11.Sirmani Melo Frazão Torres - CONHECIMENTO DOS DISCENTES SOBRE ALEITAMENTO MATERNO EM UM CURSO MÉDICO

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                    UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
FACULDADE DE MEDICINA
MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO NA SAÚDE

SIRMANI MELO FRAZÃO TORRES

CONHECIMENTO DOS DISCENTES SOBRE ALEITAMENTO MATERNO EM UM
CURSO MÉDICO

MACEIÓ-AL
2018

SIRMANI MELO FRAZÃO TORRES

CONHECIMENTO DOS DISCENTES SOBRE ALEITAMENTO MATERNO EM UM
CURSO MÉDICO

Trabalho Acadêmico de Conclusão de Curso apresentado
ao Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em
Ensino na Saúde da Faculdade de Medicina – FAMED da
Universidade Federal de Alagoas – UFAL como requisito
parcial para obtenção do título de Mestre em Ensino na
Saúde.

Orientadora: Profª. Drª. Celia Maria Pedrosa
Coorientadora: Profª. Dra. Maria Viviane Lisboa de
Vasconcelos

MACEIÓ - AL
2018

Catalogação na fonte
Universidade Federal de Alagoas

Biblioteca Central

Bibliotecária Responsável: Helena Cristina Pimentel do Vale – CRB4 - 661
T691c

Torres, Sirmani Melo Frazão
Conhecimento dos discentes sobre aleitamento materno em um curso médico / Sirmani
Melo Frazão Torres. – 2018.
72 f. : il.
Orientadora: Celia Maria Pedrosa.
Coorientadora: Maria Viviane Lisboa de Vasconcelos.
Trabalho Acadêmico de Mestrado (mestrado Profissional em Ensino na Saúde) –
Universidade Federal de Alagoas. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em
Ensino na Saúde. Maceió, 2018.
Inclui bibliografia.
Apêndices: f. 52-68.
Anexos: f. 69-72.
1. Aleitamento materno. 2. Amamentação. 3. Educação médica. 4. Ensino superior.
5. Estudantes universitários. I. Título.
CDU: 61:378.4

Dedico,
Aos meus filhos, Lucas, Larissa e Luís Felipe, que a todo
amanhecer me ensinam o caminho do amor.

AGRADECIMENTOS

À Deus, sem Ele nada seria possível.
À Profa. Dra. Celia Maria Pedrosa, pela disponibilidade e generosidade.
À Profa. Dra. Maria Viviane Lisboa de Vasconcelos, pela compreensão e apoio.
Ao Prof. Dr. Renato Rodarte, pelo acolhimento e generosidade. Sua simplicidade e
clareza deu um novo rumo ao estudo.
A todos os professores e técnicos do Mestrado Profissional em Ensino na Saúde, que
nos acolhem e nos mostram um belo caminho de crescimento pessoal.
A meus pais, Evanildo e Iêda, onde navego em águas calmas.
A meus irmãos, Silvani e Swedoni, pelo cuidado e zelo.
A meus amigos de mestrado, que foram molas propulsoras e formaram uma grande
família, especialmente nos momentos difíceis.

“... para que todos tenham vida em plenitude”.
(Jo 10,10)

RESUMO GERAL
As taxas de aleitamento materno no mundo estão aquém do desejado, e diante dos inúmeros
benefícios da amamentação, com possibilidade de melhoria na qualidade de vida da
sociedade, a OMS tem como meta até 2025 aumentar a taxa de Aleitamento Materno no
mundo, com algumas estratégias. Uma das estratégias é a revisão dos currículos da graduação
na área da saúde, fundamentado nas evidências científicas e propondo habilidades de ensino
aprendizagem, por se tratar de um tema, onde o conhecimento passa pelo conhecimento
cultural. Esse estudo propôs identificar a progressão do conhecimento discente sobre
aleitamento materno em um curso médico. Teve abordagem descritiva, quantitativa e de corte
transversal. Consistiu na aplicação de um questionário validado semanticamente, sobre
aleitamento materno, aos discentes de todos períodos de um curso médico. Os resultados
mostraram uma progressão do conhecimento em aleitamento materno do 3º para o 4º período,
mantendo-se estável até o último período do curso. Para compreender os resultados do
questionário, foi realizado uma análise documental do curso para localizar conteúdos
relacionados à amamentação. Foram encontrados conteúdos referentes ao tema aleitamento
materno nos 2º, 4º, 5º e 10º períodos. Com os resultados do questionário e a análise da matriz
curricular, o produto desse estudo será a sugestão de compatibilizar a inserção do tema na
matriz curricular, norteando uma mudança curricular na abordagem ao tema.
Palavras-chave: Aleitamento materno. Educação médica. Conhecimento.

GENERAL ABSTRACT
Breastfeeding rates in the world are short of desired, and on the many benefits of
breastfeeding, with the possibility of improving the quality of life of the society, who aims to
2025 increase the rate of Breastfeeding in the world, with some strategies. One of the
strategies is the revision of the undergraduate curriculum in the area of health, based on
scientific evidence and proposing educational skills learning, because it is a topic where
knowledge passes through cultural knowledge. This study proposed identifying the
progression of student knowledge about breastfeeding in a medical course. Had descriptive
approach, quantitative and cross-sectional. Consisted in the application of a questionnaire
validated semantically, on breastfeeding, to students of all periods of a medical course. The
results showed a progression of knowledge on breastfeeding from the third to the fourth
quarter, remaining stable until the last part of the course. To understand the results of the
questionnaire, was conducted a documentary analysis of the course to find content related to
breastfeeding. Theme related content found breastfeeding in the 2nd, 4th, 5th and 10th
periods. With the results of the questionnaire and the analysis of the curricular matrix, the
product of this study will be the suggestion of making the curriculum matrix theme, guiding a
curricular change in approach to the topic.
Keywords: Breastfeeding. Medical education. Knowledge.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Distribuição dos percentuais de acerto do questionário sobre conhecimento
em aleitamento materno dos estudantes do 1º ao 12º período do curso de
medicina da FAMED/UFAL – 2017 .................................................................. 24
Figura 2 - Distribuição de acertos das questões dois e seis na área de fisiologia, dos
alunos na graduação de medicina – FAMED/UFAL……..……………...….… 25
Figura 3 - Distribuição de acertos na questão 12 na área de fisiologia, dos alunos de
medicina da FAMED/UFAL…….……………………………………...…..… 25
Figura 4 - Distribuição de acertos das questões 8, 10 e 13 na área de fisiologia, dos
alunos da graduação de medicina da FAMED/UFAL…………………....…... 26
Figura 5 - Distribuição de acertos das questões 3 e 15 na área de saúde pública, dos
alunos na graduação de medicina da FAMED/UFAL………………….....….. 27
Figura 6 - Distribuição de acertos das questões 7 e 20 na área de saúde pública, dos
alunos na graduação de medicina – FAMED/UFAL………………….....…… 28
Figura 7 - Distribuição de acertos das questões 5 e 16 na área dos problemas nos
primeiros dias, dos alunos Na graduação de medicina – FAMED/UFAL…… 29
Figura 8 - Distribuição de acertos da questão 9 na área dos problemas nos primeiros
dias, dos alunos da graduação de medicina – FAMED/UFAL……….....……. 29
Figura 9 - Distribuição de acertos das questões 11 e 17 na área dos problemas tardios,
dos alunos na graduação de medicina – FAMED/UFAL………………..…… 30
Figura 10 - Distribuição de acertos das questões 14 e 16 na área de avaliação da mamada,
dos alunos na graduação de medicina – FAMED/UFAL………………..…… 31
Figura 11 - Distribuição de acertos na questão 1, sobre condição materna, dos
alunos na graduação de medicina – FAMED/UFAL…………………….....… 31
Figura 12 - Distribuição de acertos da questão 19 em atitude, nos alunos da
graduação de medicina – FAMED/UFAL………………………………...….. 32

LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Distribuição dos discentes matriculados por períodos, na FAMED (2017)....... 19
Quadro 2 - Distribuição das disciplinas obrigatórias do curso médico da FAMED/UFAL,
ciclo teórico prático integrado (1º ao 8º período), com observação do
conteúdo programático relativo ao aleitamento materno................................... 20
Quadro 3 - Distribuição das disciplinas obrigatórias do curso médico da FAMED/UFAL,
internato médico (9º ao 12º período), com observação do conteúdo
programático relativo ao aleitamento materno................................................... 22

LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Distribuição dos discentes por período, percentual de participação, idade, sexo
e experiência com filhos e amamentação.............................................................. 23

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AM

Aleitamento Materno

AME

Aleitamento Materno Exclusivo

ANOVA

Análise de Variância

CICSLM

Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno

DCN

Diretrizes Curriculares Nacionais

ECoLa

Encuesta sobre Conocimientos em Lactancia

ENEM

Exame Nacional do Ensino Médio

FAMED

Faculdade de Medicina

HAC

Hospital Amigo da Criança

IHAC

Iniciativa Hospital Amigo da Criança

MPES

Mestrado Profissional Ensino na Saúde

NBCAL

Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactantes

NDE

Núcleo Docente Estruturante

OMS

Organização Mundial de Saúde

ONG

Organização Não Governamental

PBL

Problem Based Learnig

PEVS

Painel Eletrônico para Validação Semântica

PPC

Projeto Pedagógico do Curso

RN

Recém-nascido

TCLE

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFAL

Universidade Federal de Alagoas

UNICEF

FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA

WBTi

World Breastifeeding Trends iniciative

WHO

World Health Organization

SUMÁRIO

1

APRESENTAÇÃO.................................................................................................... 14

2

ARTIGO: CONHECIMENTO DISCENTE SOBRE ALEITAMENTO
MATERNO EM UM CURSO MÉDICO..................................................................16

2.1

Introdução.................................................................................................................. 16

2.2

Metodologia................................................................................................................ 18

2.3

Resultados e Discussões............................................................................................. 22

2.4

Considerações Finais................................................................................................. 33
REFERÊNCIAS........................................................................................................ 33

3

PRODUTO EDUCACIONAL DE INTEVENÇÃO 1: QUESTIONÁRIO
SOBRE CONHECIMENTO EM ALEITAMENTO MATERNO
TRADUZIDO E VALIDADO SEMANTICAMENTE…….…..…….………… 37

3.1

Introdução………………………………………………….………………………. 37

3.2

Objetivo…………...……………………………………...……………………....... 37

3.3

Metodologia……………………......…………………………………………….... 37

3.4

Procedimentos………………………………………..……………………………. 38

3.5

Público alvo………………………………..………………………………..……

39

REFERÊNCIAS…………………..………………………...…………………….. 39
4

PRODUTO EDUCACIONAL DE INTERVENÇÃO 2: RELATÓRIO
TÉCNICO.................................................................................................................. 40

4.1

Introdução…………………….……………………………………………………. 42

4.2

Objetivo…………...………...…………………………………………………....... 43

4.3

Metodologia………………......………………………………………………........ 43

4.4

Procedimentos……………………………………………….……………………... 43

4.5

Resultados…………………………..….…………………….……...……………… 43

4.6

Ações Sugeridas…….………………………………………....…………………… 45
REFERÊNCIAS…………………………………………………………………… 47

5

CONSIDERAÇÕES FINAIS DO TACC………..….…………………….……… 48
REFERÊNCIAS GERAIS……..….……………………………………………… 49
APÊNDICES…………………………………….………………..……..… ……… 52

APÊNDICE A - Quadro 4 - Apresentação da matriz curricular das disciplinas
obrigatórias, referente ao tema aleitamento materno e sugestões
de abordagens ao tema durante o ciclo teórico-prático................... 53
APÊNDICE B - Quadro 5 - Análise na matriz curricular das disciplinas obrigatórias,
referente ao tema aleitamento materno e sugestões de abordagens
ao tema durante o internato.……………………….....………........ 59
APÊNDICE C - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (T.C.L.E.)….......… 61
APÊNDICE D - Questionário sobre Conhecimento em Aleitamento Materno..…... 63
APÊNDICE E - Tabela 2 - Percentual de acerto em cada questão, por período …... 68
ANEXO…………………………………………....................................................... 69
ANEXO A - Parecer Consubstanciado do CEP ………………………………..…... 70

14

1

APRESENTAÇÃO
O tema Aleitamento Materno (AM) há muito me chama a atenção, talvez desde a

infância. Com o passar do tempo veio a graduação, onde o tema era abordado pelo lado
cultural e pela experiência pessoal, na residência havia a informação dos benefícios do leite
humano, porém com uma lacuna no ensino ao tema, na vida profissional percebia que mesmo
com o conhecimento dos benefícios do aleitamento materno, sempre havia informações
equivocadas às mães.
Na minha vida profissional, tive a oportunidade de conhecer e trabalhar com o Método
Canguru, que remete a assistência ao recém-nascido de baixo peso e de alto risco. Com
evidências fortes de que recém-nascidos quando são cuidados no método, têm mais chance de
mamarem em suas mães e consequentemente com todos os benefícios associados à
amamentação. Por dez anos tive a graça de presenciar esses benefícios. Como deixar de
promover o aleitamento?
Em 2013 fui aprovada no concurso público para professor efetivo da Faculdade de
Medicina (FAMED) na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), inicialmente participando
como tutora no método PBL (Problem Based Learnig), ministrando aula de Semiologia
(Alimentação do Lactente e Crescimento e Desenvolvimento) e aulas práticas no Alojamento
Conjunto para alunos do 4º periodo. Há 2 anos fui transferida para aulas práticas do 10º
período. Nos dois momentos, aulas práticas do 4º e 10º períodos, já havia a introdução do
tema nos períodos citados, mas me parecia que era algo pontual e insuficiente.
Quando chegou a oportunidade de cursar o mestrado, Mestrado Profissional em
Educação em Saúde (MPES), como inserir um tema biológico no mestrado em ensino? Foi o
primeiro desafio, porém, o desejo de pesquisar sobre o ensino em aleitamento materno me fez
criar estratégias para estudá-lo.
Observando o percurso trilhado até então, vi que inicialmente queria estudar em como
promover o aleitamento materno no curso médico, porque as pesquisas já mostravam a
importância do médico na promoção do aleitamento materno, tanto para a promoção, quanto
para o desmame. Outro fato que me inquietava, observando as minhas atitudes e de colegas
médicos e não médicos, era que o conhecimento e a experiência pessoal em aleitamento
materno interferia na orientação profissional sobre amamentação, por falas e atitudes, assim
tinha curiosidade em saber qual a influência do senso comum no aprendizado sobre
aleitamento materno.
Dessa forma, iniciei uma pesquisa com questionários que avaliassem o conhecimento

