistema
de saúde e à comunidade, através da interação ensino-serviço-comunidade. (Cyrino e Rizzato,
2004; UFAL, 2006). No estudo ora apresentado destacou-se como dificuldade, a impressão
negativa dos discentes da maneira como as práticas estão sendo realizadas, que afirmam a
inadequação do planejamento didático, a desorganização e o descomprometimento de alguns
docentes.

(Des)valorização das práticas
Esta pesquisa mostra que há uma parte de discentes indecisos, variando em torno de
11% a 33%, referente à preparação para as práticas, acompanhamento das atividades e
situações para a aprendizagem. Tais resultados remetem a algumas reflexões, tais como:
houve clareza nas atividades a serem realizadas? Houve compreensão dos conteúdos? Como
se estabelece a relação docente e discente neste processo? O discente tem perfil não

27

generalista? Esse discente conhece os propósitos das práticas? Isso é reflexo de desmotivação
/ insatisfação?
O Estudo de Oliveira e Alves (2011) com 1004 discentes entre 2004 e 2007, em 13
cursos de Medicina de 6 estados brasileiros, incluindo Alagoas, também mostra indecisão dos
discentes que, apesar de o ensino focar na formação generalista e 68% sentirem-se preparados
para a clínica geral, contraditoriamente, 64% deles querem ser especialistas, 20% gostariam
de atuar na APS e somente 5% querem trabalhar em pequenos municípios, que representam a
maior parte das cidades brasileiras. Portanto, estas respostas contraditórias podem ser
traduzidas pela dificuldade e insegurança dos egressos no início de sua atuação profissional
ou pela incompreensão sobre o mercado de trabalho atual representado pela APS e também
pela influência da predominância do exercício liberal da Medicina, sua fragmentação em
especializações e subespecializações.
Encontrou-se neste estudo, a desvalorização das aulas práticas, que os discentes
consideram perda de tempo e inadequadas para a atuação médica. Citam como exemplo as
visitas domiciliares e práticas que são inerentes a outros profissionais de saúde. Afirmam que
as cargas horárias das disciplinas SS são excessivas em comparação com as Bases
Morfofisiológicas, que, para eles, necessitam de uma maior carga horária. Esta disciplina
modular é constituída por Anatomia, Embriologia, Histologia, Fisiologia, Biologia Celular e
Molecular e Bioquímica.
Os resultados aqui apresentados são semelhantes ao de Campos e Forster (2008) com
discentes inseridos em cenários de APS, onde a visita domiciliar foi classificada pelos
discentes como “nada” e “pouco importante”, por não ser atribuição do médico ou ser pouco
efetiva, desmotivando-os.
Em contrapartida, em pesquisa com médicos da Estratégia Saúde da Família - ESF,
verifica-se grande satisfação na realização da visita domiciliar, instrumento de aproximação
entre a equipe de saúde e as famílias, de apreensão do contexto e o modo de vida. O vínculo
médico-paciente torna-se mais forte, o exercício profissional mais próximo dos ideais de uma
Medicina centrada no paciente, no indivíduo e em sua comunidade. (Gonçalves et al, 2009).
Também Massote, Belisario e Gontijo (2011) alegam que a visita domiciliar
incentivada pelos docentes acontece em pequenos grupos de discentes em parceria com os
Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e as famílias são previamente selecionadas, propondo
intervenções, neste momento, os discentes reconhecem a sua importância, pois proporciona
uma visão ampliada do processo saúde-doença, indagando porém se há efetividade nesta ação.

28

Aqui, verificou-se que alguns discentes valorizam mais as atividades hospitalares em
detrimento da APS, o que confirma a valorização do modelo hospitalocêntrico no cotidiano da
Medicina e corrobora estudo de Cutolo e Delizoicov (2003), no qual os discentes sentem-se
desestimulados em relação às disciplinas sociais, pois afirmam que a compaixão e o altruísmo
existentes nos recém-matriculados nos cursos médicos vão se diluindo no decorrer dos anos
até a formatura.
Durante a formação, os professores/médicos tornam-se exemplos a serem seguidos,
por serem superespecialistas, economicamente bem sucedidos e socialmente aceitos pela
sociedade. Os autores Cutolo e Delizoicov (2003) colocam que as superespecialidades são
indispensáveis, porém são caras e ineficientes para os problemas gerais da população. Não
devem ser referências como modelos para os propósitos educacionais de formar um
profissional com visão integradora dos problemas de saúde e doença. Para Massote, Belisario
e Gontijo (2011), o contraste entre a ênfase na consulta clinica, como a principal atividade, e a
integralidade das ações em saúde propostas para APS, evidencia a persistência no modelo
tradicional ainda encontrado na ESF, centrado no médico, com pouca interação com a equipe.
Por outro lado, neste estudo, alguns discentes buscam entender o contexto do processo
saúde-doença, conhecer a realidade, procurando ver o individuo como um todo, rompendo
com a Medicina fragmentada o que corrobora com a matriz curricular atual da FAMED. Os
discentes estão abertos à mudança, reforçando estudo de Higa et al, (2012) e Costa et al,
(2012) que colocam a necessidade de se minimizar a fragmentação da Medicina,
estabelecendo caminhos de desenvolvimento da integralidade em todo o período de
graduação. A reestruturação deve visar a um profissional integrado a outros saberes em
relação à saúde. As modificações no processo de trabalho estão intimamente ligadas às
competências, habilidades e aos valores éticos, sociais e culturais dos profissionais.
No estudo ora apresentado, os discentes reconhecem a importância da correlação da
teoria com a prática, da possibilidade de se aplicar conhecimentos adquiridos dos conteúdos
abordados em sala de aula. Porém, verifica-se que a maioria dos discentes não se sente
previamente preparados para as práticas, havendo deficiências nas orientações das atividades
e no processo de acompanhamento dos mesmos.
Assim como estudo de Oliveira e Alves (2011) constatou que um quinto dos discentes
(19%) sente-se aptos ao exercício imediato da Medicina, na linha da integralidade, nos
aspectos preventivo e curativo, clinico geral e cirúrgico, pesquisa e articulação social e
comunitária, enquanto que a maioria (81%) quer buscar formação complementar.

29

Estudo realizado encontrou-se que, com médicos da ESF, os profissionais
entrevistados não enfatizam a APS na graduação e nem receberam estímulos e informações
necessárias para optar por este campo. Referem “... uma tendência muito forte em se
considerar o trabalho na APS como algo de menor valor e prestígio no meio acadêmico,
quando comparado ao trabalho de outras especialidades médicas” (Gonçalves et al, 2009, p.
391). O que demonstra a não sensibilização dos futuros médicos durante a graduação, fato que
se procura evitar na atual conjuntura do curso de medicina da FAMED, ora pesquisado.

Trabalho em equipe e a integralidade X Formação docente na saúde
Na observação das categorias positivas e negativas, o discente não menciona o
trabalho integrado em equipe no dia a dia, que deve ser um vinculo necessário a ser
construído a fim de avaliar os benefícios para a comunidade/família. Vários autores enfatizam
que, de acordo com a politica de reestruturação do modelo da atenção à saúde e da
importância da formação profissional na lógica da integralidade do cuidado, as faculdades de
Medicina não estão formando médicos em quantidade ou qualidade suficientes para as atuais
necessidades. Desta forma, os médicos ainda se mostram despreparados para atuar na
perspectiva de atenção integral à saúde, pois requer um compromisso mais firme entre a
educação permanente e a prática multiprofissional. (Costa et al, 2012; Massote, Belisario e
Gontijo; 2011; Oliveira e Alves, 2011; Oliveira et al, 2010). Ainda nesta perspectiva, estudo
de Caldeira, Leite e Rodrigues-Neto (2011) mostra que os discentes não são preparados para
entender o seu papel na APS e para trabalhar em equipe. Apontam a supremacia da profissão
médica presente nos discentes e também nos próprios docentes, que são “espelhos” no
decorrer do curso e após a formação. Como se observa nas questões contidas no instrumento e
apresentadas nas tabelas deste estudo.
Sobre o descomprometimento de alguns docentes relatados pelos discentes da SS I e
III, é importante refletir sobre a política de ensino nos cursos de graduação na área da saúde
que não forma egressos com o perfil para a docência. Há necessidade de um projeto de
desenvolvimento docente, que garanta a sua qualificação. Para Caldeira, Leite e RodriguesNeto (2011), os docentes não foram formados para ensinar. A prática educativa de grande
parte dos docentes vem do empirismo e da formação na graduação, na qual o modelo
biomédico ditava a fragmentação do cuidado. Enquanto que, para Almeida et al (2007, p.
163), é possível que as dificuldades encontradas nas práticas ocorram pela não valorização
das atividades pelos docentes, “que podem não conhecer ou compreender as tecnologias
“leves” propostas para este nível de atenção, principalmente para aqueles que foram formados

30

e atuam conforme o paradigma flexeriano”. E o estudo de Higa et al (2012) indica na visão
dos docentes, formados na Medicina fragmentada, a necessidade de aprendizagem na
possibilidade de traçar ações de desenvolvimento da integralidade no decorrer de todo curso.