15

do tema. Encontrado o questionário, o mesmo estava em outra língua, necessitaria de uma
validação semântica e cultural. Questionário validado. Como aplicar? Após conversas com os
professores do mestrado, sugeriram-me dispor o questionário na plataforma google drive e
aplicar por meio de mídia eletrônica. Assim foi feito. De posse dos dados encontrados, houve
a necessidade de analisar o Projeto Pedagógico do Curso (PPC), sua matriz curricular e as
disciplinas obrigatórias, pesquisando em que período havia menção ao tema e como estava
sendo abordado.
Analisando os dados do questionário, observou-se que o conhecimento acontecia de
forma estatisticamente significativa do 3º para o 4º período, e quando analisado por questões,
havia um índice de acertos muito irregulares, a depender do assunto ou área do conhecimento
no tema.
Todo o percurso de construção do estudo foi proveitoso, desde as pesquisas iniciais,
trazendo mais maturidade e aprofundamento ao tema, quanto ao conhecimento na estrutura
curricular da faculdade. Acredito que os resultados e as sugestões poderão ser utilizados pelo
Núcleo Docente Estruturante para discussões acerca da introdução dos conteúdos necessários
na matriz curricular.

16

2

ARTIGO: CONHECIMENTO DOS DISCENTES SOBRE
ALEITAMENTO MATERNO EM UM CURSO MÉDICO

RESUMO
O Aleitamento Materno é uma prioridade global pelos inúmeros benefícios para a saúde das
crianças, suas mães e para a sociedade. A OMS tem como meta até 2025, que 50% das
crianças de todo o mundo estejam em aleitamento materno exclusivo aos 6 meses de vida. No
Nordeste brasileiro, na última avaliação do Ministério da Saúde, verificou-se que a
interrupção da amamentação exclusiva aconteceu de 30 a 40 dias de vida. Dessa forma as
instituições formadoras tem uma responsabilidade social de preparar os profissionais de
saúde, para o ensino e a promoção do aleitamento materno. Esse estudo propôs identificar a
progressão do conhecimento sobre aleitamento materno em um curso médico. Teve
abordagem descritiva, quantitativa e de corte transversal. Consistiu na aplicação de um
questionário validado semanticamente, sobre aleitamento materno, aos discentes de todos
períodos de um curso médico. Utilizou-se análise documental do curso de Medicina (PPC,
ementas de disciplinas, planos de curso) onde o tema estava inserido. Os resultados
mostraram uma progressão do conhecimento em aleitamento materno do 3º para o 4º período,
mantendo-se estável até o último período do curso.
Palavras-chave: Aleitamento materno. Educação médica. Conhecimento.
ABSTRACT
Breastfeeding has become a global priority due to its numerous benefits to children’s health,
their mothers and society. The World Health Organization has set a goal for 2025 to have
50% of children all over the world to be exclusively breastfed up to their six months of age.
The last survey held by the Ministry of Health in the northeast region of Brazil showed that
there was a disruption in the exclusive breastfeeding in the period of 30 to 40 days of life.
Therefore, the institutions involved have the social responsibility in preparing the medical
professionals for the teaching and promoting breastfeeding in a medical course. The study had
a quantitative, descriptive and cross-sectional approach. It consisted of applying a
semantically validated questionnaire about breastfeeding to the scholars of every period of a
medical course. Documental analysis of the Medical Course was used (PPC, syllabus, course
plans) wherever the subject was present. The results showed a progression in the knowledge
about breastfeeding from the 3rd to 4th period, and steadiness up to the last period.
Keywords: Breastfeeding. Medical education. Knowledge
2.1

Introdução
A amamentação é um processo singular e apesar de ser um ato natural para a mulher,

precisa ser aprendido, promovido e apoiado. O apoio qualificado de profissionais de saúde,
desde o pré-natal, parto e puerpério são fundamentais para a promoção do aleitamento
materno (ALMEIDA; LUZ; UED, 2015).

17

As evidências científicas mostram os benefícios do aleitamento materno, para o
binômio mãe-filho, em todas as fases da vida.

A amamentação protege contra as doenças

comuns da infância e pode também melhorar a saúde no futuro, bem como diminuir o risco de
sobrepeso e obesidade na infância e adolescência (ANDRADE, 2014; WORLD HEALTH
ORGANIZATION, 2009, 2017).
Para a mãe, os benefícios atribuídos à curto prazo são o retorno do útero ao tamanho
normal; diminuição do sangramento pós-parto; perda de peso mais rápida e consequente
menor probabilidade de adquirir doença metabólica; prevenção de alguns tipos de câncer e
prevenção de anemia,

além do importante

fortalecimento do vínculo mãe-filho

(ANDRADE, 2014; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009).
Como o afeto está diretamente relacionado ao ato de amamentar, o aleitamento
materno contribui para relações pessoais mais sólidas e de melhor qualidade, fatores que
favorecem o desenvolvimento da criança. O aleitamento materno contribui para a vida pessoal
e familiar, por ser um alimento seguro, de baixo custo e de alta biodisponibilidade, dessa
forma, a vantagem se estende para a comunidade e em um sentido mais amplo para toda a
sociedade, tornando-a mais justa e próspera, conforme preconiza a organização não
governamental (ONG) Thousand days.
No encontro Breastfeeding in the 1990s, em Florença, Itália, a OMS/UNICEF
elaborou um documento intitulado a Declaração de Innocenti (1990), que orienta o incentivo e
a capacitação das mulheres na prática de aleitamento exclusivo e que todas crianças devem
ser aleitadas exclusivamente ao seio nos primeiros 4 a 6 meses de vida.
O desestímulo à amamentação relacionado com informações errôneas e práticas
inadequadas atribuídas à unidade de saúde ou ao profissional de saúde, levaram a OMS e o
UNICEF a fazer opção por atuar junto aos hospitais. Em decorrência do encontro
Breastfeeding in the 1990s, foram criadas metas pelos países participantes do encontro e o
Brasil foi um dos países escolhidos para dar início à “Iniciativa Hospital Amigo da Criança”
(LAMOUNIER, 1996).
Após 19 anos do Breastfeeding in the 1990s, uma pesquisa do Ministério da Saúde, no
Brasil, revelou que nos primeiros dias de vida ocorre queda acentuada da probabilidade de as
crianças permanecerem em Aleitamento Materno Exclusivo (AME). Na região Nordeste,
onde foi encontrada a pior situação, existe a possibilidade de interrupção do AME ao redor da
5º semana de vida, com mediana de 34 dias e na capital Maceió de 28 dias (BRASIL, 2009).
Na 54º Assembléia Mundial de Saúde, após consulta de especialistas da OMS, foi
orientado como recomendação global de saúde pública, que se deve proteger, promover e