(Des) conhecimento dos objetivos X Planejamento das práticas
O não conhecimento dos objetivos a serem atingidos nas práticas pelos discentes
(45%) sugere o desconhecimento da ementa e do conteúdo programático. Isso leva a refletir,
sobre a necessidade de reconfigurar as aulas específicas das disciplinas SS I, SS II e SS III
que precedem as aulas práticas com todos os docentes envolvidos no processo, a fim de
enfatizar a importância das disciplinas SS na sua formação, no contexto social e humanitário
da saúde.
Estes resultados confirmam o estudo de Oliveira et al (2011) que, ao avaliarem a
disciplina de Saúde Coletiva, comentam quanto ao desconhecimento dos discentes (70,5%)
em relação às ementas das disciplinas e ao conteúdo programático; justificam tal fato, pela
não exposição dos conteúdos pelos docentes no início da cada disciplina ou total desinteresse
dos discentes. Situação que pode influenciar de maneira negativa o processo de ensinoaprendizagem e contribuir para o não entendimento do processo saúde-doença em seu
conceito ampliado. Colocam ainda, a necessidade dos docentes repassarem previamente o
programa das disciplinas, de forma que os discentes possam compreender o processo da
articulação dos objetivos, ementas e conteúdo.
Segundo Vieira et al (2007, p.241) a disciplina de APS é alvo de várias criticas,
destacando que os discentes declaram insatisfação com a "falta de objetivos", apesar de todos
serem descritos na ementa da disciplina e relatados nas avaliações. “Aparentemente, é
possível que esteja sendo criticada a ausência de objetivos de habilidades.”
O Quadro 1 apresenta as categorias empíricas quantificadas dos objetivos citados
pelos discentes em relação às disciplinas SS I, II e III, mostrando uma melhor compreensão e
aprofundamento dos mesmos, à medida que os discentes evoluem de SS I para SS III.
Em relação à diferença entre as proporções de discentes que conhecem os objetivos
das práticas entre as turmas A e B da mesma disciplina, nos remete a algumas indagações. É o
perfil da turma? É por que as atividades ocorrem em UBS diferentes para cada turma? Será
que tem a ver com os docentes que acompanham as práticas? É a contaminação de alguns
discentes resistentes às mudanças? É a dificuldade da complexidade de compreensão das
condições sociais que envolvem o processo saúde-doença? Estes questionamentos requerem
novos estudos para melhor compreensão do fenômeno.

31

Integração Ensino Serviço X Processo de aprendizagem
As condições das instalações físicas das UBS, neste estudo, foram consideradas como
inadequadas para o processo de aprendizagem, devido infraestrutura precária, escassez de
equipamentos e recursos para o atendimento às atividades e indisponibilidade de espaço para
o estudo. Aspectos já apontados em estudo de Costa et al (2012) com ênfase na infraestrutura,
na desorganização das unidades e a insuficiente integração entre o serviço-ensinocomunidade.
Neste contexto, estudos como o de Costa et al, (2012) e Oliveira et al, (2010),
baseados em aprendizagem na APS com discentes de Medicina, confirmam os resultados
desta pesquisa, na medida em que reconhecem que há necessidade de interação com diversos
setores e a inserção dos discentes apresenta desafios que envolvem a oferta de recursos
físicos, técnicos e humanos para ensino-aprendizagem. Massote, Belisario e Gontijo (2011)
alegam que a falta de espaço e a precariedade das estruturas nas UBS dificultam a integração
ensino serviço e o acolhimento dos discentes pela rede de serviço. Os referidos autores
afirmam a necessidade de pré-requisitos ligados à referida rede, aos profissionais e às relações
estáveis entre a universidade, o serviço e a comunidade, para que a integração entre o ensino e
serviço seja bem sucedida.
Pela especificidade do tema estudado, foram poucos os artigos encontrados para
discutir os resultados aqui apresentados, o que limita nossa discussão e demonstra a
importância deste estudo.

Considerações finais
É de responsabilidade da academia a proposta pedagógica. Assim, é imprescindível
que a formação de médicos atenda a necessidade real da população, da gestão e participação
social em saúde, na intenção de transformar as práticas assistenciais e a organização do
trabalho. Desde o início da sua formação, os discentes precisam aliar a prática às necessidades
da população, com vistas a promover acolhimento e cuidado do indivíduo, do coletivo e da
comunidade.
Este trabalho evidencia, na opinião dos discentes do 1, 2º e 3º períodos de Medicina,
um reconhecimento da importância das práticas das disciplinas SS I, SS II e SS III no
processo de formação, desde o início do curso, pois possibilitam uma vivência e um olhar
sobre vários aspectos do SUS, ligados as questões biopsicossociais, econômicas, culturais e
familiares. Embora quase metade dos discentes discordarem como as práticas das disciplinas
SS estão sendo realizadas, observa-se os discentes se apropriam dos objetivos e ressaltam a

32

importância das mesmas demonstrando empatia, porém com algumas ressalvas em relação à
organização das atividades e planejamento didático.
A compreensão da rede de assistência à saúde do SUS e o entendimento das
características peculiares da APS no processo educacional é essencial para uma Medicina
integrada com a comunidade. Articulações estáveis são necessárias na busca da integração
entre o ensino, serviços e comunidade. Assim, gestores do ensino, do serviço, docentes,
discentes e profissionais de saúde devem conhecer suas responsabilidades e suas
competências para poder agir de forma efetiva.
É preciso avançar em efetivas mudanças que dependem de construção de sujeitos
/atores conscientes por meio de vários mecanismos de capacitação docente, de educação
permanente, integração ensino- serviço e processos de acompanhamento.
Este estudo identifica os principais problemas a enfrentar, que precisam ser
investigados e aprofundados. Fornece subsídios para o aperfeiçoamento e realinhamento das
práticas com vista à eficácia e a eficiência do trabalho dos médicos, acadêmicos e futuros
profissionais, consequentemente na melhoria da atenção à saúde da comunidade.

33

Referências

ALMEIDA, Márcio José de et al. Implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais na
graduação em Medicina no Paraná. Revista Brasileira Educação Médica, Rio de Janeiro, v.
31, n. 2, p.156-165, 2007. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S010055022007000200006. Acesso em: 09 mai.2013.
BRACCIALLI, Luzmarina Aparecida Doretto; OLIVEIRA, Maria Amélia Campos. Desafios
na Formação Médica: a Contribuição da Avaliação. Revista Brasileira de Educação MédicaRBEM, Rio de Janeiro, 36(2), p.280-288, 2012.
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36

3 PRODUTO: PROJETO DE INTERVENÇÃO - O DIÁLOGO ENTRE O ENSINO E
O SERVIÇO SOBRE O PLANEJAMENTO DAS PRÁTICAS EM SAÚDE E
SOCIEDADE I, II E III PARA O CURSO DE MEDICINA DA FAMED/UFAL, NO
CONTEXTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.

3.1 Introdução
O Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil fomenta novas demandas e importantes
questões diante da necessidade de oferecer atenção integral, resolutiva e de qualidade em
todos os níveis de atenção. A constituição de 1988 instituiu que a ordenação da formação de
recursos humanos é competência do SUS. Por essa razão, transformações são requeridas na
educação médica, na formação e desenvolvimento dos profissionais de saúde. (Brasil, 1990;
Campos e Elias, 2008; Ciuffo e Ribeiro (2008); Demarzo et al, 2012; Nogueira, 2009).
A contextualização do processo das práticas educacionais no âmbito da saúde deve se
respaldar nas politicas públicas de saúde e de educação vigentes, bem como as demandas
sociais e as transformações no mundo do trabalho, com vistas à integralidade da atenção
através de ações intersetoriais humanizadas e em equipe.
“Sendo a Educação área de ação do Estado, reconhecidamente promotora de qualidade
de vida, reformas na Política de Formação Superior em Saúde significam o
reconhecimento de que os problemas do setor saúde e do SUS em particular, são
também problemas da Escola. Portanto, o processo de ensino-aprendizagem em saúde
deve ter como direcionalidade a transformação das práticas assistenciais e,
consequentemente, a transformação das organizações de trabalho, orientando para a
qualidade e integralidade da atenção.” (UFAL, 2006, p.26).

As instituições de Ensino Superior (IES), espaços privilegiados de produção de
conhecimento e discussão, precisam potencializar as relações interpessoais possíveis de serem
estabelecidas no âmbito interno e externo da educação, buscando o diálogo de seus projetos
curriculares com as necessidades da sociedade. De forma que orientem a formação de
profissionais para atuar no diferentes níveis de atenção à saúde, sendo competentes,
sobretudo, na atenção primária (Ciuffo e Ribeiro, 2008).
As Diretrizes Curriculares Nacionais homologadas em 2001 orientam que a
Universidade redefina o seu papel de formador e fortalecendo sua relevância social. Vale
ressaltar que os profissionais da saúde são os que mais intimamente trabalham com um
contingente de excluídos neste país. É preciso ensinar aos discentes a desenvolver a
sensibilidade e da criticidade com o dia-a-dia da miséria, da violência, da fome e do
desemprego. Formar egressos com perfis profissionais humanistas e críticos. (Rossoni e

37

Lampert, 2004). Neste contexto, o futuro profissional formado para a integralidade em saúde,
terá a possibilidade de exercer em vários momentos de sua jornada, a plenitude de sua
cidadania.
Para Noronha, Lima e Machado (2008, p.439) “os profissionais de saúde e gestores do
SUS devem empenhar-se em organizar as práticas dos serviços, de modo a permitir que essa
integração ocorra”. Por isso, é importante a definição de estratégias que contribuam para a
estabilidade dos processos de mudanças, frente às propostas das práticas inovadoras de
formação em saúde e avancem em efetivas mudanças de formar sujeitos/atores conscientes,
por meio de vários mecanismos de capacitação docente, de educação permanente e processos
de avaliação. (Almeida et al, 2007).
O estudo de Higa et al (2012) evidencia os princípios de educação permanente como
uma estratégia metodológica de transformação das práticas, entendida como aprendizagemtrabalho, que acontece no cotidiano das pessoas e das organizações, rompendo o apego
excessivo às técnicas, a favor da observação das necessidades de saúde do indivíduo e da
comunidade.
A implementação das diretrizes curriculares com a criação de novos cenários para a
clínica e a Saúde Coletiva e a inserção precoce do discente na rede de serviços de saúde são
necessárias para direcionar as mudanças das práticas assistenciais e, consequentemente,
transformar as organizações de trabalho, orientando para a qualidade e integralidade da
atenção no SUS (UFAL, 2006).
O perfil do médico para atender às necessidades da sociedade contemporânea
preconiza um novo modelo de ensino, o qual insira o discente no serviço,desde o início do
curso e a incorporação de metodologias ativas de ensino-aprendizagem, que se baseiem na
problematização de situações extraídas do cotidiano dos serviços, oferecendo uma integração
formadora que permita uma visão humanista. (Costa, 2007; Costa et al., 2012; Cutolo e Cesa,
2003; Garcia et al, 2004).
Assim, torna-se fundamental incluir na construção da matriz curricular as dimensões
éticas e humanísticas, possibilitando um processo pedagógico reflexivo e dinâmico, de forma
a estimular nos discentes, atitudes e valores orientados para a cidadania. (Ferreira, Fiorini e
Crivelaro, 2010; Oliveira et al, 2010).
A atenção básica, ponto de convergência entre as politicas de saúde e de educação e
principal política de organização e de reorientação do modelo de atenção à saúde no SUS,
atua como agente essencial no processo educacional de uma Medicina mais próxima da
sociedade por intermédio da Unidade Básica de Saúde (UBS), descentralizando o ensino dos

38

hospitais para toda a rede de atenção. Assim, o currículo precisa ser dinâmico, adequado à
organização da sociedade e da educação (Costa et al. 2012; Demarzo et al., 2012, Oliveira et
al, 2010; Oliveira e Alves, 2011).
Gonçalves et al (2009) e Higa et al (2012) definem a importância de abordar o
trabalho em equipe e desenvolver aprendizagem a partir da prática assistencial. Destacam a
importância da inserção dos discentes no mundo do trabalho, a fim de refletir sobre a prática
do cuidado e suas concepções em busca das respostas às necessidades de mudanças nas
relações entre atuação médica, organização da assistência e comunicação entre equipes e
comunidade.
Segundo Costa et al. (2012), a inserção precoce do discente de Medicina em UBS
apresenta problemas. Fato ocasionado pelos cenários de práticas inadequados para
aprendizagem, devido às questões estruturais da APS e a insuficiente integração entre o
serviço-ensino-comunidade. Neste sentido, é importante ressaltar que o vinculo estabelecido
entre o discente e o usuário/comunidade/profissionais de saúde facilita os primeiros passos de
ensino-aprendizagem na sua formação, tornando-o, no decorrer do curso, um sujeito ativo,
crítico, reflexivo e transformador do cenário em que está inserido.
O princípio da integralidade, eixo estruturante/norteador da educação em saúde, tem
provocado muitas reflexões de como formar um médico competente, pois implica no sentido
macro, uma mudança de paradigma na concepção de saúde e a necessidade de integrar
serviços e universidades. E no sentido micro, pensar no currículo, nas disciplinas, nos
docentes, no conteúdo programático com atividades pedagógicas dinâmicas que integrem
discentes e os reconheçam como sujeitos ativos e autônomos de sua aprendizagem (Ciuffo e
Ribeiro, 2008).
“A integralidade [...] cuja amplitude de sentido inclui a concepção ampliada de
saúde, a compreensão do Sistema de Saúde, a organização dos serviços, o
trabalho em equipe interdisciplinar e a prática da intersetorialidade, além de ser
um princípio e uma diretriz constitucionalmente definidos”. (Ciuffo e Ribeiro,
2008, p.129).

Segundo Higa et al. (2012, p.471), com base na Constituição Federal de 1988 e na Lei
Orgânica de Saúde 8.080/90, “a integralidade do cuidado passa a assegurar aos cidadãos ações
preventivas, de promoção, de tratamento e de reabilitação no cuidado à saúde, em todos os
níveis assistenciais”.
De acordo com Costa et al. (2012), mesmo diante das reais necessidades da
comunidade, ainda há o despreparo dos médicos para exercer seu trabalho na dimensão de
atenção à saúde integral. Ressalta como estratégia de ensino a ser adotada pelas escolas

39

médicas, a incorporação da perspectiva da integralidade do cuidado em saúde e a centralidade
do usuário/população junto ao processo avaliativo, de forma a superar a lógica hegemônica da
atual formação em saúde.
Diante deste contexto, foi realizada a pesquisa intitulada: “Avaliação das Práticas
das Disciplinas Saúde e Sociedade do Curso de Medicina da Universidade Federal de
Alagoas”. Este estudo teve como objetivo principal analisar a opinião dos discentes sobre as
práticas das disciplinas Saúde e Sociedade (SS) I, II e III do curso de Medicina da
FAMED/UFAL. Constitui parte de uma dissertação de mestrado profissional do Programa de
Ensino na Saúde da Faculdade de Medicina (FAMED) da Universidade Federal de Alagoas
(UFAL).
Com base no aprofundamento teórico, aproximação com o objeto de estudo e
discussão dos resultados, tal pesquisa evidencia problemas na temática do planejamento
didático das práticas realizadas no curso de Medicina da UFAL em parceria com a Secretaria
Municipal de Saúde (SMS) de Maceió nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), cenários de
prática das disciplinas SS I, II e III.
Ciuffo e Ribeiro (2008) afirmam que a universidade tem um papel preponderante no
redirecionamento das práticas; apontam que os métodos pedagógicos das mesmas são
incorporados pelos docentes sem uma discussão político-pedagógica (o para quê?), sem a
clareza de como elas podem atender ou acompanhar a esse novo paradigma.
Este projeto de intervenção foi elaborado como forma de produto da pesquisa,
encaminhado ao Eixo de Aproximação das Práticas Médicas – EAPMC e ao Núcleo Docente
Estruturante – NDE da FAMED/UFAL com a intenção de sugerir algumas ações ou
estratégias de planejamento, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS),
buscando solucionar os problemas identificados na discussão dos resultados da pesquisa, além
de oferecer uma resposta aos sujeitos do estudo.
Certamente este projeto de intervenção contribuirá para o processo ensinoaprendizagem das disciplinas SS I, II e III do curso de Medicina da UFAL.

3.2

Público alvo
Gestores/gerentes do ensino e serviço, membros do NDE, docentes do EAPMC das

disciplinas de Saúde e Sociedade, discentes do 1º, 2° e 3º período do curso de Medicina da
UFAL, profissionais de saúde e usuários.