18

apoiar a amamentação exclusiva durante seis meses e complementada até os dois anos ou
mais, assim queira a mãe e bebê (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2001).
A Estratégia Global para Alimentação de Lactentes e Crianças da Primeira Infância,
desenvolvida pela OMS/UNICEF é um guia de ação para implementar intervenções nesse
período da vida, através de evidências científicas e agregando os diversos setores: governo,
instituições de ensino, associações profissionais, empresas, organizações religiosas e
organizações não governamentais (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003).
Bedinghaus e Melnikow (1992) demonstraram aumento da proporção de mães que
amamentaram quando médicos promoveram o aleitamento materno, revelando a influência
positiva da classe médica no incentivo à amamentação. Dessa forma, apesar dos avanços
observados na prática do aleitamento natural, muito ainda precisa ser feito para atingir os
níveis desejáveis. É notório o papel da equipe de profissionais da saúde, em especial o
médico, no estímulo, encorajamento e preparo físico da puérpera, o que pressupõe aquisição
de conhecimento e treinamento prático para resolução de situações que comumente
constituem dificuldades para o estabelecimento e manutenção da lactação (GIUGLIANI,
1994).
Frente ao exposto, o tema abordado está contemplado nos critérios de formação
médica no Brasil (BRASIL, 2014). Assim, o objetivo desse estudo é identificar o
conhecimento em AM ao longo do curso médico, na FAMED/UFAL, aplicando um
questionário aos discentes. Após a aplicação do questionário e análise dos resultados, houve a
necessidade de localizar onde o tema AM estava inserido durante o curso e como era
abordado, sendo pesquisado no PPC e na Matriz Curricular.
2.2

Metodologia
Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, de corte transversal,

na qual utilizou-se um questionário estruturado, sobre a temática Aleitamento Materno, e
análise documental da matriz curricular.
O universo desta pesquisa foram os 454 discentes regularmente matriculados nos 12
períodos da FAMED/UFAL. No 7º período, no momento da coleta, não havia discentes
matriculados por adequação do calendário acadêmico (Quadro 1).

19

Quadro1 - Distribuição dos discentes matriculados por períodos, na FAMED/UFAL (2017)
PERÍODOS

1º

2º

3º

4º

5º

6º

7º

8º

9º

DISCENTES

50

48

48

47

39

42

0

41

39

10º
42

11º

12º

TOTAL

29

29

454

Fonte: UFAL. Faculdade de Medicina. Coordenação do Curso Médico.

A Faculdade de Medicina da UFAL, fundada em 1950, ao longo das décadas
atravessou inúmeras mudanças e transformações curriculares, com o objetivo de formar
profissionais, com domínio do conhecimento da realidade sanitária, sendo capaz de interferir
nessa realidade, tendo como referência o Sistema Único de Saúde e assim oferecer assistência
médica mais adequada aos desafios atuais.
Atualmente, o acesso ao curso se dá através do Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM). O curso tem carga horária de 8.900 horas, com regime acadêmico semestral. A
matriz curricular do curso UFAL é formada por dois ciclos: ciclo Teórico-Prático Integrado
do 1º ao 8º período e internato médico do 9º ao 12º períodos. (UNIVERSIDADE FEDERAL
DE ALAGOAS, 2013).
TÉCNICA DE COLETA DOS DADOS
Encontrado um questionário em outra língua, que atendia a ideia do estudo. Foi
solicitado a autorização dos autores do instrumento original em língua Espanhola: “Encuesta
sobre Conocimientos en Lactancia” (ECoLa)

de (GÓMEZ FERNÁNDEZ-VEGUE;

MENÉNDEZ ORENGA, 2015).
O passo seguinte foi o processo de validação semântica fundamentado nas instruções
gerais do método proposto por Herdman, Fox-Rushby e Badia (1998). A validação foi
composta por cinco etapas: 1) Tradução integral do instrumento original. 2) Versão para a
língua de origem por um nativo. 3) Avaliação formal da equivalência entre a tradução e a
versão para a língua de origem. 4) Discussão com a amostra de conveniência (neste estudo a
amostra foi composta por 12 discentes (1º período) e 12 discentes (12º período) da
Famed/Ufal); 5) Revisão final pelos especialistas da área, envolvendo o autor deste estudo e
um expertise em Aleitamento Materno.
Após o processo de validação, o questionário foi disponibilizado integralmente, por
meio de mídia eletrônica, a todos os discentes devidamente matriculados no curso de
medicina da FAMED/UFAL, excluindo-se da amostra os discentes do 1º e 12º períodos que

20

participaram da validação semântica. O acesso ao questionário só ocorreu após assinatura do
TCLE e o período da coleta de dados aconteceu de 09/09 a 03/11/2017.
O questionário adaptado da referência supracitada contém dados demográficos dos
sujeitos (idade, sexo, número de filhos, período do curso, e se houve experiência prévia com
amamentação), 30 questões sendo que até a 20º questão se avalia o conhecimento sobre o
tema aleitamento materno, com perguntas referentes as áreas básicas do conhecimento e
habilidades no manejo cotidiano do aleitamento. Após a 21º questão, as respostas contém
variáveis pessoais.
Para responder aos objetivos propostos nesse estudo foram analisadas da 1ª a 20ª
questão, excluindo-se a 18º, que admite texto livre. (Apêndice B).
O questionário aborda o conhecimento sobre fisiologia; saúde pública; aleitamento nos
primeiros dias; problemas tardios; avaliação da mamada; condição materna; atitude (Apêndice
B).
Para subsidiar os resultados obtidos pelo questionário aplicado, foi pesquisado no
Projeto Pedagógico do Curso (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, 2013) os eixos
teórico-prático integrados e suas disciplinas. Na matriz curricular, foi pesquisado por
disciplina a presença do tema AM no conteúdo programático. Para os casos de tutoria foi
investigado junto aos coordenadores de tutoria se havia algum caso com referência ao AM.
Para as aulas práticas do 4º período foi pesquisado junto aos professores que tipo de
abordagem era praticada (Quadros 2 e 3).
Quadro 2 - Distribuição das disciplinas obrigatórias do curso médico da FAMED/UFAL, ciclo
teórico prático integrado (1º ao 8º período), com observação do conteúdo
programático relativo ao aleitamento materno.
(conttinua)
PERÍODOS

1º

DISCIPLINA

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
RELATIVO AO TEMA

SAÚDE E SOCIEDADE 1

Sem informação

ÉTICA E RELAÇÕES PSICOSSOCIAIS 1

Sem informação

BASES MORFOFISIOLÓGICAS 1

Um caso de tutoria

SAÚDE E SOCIEDADE 2

Sem informação

ÉTICA E RELAÇÕES PSICOSSOCIAIS 2

Sem informação
Introdução ao estudo da fisiologia
endócrina.

2º
BASES MORFOFISIOLÓGICAS 2

Sinalização hormonal, GH, ADH,
Ocitocina e Prolactina.