40

3.3

Local de realização
Salas de reuniões/oficinas de planejamento do EAPMC da UFAL, salas de reunião da
SMS, Unidades Básicas de Saúde e salas de aula da UFAL.

3.4

Objetivos

3.4.1 Objetivo geral
Realizar oficinas de trabalho para o planejamento das práticas Saúde e Sociedade I, II
e III realizadas nas UBS.

3.4.2 Objetivos específicos


Conhecer as práticas desenvolvidas nas UBS das disciplinas SS I, II e III do curso de
Medicina da UFAL;



Habilitar a convivência em grupo/relações interpessoais, viabilizando o diálogo entre
os princípios do SUS e a formação médica;



Construir, conjuntamente com as instituições envolvidas, as diretrizes ou ações para o
ensino no contexto da atenção primária à saúde;



Propor uma reorganização das práticas das disciplinas SS I, II e III com um olhar
coletivo e compartilhado dos atores envolvidos no processo de aprendizagem no
serviço e no ensino;



Realizar vivências junto com os discentes, profissionais da saúde e usuários sobre a
atenção primária como agente essencial no processo educacional de uma Medicina
mais próxima da comunidade.

3.5

Metas


Compreensão e valorização do ensino na APS ao longo do curso de Medicina;



Aprendizagens significativas em contextos reais baseadas na necessidade da
população;



Agenda junto à EAPMC, SMS e UBS, para que sejam discutidas estratégias de
superação das dificuldades encontradas;



Elaboração de plano de ação de compartilhamento dos objetos de gestão e ensino.

41

3.6

Período de Realização
A depender do calendário letivo
Sugestão: outubro de 2013 (1º, 2º e 3º momento), fevereiro 2014 (4º momento - início

letivo das aulas 2014.1) e Junho 2014 (5º momento – final do ano letivo 2014.1).
3.7

Percurso metodológico
Inicialmente, elaborar uma proposta preliminar das oficinas com a programação,

identificando, formalmente, os convidados para participarem das oficinas de trabalho para
colaborar com o EAPMC no planejamento das práticas de Saúde e Sociedade I, II e III que
acontecem nas UBS.

3.7.1 Convidados:
Participantes - 1º 2º e 3ºmomentos:
o Diretor do curso de Medicina da UFAL
o Coordenador do curso de Medicina da UFAL
o Coordenador do EAPMC da FAMED/UFAL
o Membros do NDE/FAMED/UFAL
o Coordenadores das disciplinas Saúde e Sociedade I, II e III
o Docentes do EAPMC da FAMED/UFAL
o Gestor da atenção básica da SMS de Maceió
o Gestor de Recursos Humanos da SMS de Maceió
o Gestores/gerentes dos Distritos Sanitários da SMS de Maceió
o Diretores das UBS da SMS de Maceió
o Diretores Administrativos das UBS da SMS de Maceió
o Discentes representantes de turma do 1º, 2º e 3º períodos da FAMED/UFAL.

Participantes - 4º momento
o Docentes das disciplinas I, II e III
o Discentes do 1º, 2º e 3º períodos da FAMED/UFAL
o Profissionais de saúde da UBS da SMS de Maceió
o Usuários de saúde

Participantes - 5º momento
o Reunião de acompanhamento, avaliação e pactuação.

42

3.7.2 Carga horária:
1º, 2º e 3º momentos - 20 horas
4º momento (atividade curricular) – 20 horas
5º momento (Reunião de acompanhamento, avaliação e pactuação) - 4 horas

3.7.3

Oficinas de trabalho
Oficinas de trabalho com o tema “Conversando sobre o Sistema Único de Saúde e a

formação dos médicos com foco na Atenção Primária à Saúde” tendo como objetivo
propiciar um diálogo entre o serviço e o ensino, enfatizando o planejamento das atividades
práticas como eixo estruturante na formação.
É importante que as oficinas de trabalho no 1º, 2º e 3º momentos sejam realizadas na
Sede da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, considerando que o serviço (SMS) tenha a
competência de ordenar a formação dos profissionais de saúde tendo com parceiro a
academia.

o 1º momento (8 horas):Construção de um novo desenho das diretrizes para ensino na
atenção primária à saúde no curso de Medicina da UFAL.

Local: Secretaria Municipal de Saúde - Sede.
Mediadores da oficina: UFAL (docentes do EAPMC) e da Secretaria Municipal de Saúde,
envolvidos no processo ensino-serviço com vivência na área da atenção básica em saúde.

Participantes: Gestores do serviço e ensino, docentes e discentes representantes de turma do
1º, 2º e 3º períodos.


1ª etapa - Apresentação de cada participante que falará sobre sua atuação no serviço
e/ou no ensino e suas expectativas em relação à oficina. Momento de socialização e
escuta, nesta etapa, haverá a explanação do tema da oficina, seus objetivos e métodos.

Após esta etapa, os participantes serão divididos em 3 grupos de trabalhos com a
seguinte composição:

43

Gestores da SMS de Maceió

Diretor da atenção básica, Coordenador da
Saúde

da

família,

Coordenador

de

recursos humanos e Coordenador dos
Distritos Sanitários.
Gestores dos cenários de práticas da SS I, Diretores médicos e administrativos das
SS II e SS III.

Unidades de Saúde.
Supervisor do Distrito Sanitário

Gestores do ensino

Diretor da FAMED, Coordenador do
curso e Coordenador do NDE

Núcleo Docente Estruturante - NDE
Eixo

de

Aproximação

das

Membros do NDE

Práticas Coordenadores e Docentes das disciplinas

Medicas e Comunidade - EAPMC

do EAPMC

Discentes do 1º, 2º e 3º períodos

Representantes de turmas - SS I, II e III

Neste momento, os docentes das disciplinas SS I, II e III devem se distribuir,
aleatoriamente, nos 3 grupos, a fim de que contribuam com as discussões sobre as práticas
que são interdependentes, durante um ano e meio na mesma UBS para consolidação do
aprendizado discente, em nível de complexidade crescente.

2ª etapa - Iniciar a atividade em grupo, refletindo sobre as Diretrizes para o Ensino na
Atenção Primária à Saúde na graduação em Medicina, construídas pela Associação Brasileira
de Educação Médica (ABEM) e Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
(SBMFC), trazendo para a nossa realidade local a condição da integralidade.
 Por que ensinar na APS? (Contribuições da APS para a graduação em Medicina)
 O que ensinar? (Objetos de aprendizagem, considerando as 3 dimensões – abordagem
individual, familiar e comunitária).
 Quando ensinar? (Momentos formativos)
 Como ensinar? (Metodologias e estratégias didáticas)
 Onde ensinar?(Espaços formativos)
 Quem deve ensinar? (Principais atores envolvidos)
Esta etapa tem o objetivo de escutar as ideias e a compreensão de cada grupo sobre o
ensino na APS, culminando com a construção de um novo desenho das diretrizes para ensino
na Atenção Primária à Saúde no curso de Medicina da UFAL.

44

Inicialmente, os mediadores responsáveis deverão favorecer que os participantes
expressem os seus conhecimentos e experiências prévias sobre Atenção Primária como
cenários de práticas na formação médica. Após esse momento, serão introduzidos textos sobre
a temática, para subsidiar a discussão e aprofundamento teórico, culminando com a
socialização dos produtos das oficinas.

3ª etapa - Após reflexões nas etapas anteriores, os mediadores farão o fechamento com base
no referencial teórico da literatura, permitindo interação e o diálogo com os participantes.
Pontos a serem considerados nas discussões do tema das oficinas“Conversando sobre o
Sistema Único de Saúde e a formação dos médicos com foco na Atenção Primária à
Saúde”(Ciuffo e Ribeiro, 2008; Costa, 2007; Costa et al, 2012; Demarzo, 2012; Stella et al,
2009).


A necessidade de compreensão pela sociedade, profissionais, gestores, comunidade e
discentes de como funciona e se articula o SUS;



Práticas no Sistema de Saúde em graus de complexidade diferentes;



A atenção básica como ponto de convergência entre as duas politicas de saúde e de
educação;



O processo ensino-aprendizagem, centrado no discente e o seu papel ativo na própria
formação;



O investimento na formação dos profissionais médicos, a partir da concepção da
integralidade do cuidado, na atenção primária à saúde;



O desenvolvimento das práticas em saúde centrada nos usuários e comunidades;



Abordagem individual e coletiva, com orientação familiar e comunitária como eixos
estruturantes da formação médica;



A inserção longitudinal e contínua ao longo do curso, em nível crescente de
complexidade;



Integração teoria e prática, com uso de metodologias dialógicas e ativas de ensinoaprendizagem, refletindo a prática profissional através da problematização;



A diversidade de cenários e atividades integradas à rede de atenção à saúde do SUS
(RAS/SUS), com estrutura adequada para um efetivo processo de ensinoaprendizagem;

45



Atuação de docentes e outros profissionais com competências, habilidades e
conhecimentos em APS como facilitadores em metodologias ativas;



Processo auto avaliativo com indicadores de qualidade e quantidade, no sentido de
subsidiar o planejamento e metas institucionais.

Sugestões de leituras para discussão e aprofundamento teórico (1º momento):
BRASIL, Ministério da Educação, Parecer CNE/CES nº 1.133/2001, de 7 de agosto de 2001.
Aprova as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem,
Medicina e Nutrição. Brasília: Ministério da Educação, 2001a.

BRASIL, Ministério da Educação, Resolução CNE/CES nº4, de 7 de novembro de 2001.
Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina. Brasília:
Ministério da Educação, 2001b.

BRASIL, Ministério da Saúde, Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010. Estabelecem
diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de
Saúde
(SUS).
Brasília:
Ministério
da
Saúde,
2010.
Disponível
em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4279_30_12_2010.htmle
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/anexos/anexos_prt4279_30_12_2010.pdf.
Acesso em:09 Mai. 2013

CECCIM, Ricardo Burg e FEUERWEKER, Laura C.Macruz. Mudança na graduação das
profissões de saúde sob o eixo da integralidade. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.20,
n.5, Out, 2004.

Disponível

em:

http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2004000500036.

Acesso em: 01Jul. 2013

CECCIM, Ricardo Burg; FEUERWERKER, Laura C. Macruz. O quadrilátero da formação
para a área da saúde: ensino, gestão, atenção e controle social.Physis, Rio de Janeiro, v.
14, n. 1, jun. 2004. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312004000100004.
Acesso em: 01Jul. 2013

CIUFFO, Roberta Signorelli; RIBEIRO, Victoria Maria Brant. Sistema Único de Saúde e a
formação dos médicos: um diálogo possível? Interface (Botucatu), Botucatu, v. 12, n.
24, Mar.

2008.

Disponível

Acesso em:09 Mai. 2013

em:

http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832008000100010.

46

COSTA, José Roberto Bittencourt et al. Formação médica na estratégia de saúde da família:
percepções discentes. Revista Brasileira Educação Médica, Rio de Janeiro, v.36, n.3,
Set.2012. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022012000500014. Acesso em:
09 Mai. 2013.

DEMARZO, Marcelo Marcos Piva et al. Diretrizes para o ensino na atenção primária à saúde
na graduação em Medicina. Revista Brasileira Educação Médica, Rio de Janeiro, v.36, n.1,
Mar.2012. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022012000100020. Acesso em:
09 Mai. 2013.

GUSSO, Gustavo et al. Diretrizes para o ensino na Atenção Primária à Saúde na graduação
em Medicina (SBMFC e ABEM). Cadernos ABEM • V.5 • Out. 2009. Disponível
em:http://www.abem-educmed.org.br/ingles/pdf/atencao_primaria_caderno05.pdf.Acessado
em 01.07.13.
o 2º momento (8 horas): Construção do plano de ações das atividades práticas das
disciplinas Saúde e Sociedade I, II e III.
Local: Secretaria Municipal de Saúde - Sede.
Mediadores da oficina: UFAL (docentes do EAPMC) e da Secretaria Municipal de Saúde
com vivência na área da atenção básica em saúde
Participantes: Gestores do serviço e ensino, docentes e discentes representantes de turma do
1º, 2º e 3º períodos.
1ªetapa – Apresentação dos coordenadores das disciplinas Saúde e Sociedade I, II e III sobre
as atividades práticas desenvolvidas no 1º, 2º e 3º períodos no curso de Medicina, entraves e
dificuldades encontradas.
2ª Etapa – Construção do plano de ações das atividades práticas das disciplinas Saúde e
Sociedade I, II e III.
Neste encontro, os mesmos grupos, compostos anteriormente, irão discutir e propor
um plano de ação coletivo das atividades práticas das disciplinas de Saúde e Sociedade I, II e
III, definindo responsáveis. Esta construção terá como base o novo desenho das diretrizes para
o ensino na atenção primária à saúde, apresentado no 1º momento e na apresentação dos
coordenadores das disciplinas.

47

3ª etapa – Apresentação dos 3 planos por grupo.
o 3º momento (4 horas): Validação do plano de ações das atividades práticas das
disciplinas Saúde e Sociedade I, II e III
Local: Secretaria Municipal de Saúde - Sede.
Mediadores da oficina: UFAL (docentes do EAPMC) e da Secretaria Municipal de Saúde
com vivência na área da atenção básica em saúde
Participantes: Gestores do serviço e ensino, docentes e discentes representantes de turma do
1º, 2º e 3º período.
1ª etapa – Integração dos três planos apresentados no coletivo.
2ª etapa - Validação do Plano de ensino das atividades práticas nas SS I, II e III no coletivo.
3ª etapa – Oficialização dos documentos construídos que serão encaminhados aos gestores de
ensino e serviço envolvidos no processo, expressos em relatórios de compartilhamento das
responsabilidades.
o 4º momento (20 horas) – atividade curricular: Oficina “Preparando-se para ir
às práticas nas Unidades Básicas de Saúde”
Local: Sala de reunião do EAPMC e Sala de aula da FAMED/ UFAL, UBS.
Mediadores da oficina: Docentes das disciplinas SS I, SS II e SS III.
Participantes: Docentes, discentes do 1º, 2º e 3º períodos e profissionais de saúde e usuários.
Objetivo da oficina: Propiciar aos discentes momentos de reflexões sobre seu perfil no
contexto do SUS no processo de sua formação. Motivá-lo a desenvolver o seu próprio
processo de aprender a aprender.
1ª etapa – Realização de reunião de planejamento com os docentes para sistematização das
atividades práticas com base nos produtos construídos: novo desenho das Diretrizes para
Ensino na APS no curso de Medicina da UFAL e o plano de ações das atividades práticas das
disciplinas SS I, II e III.

Sugestão: Os pontos a serem considerados e desenvolvidos durante as oficinas com os
discentes em sala de aula serão os mesmos no 1º. 2º e 3º períodos, porém deve-se considerar o
nível de complexidade. Respeitar o nível de compreensão no momento que os discentes se
encontram e instigá-los a pensar.

48



1º período – inicia-se o processo de inserção, é preciso resgatar seus conhecimentos
prévios sobre o SUS. Suas experiências enquanto usuário do Sistema e suas
expectativas diante do “novo processo de ensino”.



2º período - Continuação do aprofundamento dos assuntos, resgatando as vivências
experimentadas no 1º período.



3º período–Continuação do aprofundamento dos assuntos, resgatando as vivências
experimentadas no 1º e 2º períodos.

2ª etapa (sala de aula) - Apresentação de cada discente e suas expectativas em relação à
oficina. Nesta etapa, além de ser momento de socialização e escuta, haverá apresentação do
tema da oficina, seus objetivos e métodos, enfatizando o papel da rede de atenção primária à
saúde na formação médica.

Sugestão sobre a visita domiciliar:


Organização em pequenos grupos de discentes, atuando conjuntamente com a equipe
de saúde, considerando que as visitas domiciliares são estratégias fundamentais no
processo de aprendizagem e no contexto da integralidade;



No decorrer do curso, os discentes acompanhem famílias, previamente selecionadas,
propondo intervenções e desenvolvendo atividades durante um ano e meio que
permanecem na mesma UBS/Comunidade. Esta sugestão é baseada em experiências
relatadas na literatura, mostrando o fortalecimento de vínculos entre discentes e
usuários/comunidade e melhoria da qualidade da atenção à saúde.

3ª etapa (UBS) – Realizar oficinas com base nas atividades definidas nas etapas anteriores,
com a participação dos gerentes das UBS (caso necessário), profissionais de saúde e usuários.

49

Pontos a considerar com os discentes durante a oficina de preparação para as práticas:


Reflexão sobre a inserção dos egressos no mundo do trabalho e a compreensão do
papel do SUS e da rede de APS na formação dos profissionais médicos;



A importância de o discente ter contato com a realidade do SUS desde os primeiros
anos de graduação e ser estimulado a desenvolver a capacidade de aprender a
aprender;



Estimulo à produção de conhecimentos na área de Saúde Coletiva;



A importância do desenvolvimento da integralidade, como princípio orientador do
SUS;



A integralidade do cuidado em saúde, no cenário de aprendizagem, em consonância
com as DCN e o SUS;



Importância do olhar ampliado, considerando o processo saúde doença e seus
determinantes da saúde;



A importância do trabalho em equipe e a articulação entre a teoria e prática nas UBS
para o desenvolvimento da competência profissional;



A importância do vinculo estabelecido entre discentes, usuários e comunidade (ensinotrabalho-comunidade).
o 5º momento (4 horas) – Reunião de acompanhamento, avaliação e pactuação.