21

Quadro 2 - Distribuição das disciplinas obrigatórias do curso médico da FAMED/UFAL, ciclo
teórico prático integrado (1º ao 8º período), com observação do conteúdo
programático relativo ao aleitamento materno.
(conclusão)
PERÍODOS

3º

DISCIPLINA

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
RELATIVO AO TEMA

SAÚDE E SOCIEDADE 3

Sem informação

ÉTICA E RELAÇÕES PSICOSSOCIAIS 3

Sem informação

BASES MORFOFISIOLÓGICAS 3

Sem informação

PRINCIPIOS DA FARMACOLOGIA

Sem informação

AGRESSÃO E DEFESA

Sem informação
Aula expositiva de Alimentação do

4º

SEMIOLOGIA INTEGRADA

Lactente
Aulas práticas no Alojamento Conjunto
Ambulatório de Puericultura

SAÚDE DA CRIANÇA E
ADOLESCENTE 1
5º

PROPEDÊUTICA MÉDICA 1
SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO 1
SAÚDE E SOCIEDADE 4

6º

7º

Sem informação
Sem informação
Sem informação

SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO 2

Sem informação

SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO 3

Sem informação

SAÚDE DA MULHER 1

Sem informação

PROPEDÊUTICA 2

Sem informação

SAÚDE E SOCIEDADE 5

Sem informação

MEDICINA LEGAL

Sem informação

SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO 4

Sem informação

SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO 5

Sem informação

PROPEDÊUTICA 3

Sem informação

DEONTOLOGIA

Sem informação

SAÚDE E SOCIEDADE 6

Sem informação

SAÚDE DA CRIANÇA E
ADOLESCENTE 2

8º

Cuidados gerais com o recém-nascido
normal

Sem informação

SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO 6

Sem informação

SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO 7

Sem informação

SAÚDE DA MULHER 2

Sem informação

PSIQUIATRIA DE EMERGÊNCIA

Sem informação

CLÍNICA CIRÚRGICA
AMBULATORIAL
SAÚDE E SOCIEDADE 7

Sem informação
Sem informação

Fonte: UFAL. Faculdade de Medicina. Ordenamento curricular: disciplinas obrigatórias, 2013.

22

Quadro 3 - Distribuição das disciplinas obrigatórias do curso médico da FAMED/UFAL,
internato médico (9º ao 12º período), com observação do conteúdo
programático relativo ao aleitamento materno.
PERÍODOS

DISCIPLINA
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
CLÍNICA CIRÚRGICA

9º

10º

11º
12º

HOSPITALAR

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
RELATIVO AO TEMA
Sem informação
Sem informação

SAÚDE MENTAL

Sem informação

EMERGÊNCIA EM PEDIATRIA

Sem informação

OBSTETRÍCIA 1

Sem informação

GINECOLOGIA 1

Sem informação

PEDIATRIA 1

Assistência ao RN na sala de parto
Amamentação

OBSTETRICIA 2

Sem informação

CLÍNICA MÉDICA 1

Sem informação

CLÍNICA MÉDICA 2

Sem informação

ESTÁGIO RURAL

Sem informação

ESTÁGIO OPCIONAL

Sem informação

Fonte: UFAL. Faculdade de Medicina. Plano de curso: disciplinas obrigatórias. 2013.

ANÁLISE DOS DADOS
Os dados coletados em resposta ao questionário foram submetidos a análise estatística:
a comparação entre as médias dos acertos foi realizada por meio do teste ANOVA, seguido
do teste post-hoc de Tukey-HSD. Foi utilizado um alfa igual à 5% para todas as análises, que
foram conduzidas com auxílio do pacote estatístico SPSS v21.0 (IBM Inc, Chicago, IL).
2.3

Resultados e Discussão
Participaram da pesquisa, 205 (45%) discentes dos 454 inscritos nos 12 períodos na

Faculdade de Medicina da UFAL. O questionário foi disponibilizado por mídia eletrônica,
através da plataforma Google Drive, onde as respostas se encontravam em planilhas do
aplicativo.

Não foi excluída nenhuma resposta. Observou-se predominância do sexo

feminino, provável reflexo da maior concentração de mulheres no curso médico,
porcentagem pequena de estudantes com filhos e de experiência pessoal com amamentação.
A participação dos estudantes por período variou de 24% a 85,7%, com aumento
exponencial no 10º e 11º períodos (internato), provavelmente por estarem vivenciando e

23

terem recentemente passado pelo estágio de Pediatria I no momento da aplicação do
questionário (Tabela 1).
Tabela 1 - Distribuição dos discentes por período, percentual de participação, idade, sexo e
experiência com filhos e amamentação.

Período

Cobertura de
participação (%)

Idade
(média ± DP)

Sexo
Feminino (%)

Possui filhos
(%)

24,0
25,0
56,3
27,7
51,3
26,2
68,3
43,6
85,7
72,4
27,6

20,6 ± 2,2
23,6 ± 6,8
22,3 ± 3,2
22,2 ± 3,2
22,5 ± 2,9
27,4 ± 6,4
25,8 ± 5,4
24,8 ± 2,4
25,1 ± 4,0
26,3 ± 2,5
26,6 ± 3,0

75,0
58,3
40,7
38,5
60,0
72,7
67,9
64,7
63,9
61,9
50,0

8,3
16,7
0,0
7,7
5,0
18,2
14,3
5,9
8,3
4,8
0,0

1º
2º
3º
4º
5º
6º
7º
8º
9º
10º
11º
12º

Experiência
pessoal com
amamentação
(%)
8,3
25,0
0,0
0,0
5,0
9,1
25,0
17,6
11,1
19,0
50,0

Fonte: Autora, 2018.

Nas respostas ao questionário sobre conhecimento em Aleitamento Materno (AM),
observou-se que nos três primeiros períodos do curso, os índices de acertos se mantiveram
estáveis (45,61% - 39,04% - 41,13%), e não houve diferença significativa entre eles (p>0,05).
A progressão entre um período e outro ocorreu de forma significativa entre o 3º
(41,13%) e o 4º período (61,13%), com aumento do índice de acertos em 20%. O 4º período
apresentou um índice de acerto de 61,13% e o 12º de 67,11%, com diferença entre eles de
apenas 6%. Nos demais períodos, do 4º ao 12º períodos, houve pouca variação nos índices e
sem diferença significativa entre eles (p>0,05), como mostra a Figura 1.
Correlacionando com a análise do currículo, observou-se que no 4º período, na
disciplina de Semiologia Integrada, o tema aleitamento materno é abordado em aulas teóricas
expositivas e aulas práticas no Ambulatório de Puericultura e Alojamento Conjunto, com
discussão de casos e rodas de conversa. O tema volta a ser abordado no 5º período, como
cuidados gerais com o recém-nascido normal, através de rodas de conversa e casos clínicos. E
no 10º período, no internato acontece com a assistência ao recém-nascido na sala de parto e
visitas ao recém-nascido no alojamento conjunto, onde são discutidos a amamentação.

24

Figura 1 - Distribuição dos percentuais de acerto do questionário sobre conhecimento em
aleitamento materno dos estudantes do 1º ao 12º período do curso de medicina
da FAMED/UFAL – 2017

Fonte: Autora, 2018.

O tema Aleitamento Materno, presente nos itens do questionário e correlacionados
com as áreas do conhecimento vão ser discutidos por meio das questões abordadas.
As questões relacionadas ao módulo de fisiologia referem-se ao tempo de mamada;
suplementação com fórmula no parto cesárea; fototerapia; alimentação do prematuro;
composição do leite humano aos 12 meses; amamentação e alimentação complementar e
composição do leite humano durante a mamada.
Os discentes apresentaram índices de acertos muito irregulares e distintos, quando
avaliados por questão. Discutindo a questão 2, que fala sobre regular o tempo da mamada,
essa questão nega o Passo 8 dos “10 Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno”
(FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA, 1990), que diz: incentivar o
aleitamento materno sob livre demanda. No momento em que os discentes se encontravam no
4º e 5º período, houve um percentual maior de respostas corretas, caindo no 6º período e
voltando a subir no 10º período. A questão 6 também está diretamente relacionada ao passo 8
- livre demanda, apresenta um aumento no percentual de acertos no 4º período, mantendo-se
estável até o final do curso, como mostra a Figura 2.