Este é um momento fundamental para analise das etapas anteriores, a ser realizado no
final do semestre letivo, sintetizando os avanços resultantes das reflexões coletivas,
envolvendo os atores da gestão, ensino, usuário e serviço. Também é o momento de pactuação
em prol da melhoria da qualidade do ensino e da atenção à saúde.

3.8

Produtos e/ou Resultados Esperados

Como resultado, espera-se que os objetivos do projeto sejam alcançados, no sentido de
propiciar a integração ensino – serviço, através do diálogo sobre a formação dos médicos e o
Sistema Único de Saúde. Ambos co-responsáveis no planejamento das atividades práticas nas
UBS.

50

Produtos construídos:
 Construção de um novo desenho das diretrizes para ensino na APS no curso de
Medicina da UFAL.
 Construção do plano de ações das atividades práticas das disciplinas Saúde e
Sociedade I, II e III.
 Validação do plano de ações das atividades práticas das disciplinas Saúde e Sociedade
I, II e III.

51

3.9

Cronograma

Data
23.10.2013
23.10.2013
24.10.2013 ou
30.10.2013
24.10.2013 ou
30.10.2013
25.10.13 ou
31.10.13

Horário
8 h às 12
h
13 h às
17 h
8 h às 12
h
13 h às
17 h
8 h às 12
h

Atividades proposta
1º momento - 1ª etapa
1º momento - 2ª etapa
1º momento - 2ª etapa
1º momento - 3ª etapa
2º momento - 1ª etapa
2º momento - 2ª etapa
2º momento - 2ª etapa
2º momento - 3ª etapa
3º momento - 4 etapa
3º momento - 5ª etapa
3º momento - 6ª etapa
4º momento – 1ª etapa

Local
SMS

Atores envolvidos

SMS

SMS

Gestores/gerentes do
ensino e serviço,
NDE, docentes do
EAPMC,
representantes
de
turma do 1º, 2 e 3º
período

EAPMC
/ UFAL

Coord. e docentes do
EAPMC

Sala de
aula /
UFAL
UBS

Docentes e discentes

UFAL

Gestores/gerentes do
ensino e serviço,
NDE, docentes do
EAPMC e discentes
1º, 2º e 3º período.

17 a 21.02.14*

4h de
duração

24 a 28.02.2014*

8 h de
duração

4º momento – 2ª etapa

24 a 28.02.2014*

4h de
duração
4 h de
duração

4º momento – 3ª etapa

6.06.14*

4º momento - Reunião
de acompanhamento,
avaliação e pactuação.

SMS
SMS

Docentes e discentes

*verificar o calendário letivo
3.10

Orçamento
Material de consumo

Valor em R$

Tinta de Impressora padrão

52,00

Resma de papel A4

15,40

Cópias

20,00

Caneta esferográfica

9,00

Valor total

96,40

3.11

Acompanhamento e Avaliação
O acompanhamento e a avaliação dos produtos e dos resultados alcançados, assim

como a pactuação serão realizados de forma contínua durante o período letivo, em reunião
com os mesmos atores do serviço e do ensino, buscando solucionar as dificuldades
encontradas. Momento de reavaliar o processo e redefinir estratégias e pactuar
responsabilidades.

52

3.12

Referências

ALMEIDA, Márcio José de et al. Implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais na
graduação em Medicina no Paraná. Revista Brasileira Educação Médica, Rio de Janeiro, v.
31, n. 2, Aug. 2007. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022007000200006.
Acesso em: 09 mai.2013.
BRASIL, Ministério da Saúde. Lei Orgânica da Saúde n.º 8080, de 19 de setembro de 1990.
Brasília: Ministério da Saúde, 1990.
CAMPOS, João José Batista de; ELIAS, Paulo Eduardo Mangeon. A Saúde Coletiva no curso
de Medicina da Universidade Estadual de Londrina: reflexões iniciais. Revista Brasileira
Educação Médica, 2008, vol.32, n.2, p.149-159. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022008000200002. Acesso em: 17 mar.2013.
COSTA, José Roberto Bittencourt et al. Formação médica na estratégia de saúde da família:
percepções discentes. Revista Brasileira Educação Médica, Rio de Janeiro, v.36, n.3,
Set.2012. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022012000500014. Acesso em:
09 Mai. 2013.

COSTA, Nilce Maria da Silva Campos. Docência no ensino médico: por que é tão difícil
mudar? Revista Brasileira Educação Médica, Rio de Janeiro, v. 31, n. 1, p.21-30, Apr.
2007. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022007000100004. Acesso em: 09
Mai.2013

CIUFFO, Roberta Signorelli; RIBEIRO, Victoria Maria Brant. Sistema Único de Saúde e a
formação dos médicos: um diálogo possível? Interface (Botucatu), Botucatu, v. 12, n. 24,
Mar. 2008. Disponível em :http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832008000100010. Acesso
em: 09 Mai. 2013
CUTOLO, Luiz Roberto Agea; DELIZOICOV, Demétrio. Caracterizando a Escola Médica
Brasileira Arquivos Catarinenses de Medicina, Santa Catarina, 32(4): p.24-34, out./dez.
2003.
DEMARZO, Marcelo Marcos Piva et al. Diretrizes para o ensino na atenção primária à saúde
na graduação em Medicina. Revista Brasileira Educação Médica, Rio de Janeiro, v.36, n.1,
Mar.2012. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022012000100020. Acesso em:
09 Mai. 2013.
FERREIRA, Ricardo Corrêa; FIORINI, Vânia Maria Lopes e CRIVELARO, Everton.
Formação profissional no SUS: o papel da APS na perspectiva docente. Revista Brasileira
Educação Médica. 2010, vol.34, n.2, p.207-215. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022010000200004.Acesso em: 17 mar. 2013.
GARCIA, Maria Alice A. et al. O Ensino da Saúde Coletiva e a escola Médica em Mudança:
Um Estudo de Caso. Revista Brasileira Educação Médica, Rio de Janeiro, v.28, nº 1, p.30-37,
jan/abr.2004.

53

GONCALVES, Rebeca Jesumary et al. Ser médico no PSF: formação acadêmica,
perspectivas e trabalho cotidiano. Revista Brasileira Educação Médica, Rio de Janeiro, v.
33, n. 3, set. 2009. Disponível em http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022009000300009. Acesso
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HIGA, Elza de Fátima Ribeiro et al. Estratégias para o avanço da integralidade na visão de
professores e estudantes. Revista Brasileira Educação Médica, Rio de Janeiro, v.36,
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09 mai. 2013.
NOGUEIRA, Maria Inês. As mudanças na educação médica brasileira em perspectiva:
reflexões sobre a emergência de um novo estilo de pensamento. Revista Brasileira Educação
Médica, 2009, vol.33, n.2, pp.262-270. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S010055022009000200014. Acesso em: 17 mar. 13.
NORONHA, José Carvalho de; LIMA, Luciana de Lima e MACHADO, Cristiani Vieira. O
Sistema Único de Saúde – SUS. In: GIOVANELLA, Lígia(org.). Políticas e Sistemas de
Saúde no Brasil. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2008.435-471.
OLIVEIRA, José Alberto Alves et al. A transversalidade do conhecimento da saúde coletiva
no currículo de Medicina de uma escola médica pública: relevância das disciplinas na
formação dos alunos. Revista Brasileira Educação Médica. 2010, vol.34, n.2, p. 278-283.
Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022010000200012. Acesso em: 17 mar. 2013.
OLIVEIRA, Neilton Araújo de; ALVES, Luiz Anastácio. Ensino médico, SUS e início da
profissão: como se sente quem está se formando? Revista Brasileira Educação Médica, Rio
de Janeiro, v.35, n.1,mar.2011. Disponível em http://dx.doi.org/10.1590/S010055022011000100005. Acesso em: 17 mar. 2013.
ROSSINI, Eloá; LAMPERT, Jadete. Formação de profissionais para o Sistema Único de
Saúde e as diretrizes curriculares. Boletim da Saúde, Porto Alegre, v.18, nº1, jan./jun.2004.
STELLA, Regina Celes de Rosa et al. Cenários de prática e a formação médica na assistência
em saúde. Revista Brasileira Educação Médica, Rio de Janeiro, 2013, v.33, n.1, p.63-69.
Disponível em http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022009000500007. Acesso em: 09
mai.2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL). Projeto Político Pedagógico do
Curso de Medicina. Maceió, 2006.
3.13

Textos complementares

BRASIL, Ministério da Educação, Parecer CNE/CES nº 1.133/2001, de 7 de agosto de 2001.
Aprova as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem,
Medicina e Nutrição. Brasília: Ministério da Educação, 2001a.
BRASIL, Ministério da Educação, Resolução CNE/CES nº4, de 7 de novembro de 2001.
Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina. Brasília:
Ministério da Educação, 2001b.