25

Figura 2 - Distribuição de acertos das questões dois e seis na área de fisiologia, dos
alunos na graduação de medicina – FAMED/UFAL.

Fonte: Autora, 2018.

A questão 12, que aborda a dieta complementar e aleitamento materno, o percentual
de acertos é muito baixo em todo o curso. Em 2003 a OMS/UNICEF lança a Estratégia
Global para a Alimentação de Lactentes e Crianças de Primeira Infância para chamar a
atenção do mundo sobre como as práticas alimentares têm influenciado o estado nutricional,
crescimento e desenvolvimento, saúde, e a própria sobrevivência dessas crianças, como
mostra a Figura 3.
Figura 3 - Distribuição de acertos na questão 12 na área de fisiologia, dos alunos de medicina da
FAMED/UFAL.

Fonte: Autora 2018.

26

Observa-se que de maneira geral, nas questões de fisiologia há um crescimento no
percentual de acertos do 3º para o 4º período, mantém-se estável, declina e retoma o
crescimento no período do internato. Dessa maneira observa-se que o índice de acerto
progrediu de forma irregular. Aqui se pode refletir: os índices de acertos ocorreram de forma
aleatória? As informações estão organizadas com um objetivo claro de aprendizado? Os
discentes estão sendo motivados a refletir sobre o que aprendem e como aprendem? O que faz
crer é que esse despreparo do conhecimento está sendo levado para a vida profissional, como
mostra a Figura 4.
Figura 4 - Distribuição de acertos das questões 8, 10 e 13 na área de fisiologia, dos
alunos da graduação de medicina da FAMED/UFAL.

Fonte: Autora, 2018.

Giugliani (1994) já destacava o pouco conhecimento dos profissionais de saúde sobre
o aleitamento materno. Pesquisadores americanos (WATKINS; DOGSON, 2010) referiram
que mulheres recebem informações escassas sobre o ato de amamentar por profissionais de
saúde, incluindo seu médico. É possível deduzir que o tema vem sendo descuidado na
formação profissional em outras partes do mundo.
Observando as questões relacionadas à saúde pública, os assuntos abordados foram
morbimortalidade; boas práticas; recomendação da OMS e o Código Internacional de
Comercialização de Substitutos do Leite Materno.
A questão três, que fala de morbimortalidade apresentou um alto percentual de acertos
a partir do 4º período, mantendo-se elevado até o final do curso, provavelmente houve
incorporação do conhecimento sobre a influência do aleitamento materno na saúde pública.
Na questão 15, que aborda claramente a recomendação da OMS quanto a duração do

27

aleitamento materno, o percentual de acertos foi superior a 70% nos seguintes períodos: 6º, 7º,
10º, 11º, 12º, como mostra a Figura 5.
Figura 5 - Distribuição de acertos das questões 3 e 15 na área de saúde pública, dos
alunos na graduação de medicina da FAMED/UFAL.

Fonte: Autora, 2018.

A questão sete (boas práticas) apresentou um percentual de acertos muito baixo, com
ligeira elevação no 9º período, caindo a seguir no 10º período. Lembrando que no 10º período
os discentes estão no internato e estão assistindo a salas de parto e participam da recepção dos
recém-nascidos. Na revisão sistemática feita por Britton et al. (2007), eles verificaram que as
parturientes as quais recebem suporte profissional (boas práticas - contato pele a pele e
amamentação na 1ª hora de vida), têm uma possibilidade maior de prolongar a lactação até os
6 meses ou mais, como recomenda a World Health Organization (2003).
A questão 20 (substituto do leite materno) mostra também um baixo percentual de
acertos, com ondulações e desempenho no 12º período inferior ao 1º período, mostrando a
falta de conhecimento sobre o Código Internacional de Comercialização de Substitutos do
Leite Materno (CICSLM) e da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para
Lactentes (NBCAL) ao término do curso. Cyrillo et al. (2009) documentara o conhecimento
insuficiente do CICSLM E NBCAL entre mães, médicos e profissionais de saúde, como
mostra a Figura 6.

28

Figura 6 - Distribuição de acertos das questões 7 e 20 na área de saúde pública, dos
alunos na graduação de medicina – FAMED/UFAL.

Fonte: Autora, 2018.

Watkins e Dodgson (2010) lembram que o aleitamento materno é uma prioridade em
saúde pública por redução da morbidade e mortalidade infantil. Kim (2017) reforça a
importância do ensino em Aleitamento Materno na graduação, nas escolas de medicina e na
saúde pública para promoção e apoio ao aleitamento materno.
As questões relacionadas aos “problemas nos primeiros dias” foram: modo de
administração de fórmula; comportamento do recém-nascido; fissuras e rachaduras
mamilares.
Nas questões cinco (forma de administrar suplemento) e 16 (fissuras) é visível a
ascensão das curvas. No período do internato, o conhecimento sobre aleitamento materno está
baseado na prática, com observação de docentes e preceptores com mais experiência no tema,
sendo uma das formas de aprender sobre aleitamento materno, como mostra a Figura 7.
Segundo Dikes (2006), a observação prática é uma das fontes de se obter conhecimento sobre
aleitamento materno, que se justapõe ao conhecimento teórico, baseado em evidências
científicas.

29

Figura 7 - Distribuição de acertos das questões 5 e 16 na área dos problemas nos primeiros
dias, dos alunos na graduação de medicina – FAMED/UFAL.

Fonte: Autora, 2018.

Observando a questão 9 (comportamento do recém-nascido) houve percentual
insatisfatório de acertos, mostrado na Figura 8. Considerando que o erro da questão sugere
suplementar com fórmula láctea e que o Hospital Universitário Professor Alberto Antunes
(HUPAA) não é Hospital Amigo da Criança (HAC), provavelmente há uma oferta de fórmula
láctea mais generosa, sem critérios ou indicações sugeridos pela World Health Organization
(2017). Segundo Moran et al. (2004), os profissionais de saúde têm sido identificados como
inadequados para apoiar a amamentação ao fornecerem informações contraditórias e até
mesmo enganosas.
Figura 8 - Distribuição de acertos da questão 9 na área dos problemas nos primeiros
dias, dos alunos da graduação de medicina – FAMED/UFAL.

Fonte: Autora, 2018.

30

As questões relacionadas aos “problemas tardios” foram de baixo ganho ponderal e
choro/surto do crescimento, referindo-se a suplementação com fórmula láctea. A primeira
questão apresenta resultado satisfatório a partir do 4º período e mantendo tal desempenho até
o final do curso, como mostra a Figura 9. A segunda questão tem um nível de dificuldade
maior e apresenta múltipla escolha, talvez o desempenho seja menor pelos itens elencados
anteriormente. As duas questões abordam suplementação com fórmula, ação que precipita o
desmame precoce.
Figura 9 - Distribuição de acertos das questões 11 e 17 na área dos problemas tardios, dos
alunos na graduação de medicina – FAMED/UFAL.

Fonte: Autora, 2018.

Rego (2002) já afirmava que o motivo alegado para o desmame é a recomendação da
própria equipe de saúde, por isso orienta a capacitação dos profissionais de saúde, docentes e
preceptores, para estimular o aleitamento materno exclusivo.
As questões que dizem respeito a avaliação da mamada está relacionada ao manejo da
lactação e foram abordadas como: pega adequada, fissuras e rachaduras mamilares. Os dados
mostram que a média percentual de acertos cresce fator positivo de apoio e promoção ao
aleitamento materno, como mostra a Figura 10. Watkins e Dodgson (2010) sugerem que o
conhecimento sobre a pega é importante para o sucesso do aleitamento e destaca a
necessidade de uma abordagem mais ampla para facilitar a amamentação eficaz

31

Figura 10 - Distribuição de acertos das questões 14 e 16 na área de avaliação da mamada,
dos alunos na graduação de medicina – FAMED/UFAL.

Fonte: Autora, 2018.

A questão da condição materna é sobre mastite.
No 10º período houve um percentual maior de acertos, provavelmente o maior índice
está relacionado aos estágios de Pediatria I, Obstetrícia I e Obstetrícia II, que são interligados,
como mostra a Figura 11. Na análise do currículo o tema só é abordado no estágio de
Pediatria I, não foi encontrado no conteúdo programático dos estágio de Obstetricia I e II,
supõe-se que o assunto seja visto em atividades práticas. Segundo Radzyminsk e Callister
(2015), a medida que o conhecimento formal for acontecendo, há uma eficiência maior,
podendo gerar suporte positivo ao profissional de saúde.
Figura 11 - Distribuição de acertos na questão 1. sobre condição materna,
dos alunos na graduação de medicina – FAMED/UFAL.

Fonte: Autora, 2018.

32

Avaliando a questão sobre “atitude”, que aborda aconselhamento em aleitamento
materno, o gráfico mostra alto percentual de acerto, com exceção do 4º período, como mostra
a Figura 12.
Figura 12 - Distribuição de acertos da questão 19 em atitude, nos alunos da
graduação de medicina – FAMED/UFAL.

Fonte: Autora, 2018.

Na análise da matriz curricular, observa-se que no 4º período os alunos iniciam na
unidade hospitalar, com aulas práticas no alojamento conjunto e ambulatório de puericultura.
É nesse período que os discentes têm acesso à vivência prática e ao exercício de
relacionamento com o paciente. Os discentes obtêm o conhecimento formal dos benefícios do
aleitamento materno e ainda não compreendem os diferentes aspectos e situações que
envolvem a decisão materna de amamentar. Caminha et al. (2011) diz que o profissional de
saúde, além do conhecimento teórico e das competências clínicas sobre aleitamento materno,
precisa de habilidades de comunicação, assim diferenciando o ato de aconselhar e o
aconselhamento.
As atividades de proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno devem começar
no pré-natal, com toda a equipe tendo um papel de acolhimento das mães, estando disponível
para a escuta e para o esclarecimento de dúvidas e aflições, e na medida do possível fazendo
uma avaliação singular de cada caso (ALMEIDA; LUZ; UED, 2014).
Para Dikes (2006), o conhecimento da amamentação vem de várias fontes: (1)
conhecimento incorporado; (2) conhecimento cultural; (3) conhecimento baseado na prática; e
(4) conhecimento teórico formal com base em evidências de pesquisa atuais. Essas formas de
conhecimento se justapõem e não necessariamente, quando se coloca um conhecimento

33

baseado em evidências em cima de um cultural, muda-se a prática. Isso se relaciona em parte
pela restrição da cultura organizacional e aos métodos formais de ensino que não apoiam a
uma reflexão crítica (FREIRE, 1972).
2.4

Considerações Finais
Este estudo de uma maneira geral mostrou uma progressão do conhecimento sobre

Aleitamento Materno ao longo do curso, principalmente do 3º para o 4º período, com dados
estatisticamente significativos. Um dado relevante é que o percentual de acertos totais se
mantém estável até o último período.
Observando o conteúdo programático do curso de medicina, no 5º período, na
disciplina de Saúde da Criança e do Adolescente I, o tema é abordado como “Cuidados gerais
com o recém-nascido normal”, porém sem repercussão no percentual de acertos totais.
Igualmente no 10º período, no estágio de Pediatria I, onde o conteúdo programático é visto e
incorporado à prática com título de “Assistência ao RN na sala de parto e Amamentação”,
também sem modificação no índice de acertos.
Visualizando cada área de conhecimento do estudo, sabe-se que há muito a ser feito
para promover o ensino sobre aleitamento materno durante o curso médico. Várias
metodologias inovadoras podem favorecer o aprendizado dos profissionais da saúde.
Sugere-se que o tema seja abordado do 1º ao último período do curso, de forma
gradual e de crescente complexidade, para que os egressos possam contribuir para aumentar a
taxa de aleitamento materno na comunidade a que vão assistir.
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37

3

PRODUTO EDUCACIONAL DE INTEVENÇÃO 1- QUESTIONÁRIO SOBRE
CONHECIMENTO

EM

ALEITAMENTO

MATERNO

TRADUZIDO

E

VALIDADO SEMANTICAMENTE
3.1

Introdução
A OMS recomenda aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida e

continuado até os dois anos ou mais, assim queira a mãe e o bebê. Atualmente no mundo
poucas mães conseguem seguir essa recomendação, no Brasil apenas 38,6% estavam em
aleitamento materno exclusivo de 0 a 6 meses em 2014 (WORLD BREASTFEEDING
TRENDS INITIATIVE, 2014). A baixa taxa de aleitamento materno é um problema de saúde
pública e a OMS criou a Estratégia Global para Alimentação da Primeira Infância, na qual
uma das estratégias é envolver as instituições de ensino para revisão de seus currículos no
tema aleitamento materno (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003).
Os médicos desempenham um papel fundamental nas taxas de iniciação, manutenção
e duração da amamentação; estimulando positivamente ou não em suas orientações quanto ao
aleitamento materno (BEDINGHAUS; MELNIKOW, 1992; GIUGLIANI, 1994).
Kim (2017) refere que uma educação equânime em aleitamento materno para
estudantes de medicina, através de novas metodologias, levaria a profissionais médicos e
estudantes de medicina a aumentarem o apoio às mães lactantes.
Com esses argumentos, foi feito uma pergunta: como avaliar o conhecimento em
aleitamento materno na graduação? Em pesquisas, foi encontrado um questionário sobre
conhecimento em aleitamento materno (ECoLA), já validado por seus pares, porém na língua
espanhola. Foi necessario a tradução e posterior validação do instrumento.
3.2

Objetivo
Traduzir e validar um instrumento de avaliação do conhecimento sobre aleitamento

materno.
3.3

Metodologia
O primeiro passo foi o processo de validação semântica, fundamentado nas instruções

gerais do método proposto por Herdman, Fox-Rushby e Badia (1998). Foi solicitado a
autorização dos autores do instrumento original “Encuesta sobre Conocimientos en