54

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010.Estabelecem
diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS). Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4279_30_12_2010.htmle
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/anexos/anexos_prt4279_30_12_2010.pdf.
Acesso em: 09 Mai. 2013
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 648/GM de 28 de março de 2006. Secretaria de
Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.Aprova a Política Nacional de Atenção
Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

CARVALHO, Sérgio Resende; GARCIA, Rosana Aparecida; ROCHA, Daniel Carvalho. O
ensino da Saúde Coletiva no curso médico da Unicamp: experiências inovadoras junto a
unidades básicas de saúde. Interface (Botucatu), Botucatu, v. 10, n. 20, Dec. 2006.
Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832006000200013. Acesso em: 09
mai.2013.
CECCIM, Ricardo Burg e FEUERWEKER, Laura C. Macruz. Mudança na graduação das
profissões de saúde sob o eixo da integralidade. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro,
v.20, n.5,Out,2004. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2004000500036.
Acesso em: 01 Jul. 2013
CECCIM, Ricardo Burg; FEUERWERKER, Laura C. Macruz. O quadrilátero da formação
para a área da saúde: ensino, gestão, atenção e controle social. Physis, Rio de Janeiro, v. 14,
n. 1,jun. 2004. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312004000100004. Acesso
em: 01 Jul. 2013
GUSSO, Gustavo et al. Diretrizes para o ensino na Atenção Primária à Saúde na graduação
em Medicina (SBMFC e ABEM). Cadernos ABEM, v.5 Out. 2009. Disponível
em:http://www.abem-educmed.org.br/ingles/pdf/atencao_primaria_caderno05.pdf.Acessado
em 01.07.13.
MASSOTE, Alice Werneck; BELISARIO, Soraya Almeida; GONTIJO, Eliane Dias. Atenção
primária como cenário de prática na percepção de estudantes de Medicina. Revista Brasileira
Educação Médica, Rio de Janeiro, v.35, n.4,dez.2011. Disponível em
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022011000400002. Acesso em: 05 mai. 2013.
MORETTI-PIRES, Rodrigo Otávio. O pensamento freireano como superação de desafios do
ensino para o SUS. Revista Brasileira Educação Médica, Rio de Janeiro, v. 36, n. 2,Jun
2012 . Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022012000400015.Acesso em: 09
mai.2013.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL). Formação Medicina Baseada nas
Necessidades de Saúde da População. Guia do Aluno do Curso de Medicina. Maceió, 2008.

55

4 CONCLUSÃO GERAL
Este trabalho acadêmico é composto por uma pesquisa de campo e um produto, em
forma de um projeto de intervenção, baseado nos resultados encontrados. A pesquisa teve
como objeto de estudo as práticas das disciplinas Saúde Sociedade I, II e III.
Os dados apontaram problemas, tanto na preparação para as praticas quanto no
planejamento didático, na organização das práticas e na infraestrutura das UBS.
A partir dos resultados da pesquisa, foi proposto um projeto de intervenção como
produto do estudo realizado, na forma de oficinas de trabalho com a participação de diversos
atores do serviço e do ensino.
O projeto de intervenção é um produto viável e possível de execução, considerando
que as oficinas podem ser incluídas na programação das reuniões de planejamento do
EAPMC/FAMED que acontecem no decorrer do ano letivo.
Enfim, este trabalho acadêmico aponta para a necessidade de outras estratégias
institucionais e políticas nas áreas de educação e da saúde, especificamente em relação aos
cenários de práticas de aprendizagem no contexto da APS no SUS. Faz- se necessário uma
agenda junto ao serviço e ensino, para que sejam discutidas novas estratégias e novos estudos,
contribuindo para a melhoria das condições do curso de Medicinada UFAL e assistência à
saúde da população.

56

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Márcio José de et al. Implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais na
graduação em Medicina no Paraná. Revista Brasileira Educação Médica, Rio de Janeiro, v.
31, n. 2, p.156-165,2007. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S010055022007000200006. Acesso em: 09 mai.2013.

BRACCIALLI, Luzmarina Aparecida Doretto; OLIVEIRA, Maria Amélia Campos. Desafios
na Formação Médica: a Contribuição da Avaliação. Revista Brasileira de Educação
Médica-RBEM, Rio de Janeiro, v.36, n.2, p.280-288,2012.

BRASIL, Ministério da Educação, Parecer CNE/CES nº 1.133/2001, de 7 de agosto de 2001.
Aprova as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem,
Medicina e Nutrição. Brasília: Ministério da Educação, 2001 a.

BRASIL, Ministério da Educação, Resolução CNE/CES nº4, de 7 de novembro de 2001.
Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina. Brasília:
Ministério da Educação, 2001b.

BRASIL, Ministério da Saúde. Lei Orgânica da Saúde n.º 8080, de 19 de setembro de 1990.
Brasília: Ministério da Saúde, 1990.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010. Estabelecem
diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS). Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4279_30_12_2010.htmle
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/anexos/anexos_prt4279_30_12_2010.pdf.
Acesso em: 09 Mai. 2013

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 648/GM de 28 de março de 2006. Secretaria de
Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Aprova a Política Nacional de Atenção
Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

CALDEIRA, Érika Soares; LEITE, Maisa Tavares de Souza; RODRIGUES-NETO, João
Felício. Estudantes de Medicina nos serviços de atenção primária: percepção dos
profissionais. Revista Brasileira Educação Médica, v.35, n.4, p.477-485,2011. Disponível
em: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022011000400006. Acesso em: 17 mar.2013.

CAMPOS, João José Batista de; ELIAS, Paulo Eduardo Mangeon. A Saúde Coletiva no curso
de Medicina da Universidade Estadual de Londrina: reflexões iniciais. Revista Brasileira

57

Educação Médica, Rio de Janeiro, v.32, n.2, p.149-159, 2008. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022008000200002. Acesso em: 17 mar.2013.

CAMPOS, Maria Angélica de Figueiredo; FORSTER, Aldaísa Cassanho. Percepção e
avaliação dos alunos do curso de Medicina de uma escola médica pública sobre a importância
do estágio em saúde da família na sua formação. Revista Brasileira Educação Médica, Rio
de Janeiro, v.32, n.1, mar. 2008. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S010055022008000100011. Acesso em: 17 mar. 2013.

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ensino da Saúde Coletiva no curso médico da Unicamp: experiências inovadoras junto a
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL). Projeto Político Pedagógico do
Curso de Medicina. Maceió, 2006.

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http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022007000300006. Acesso em: 17 de mar. 2013.

61

APÊNDICES
Apêndice A – Questionário semiestruturado
Aplicação para Disciplina Saúde e Sociedade I, II e III - Discente
Questionário 1 – IMPRESSÕES DO DISCENTE SOBRE PRÁTICAS DAS
DISCIPLINAS SAÚDE E SOCIEDADE
Caro acadêmico,
Você é a pessoa ideal para contribuir. Estou coletando as impressões dos discentes sobre as
práticas das disciplinas Saúde Sociedade, visando contribuir para o aprimoramento do Curso
de Medicina além de atender as exigências do Mestrado Profissional em Ensino na Saúde e
obter dados para meu trabalho de conclusão de curso. Sua participação é muito importante
uma vez que você vivenciou tudo isto. O questionário é sigiloso e não será identificado de
forma alguma.
Por favor, responda a todos os campos.
Grata,
Quitéria Pugliese
A – Informações pessoais
Sexo: (

) Masculino (

) Feminino

Data de nascimento: ____/____/____

Faça um círculo no item
Grau de Instrução do chefe de família

Item

Analfabeto / Primário incompleto =Analfabeto / Até 3 a. Série Fund.

0

Primário completo / Ginasial incompleto = Até 4 a. Série Fundamental

1

Ginasial completo / Colegial incompleto =Fundamental completo

2

Colegial completo / Superior incompleto =Médio completo

3

Superior completo =Superior completo

4

62

Faça um círculo no item

Posses de Itens

Quantidade de Itens

Televisão em cores

0

1

2

3

4 ou +

Rádio

0

1

2

3

4 ou +

Banheiro

0

1

2

3

4 ou +

Automóvel

0

1

2

3

4 ou +

Empregada mensalista

0

1

2

3

4 ou +

Máquina de lavar

0

1

2

3

4 ou +

Videocassete e/ou DVD

0

1

2

3

4 ou +

Geladeira

0

1

2

3

4 ou +

Freezer (aparelho independente ou parte da geladeira duplex)

0

1

2

3

4 ou +

B – Informações sobre as práticas das disciplinas saúde e sociedade
Por favor, responda a todas as perguntas circulando sua posição sobre as afirmativas abaixo,
utilizando a seguinte escala:
1 = Discordo completamente da afirmação.
2 = Discordo em parte.
3 = Não concordo nem discordo.
4 = Concordo em parte.
5 = Concordo plenamente.
NA = Não se aplica
I. Preparação para a disciplina saúde e sociedade
1. No início das aulas recebi informações teóricas claras sobre

1

2

3

4

5

NA

1

2

3

4

5

NA

1

2

3

4

5

NA

os conhecimentos, habilidades e atitudes que eu deveria
desenvolver na disciplina para chegar às praticas.
2. No início das práticas, recebi orientações importantes sobre
a comunidade, usuários dos SUS, unidade dos cenários de
práticas (Unidade de Saúde, Secretária Municipal de Saúde,
comunidade, etc.), pacientes, doenças e problemas de saúde
pública que eu deveria encontrar durante a prática.
3. No início das aulas práticas, recebi informações claras sobre

63

o papel do estudante durante as aulas de campo
(responsabilidades, atividades etc.).
4. No decorrer da disciplina, a atividade prática aplicada está

1

2

3

4

5

NA

1

2

3

4

5

NA

6. Minhas tarefas práticas estavam bem definidas.

1

2

3

4

5

NA

7. Estava claro para mim quem eram meus docentes

1

2

3

4

5

NA

1

2

3

4

5

NA

1

2

3

4

5

NA

1

2

3

4

5

NA

minhas

1

2

3

4

5

NA

12. Recebi comentários e aconselhamentos úteis sobre meu

1

2

3

4

5

NA

adequada para os conteúdos a serem aprendidos.
5. Fui apresentado ao serviço e aos profissionais da unidade
dos cenários de práticas (Unidade de Saúde, Secretária
Municipal de Saúde, comunidade, etc.), de maneira
adequada.

preceptores nas práticas

II. Acompanhamento das atividades nos diversos cenários de práticas
8. O acompanhamento das atividades realizadas pelos docentes
preceptores era de qualidade adequada.
9. O tempo dedicado pelos docentes preceptores às atividades
práticas foi suficiente.
10. Meus docentes preceptores demonstraram possuir os
conhecimentos

e

habilidades

necessárias

para

estas

atividades práticas.
11. Fui

suficientemente

acompanhado

durante

atividades práticas

desempenho.

III. Disponibilidade de usuários do SUS e situações para a aprendizagem
13. Havia nos cenários de práticas uma variedade de aspectos

1

2

3

4

5

NA

1

2

3

4

5

NA

1

2

3

4

5

NA

relacionados ao conteúdo da disciplina suficiente para a
minha aprendizagem.
14. A quantidade de usuários do SUS da unidade dos cenários
de práticas com quem tive contato foi suficiente.
15. A quantidade de usuários do SUS da unidade dos cenários

64

de práticas com quem lidei individualmente foi suficiente.
16. A quantidade de atividades dedicadas à promoção/proteção

1

2

3

4

5

NA

1

2

3

4

5

NA

1

2

3

4

5

NA

1

2

3

4

5

NA

1

2

3

4

5

NA

1

2

3

4

5

NA

1

2

3

4

5

NA

1

2

3

4

5

NA

1

2

3

4

5

NA

1

2

3

4

5

NA

à saúde e/ou à saúde coletiva (visitas domiciliares, educação
em grupo etc.) foi suficiente.
17. As atividades de promoção/proteção à saúde ou saúde
coletiva foram instrutivas para o aprendizado

IV. Infraestrutura e condições para a aprendizagem
18. As instalações físicas da unidade de saúde eram
adequadas para o processo de aprendizagem.
19. As instalações físicas da unidade de saúde eram
adequadas para o atendimento aos pacientes.
20. A unidade de saúde possui equipamentos adequados para
o processo de aprendizagem.
21. De maneira geral, o acesso aos recursos necessários para
o atendimento às atividades a serem realizadas era
adequado.
22. Havia espaço disponível na unidade de saúde para o
estudo.
23. Há um bom relacionamento com o gestor da unidade de
saúde.
24. Há um bom relacionamento com o agente comunitário de
saúde.
25. Há um bom relacionamento com a equipe da unidade de
saúde.

VI. Avaliação geral
Atribua uma nota de 1 a 10 (onde 10 representa “excelente”)
para uma avaliação geral dos seguintes aspectos desta prática:
26. Organização das práticas da disciplina
27. Aprendizagem durante a prática

Nota

65

VII. Responda
28. Eu sei quais os objetivos a ser atingido nas aulas práticas
(

) Sim ( ) Não

Em caso afirmativo, exemplifique com três objetivos:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
29. O que você pensa sobre as práticas da disciplina Saúde e Sociedade neste período do
curso?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

30. Você concorda como as práticas da disciplina Saúde e Sociedade estão sendo
realizadas neste período do curso? Esclareça sua opinião.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

66

Apêndice B - Documento como envio do projeto de intervenção encaminhado para o EAPMC
e NDE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
FACULDADE DE MEDICINA – FAMED
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO ENSINO NA SAÚDE
MESTRADO PROFISSIONAL ENSINO NA SAÚDE-MPES

Maceió, 30 de julho de 2013.

Adriano Antônio da Silva Pedrosa
Coordenador do Eixo de Aproximação à Prática Médica e à Comunidade- EAPMC
Carmen Eurídice Calheiros Gomes Ribeiro
Coordenadora do Núcleo Docente Estruturante - NDE
Estamos enviando o projeto de intervenção, que constitui parte da dissertação de
mestrado profissional do Ensino na Saúde da FAMED/UFAL, intitulado “O diálogo entre o
ensino e o serviço sobre o planejamento das práticas em Saúde e Sociedade I, II e III
para o curso de Medicina da FAMED/UFAL, no contexto da Atenção Primária à
Saúde”. Este projeto foi elaborado como produto da pesquisa intitulada: “Avaliação das
Práticas das Disciplinas Saúde e Sociedade do Curso de Medicina da Universidade
Federal de Alagoas”, com a intenção de sugerir algumas ações ou estratégias de
planejamento, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), buscando solucionar
os problemas identificados na discussão dos resultados da pesquisa.

Atenciosamente,

Maria Quitéria Pugliese de Morais Barros
Mestranda do MPES

Maria de Lourdes Fonseca Vieira
Orientadora

67

ANEXOS
Anexo A - Aprovação do projeto na reunião plenária do Comitê de Ética e Pesquisa - CEP em
29/03/2012.

015121/2011-68
De:
comitedeetica@ufal.br
Para:
qpugliese@uol.com.br
Assunto:
015121/2011-68
Data:
30/03/2012 11:27

Prof.ª Maria de Lourdes
O projeto nº 015121/2011-68, intitulado "Percepções de Discentes sobre as Práticas

das Disciplinas de Saúde e Sociedade do Curso de Medicina da UFAL" foi
aprovado na reunião plenária do CEP em 29/03/2012.
Sendo assim, solicitamos o comparecimento neste CEP para retirada do projeto com a
respectiva carta de aprovação.
Att.
Fátima Maria Lyra Cavalcante
Assistente em Administração - CEP

68

Anexo B – Comprovante de submissão do artigo à Revista Trabalho, Educação e Saúde.

Confirmação de recebimento de original (Revista Trabalho, Educação e Saúde
- Fiocruz)

RevistaTrabalhoEducaçãoeSaúde<revtes@fiocruz.br>

2 de agosto de 2013
15:34

Para: Quitéria Pugliese Barros <quiteriasus@gmail.com>

Prezados professores Maria Quitéria Pugliese de Morais Barros, Maria de Lourdes Fonseca Vieira e Jairo
Calado Cavalcante:

Informamos que o original "AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS DAS DISCIPLINAS SAÚDE E
SOCIEDADE DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS" foi
recebido pela Coordenação Editorial da revista Trabalho, Educação e Saúde.

Conforme exposto nas normas editoriais, os originais são primeiramente avaliados pelos editores, que
julgam a adequação temática do texto à revista. Entraremos em contato assim que concluirmos esta
apreciação.

Agradecemos seu interesse em publicar em nossa revista.

Atenciosamente,
Marcelo do Prado
Assistente Editorial
Revista Trabalho, Educação e Saúde
www.revista.epsjv.fiocruz.br
e-mail: revtes@fiocruz.br
tel: (21) 3865-9850
fax: (21) 2560-8279