38

Lactancia” (ECoLa) (GÓMEZ FERNÁNDEZ-VEGUE; MENÉNDEZ ORENGA, 2015), que
se encontra no idioma Espanhol.
A validação foi composta por cinco etapas:
1) tradução do instrumento original: essa etapa correspondeu a duas traduções do
documento original do espanhol para o português, feitas isoladamente: uma delas foi realizada
por um tradutor e a outra realizada pela autora, com experiência em Aleitamento Materno. Foi
mantido na íntegra a estrutura do instrumento original.
2) versão para a língua de origem: as duas versões foram traduzidas, para a língua de
origem, por um nativo na língua espanhola, sem conhecimento prévio do instrumento.
3) avaliação formal da equivalência entre a tradução e a versão para a língua de
origem.
4) discussão com a amostra de conveniência:
5) revisão final pelos especialistas da área, envolvendo o autor deste estudo e um
pediatra convidado, com competência em Aleitamento Materno.
3.4

Procedimentos
Os procedimentos realizados foram os seguintes:
1. Na avaliação formal da equivalência entre a tradução e a versão para a língua de

origem: foram avaliados o significado geral (conceitos aos quais os termos originais se
referiam) e o significado referencial (correspondência entre os termos em espanhol e
português). Como o tema envolve práticas culturais, foi avaliado a correspondência entre a
cultura espanhola e a brasileira.
2. Na amostra de conveniência, que foi composta por 12 alunos do 1º período e 12
alunos do 12º período da mesma faculdade. Nessa fase, foi criado um Painel Eletrônico de
Validação Semântica (PEVS). Esse painel foi aplicado através de mídia eletrônica e foi
realizado em três passos: 1ª– Apresentação do instrumento, após a assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE); 2ª- Modificação de cada item; 3ª–Parecer
técnico: clareza, coesão, coerência e aprovação. Na discussão, foram abordadas as
características gerais do instrumento (importância, número de itens, dificuldades em
responder) e características específicas (relevância e compreensão).
Na discussão com o 1º período, os alunos sugeriram uma modificação (colocar o verbo
“criar" na terceira pessoa do singular) apenas na alínea “d” da 19ª questão e os alunos do 12º
período fizeram várias sugestões, tais como: a. informar modificação de padrão da questão

39

para múltipla escolha, a partir da 15º questão; b. alterar a 18ª questão, pois consideraram a
pergunta subjetiva e com resposta muito ampla; c. inserir na 27ª questão, mais uma alínea,
com “aulas de graduação”.
3.5

Público Alvo
O questionário será disponibilizado através de mídia electronica para pesquisas

relacionadas ao tema. O questionário se encontra no Apêndice B.
REFERÊNCIAS
BEDINGHAUS, J. M.; MELNIKOW, J. Promoting successful breastfeeding skills. Am.
Fam. Pllysicion, Kansas City, v. 4S, n. 3, p.1309-1318, 1992.
GIUGLIANI, E. R. J. Amamentação: como e por que promover. J. Pediatr., Rio de Janeiro,
v.70, n. 3, p. 138-151, 1994.
GÓMEZ FERNÁNDEZ-VEGUE, M.; MENÉNDEZ ORENGA, M. Validación de un
cuestionario sobre conocimientos y habilidades en lactancia materna. An. Pediatr. (Barc).,
Barcelona, v. 83, n. 6, p. 387-396, 2015.
HERDMAN, M.; FOX-RUSHBY, J.; BADIA, X. A model of equivalence in the cultural
adaptation of HRQol instruments the universalist approach. Qual. Life Res., Oxford, v. 7, n.
4, p. 323-335, 1998.
KIM, Y. J. Important role of medical training curriculum to promote the rate of human milk
feeding. Pediatr. Gastroenterol. Hepatol. Nutr., Seongnam, v. 20, n. 3, p. 147-152, 2017.
WORLD BREASTFEEDING TRENDS INITIATIVE (WBTi). Situação da estratégia
global para alimentação de lactentes e crianças de primeira infância. Brasil. 2014.
Disponível em: <http://worldbreastfeedingtrends.org/GenerateReports/reportcard/WBTiBrasil-Reportcard.pdf>. Acesso em:
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). United Nations Children's Fund
(UNICEF). Global strategy for infant and young child feeding. Geneva, 2003. Disponível
em: <
http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/42858/924159120X.pdf?sequence=1&isAllow
ed=y>. Acesso em: 4 jan. 2018.

40

4

PRODUTO EDUCACIONAL DE INTERVENÇÃO 2: RELATÓRIO TÉCNICO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
FACULDADE DE MEDICINA
MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO NA SAÚDE

INSERÇÃO DO TEMA ALEITAMENTO MATERNO NO CURSO MÉDICO DA
FAMED/UFAL

Maceió - AL
2018

41

SUMÁRIO
4

PRODUTO EDUCACIONAL DE INTERVENÇÃO 2: RELATÓRIO
TÉCNICO.................................................................................................................. 42

4.1

Introdução…………………………….............……………………………………. 43

4.2

Metodologia…..............………………...………………...……………………….. 43

4.3

Objetivo………………................………………………………………..…………. 43

4.4

Procedimentos………………...…………………………………..............………... 43

4.5

Resultados…….................…………………..……………………...……………… 43

4.6

Ações Sugeridas……................…………………..…………...…………………… 45
REFERÊNCIAS………………….......................................................................… 47

42

4.1

Introdução
O aleitamento materno é a melhor fonte de nutrição e a primeira vacina do bebê,

proporciona assim a cada criança um começo de vida saudável. O Fundo das Nações Unidas
para a Infância - UNICEF (2017) nos próximos 10 anos pretende salvar 520.000 vidas infantis
por ano. Para que isso aconteça, a World Health Organization (2017) tem algumas metas, tais
como: aleitamento materno exclusivo deverá ser mantido em 50% dos bebês nos primeiros
seis meses de vida, aumentar a taxa de aleitamento materno na 1ª hora de vida e aumentar a
taxa de aleitamento materno continuado até os 2 anos de vida.
No último relatório do WBTi (WORLD BREASTFEEDING TRENDS INICIATIVE,
2014), o Brasil apresentou uma percentagem de 38,6% de bebês de 0 a 6 meses que estavam
mamando exclusivamente ao seio. Informa ainda que apenas uma em cada três crianças
nascem em HAC (Hospital Amigo da Criança) e no Brasil apenas 9% dos hospitais são IHAC
(Iniciativa Hospital Amigo da Criança), consequentemente com menos possibilidade de serem
executados os “10 Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno”. O relatório lembra que
para atingir as metas da Estratégia Global, os currículos de formação profissional de
graduação merecem ser revistos e atualizados de acordo com as evidências científicas e
recomendações da OMS (WORLD BREASTFEEDING TRENDS INICIATIVE, 2014).
Kim (2017) refere que uma educação equânime em aleitamento materno para
estudantes de medicina, através de novas metodologias, levaria a profissionais médicos e
estudantes de medicina a aumentarem o apoio às mães lactantes.
Avaliando o conhecimento sobre aleitamento materno dos alunos da graduação da
FAMED/UFAL por meio de questionário aplicado por meio de mídias eletrônicas, o resultado
mostrou que houve aumento de acertos do 3º para o 4º período e até o último período com
índices de acertos irregulares.
A partir desses resultados, houve a motivação para a análise documental na Matriz
Curricular do curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), com
direcionamento às disciplinas obrigatórias e subsequentemente ao plano de curso por período.
O tema - Aleitamento Materno foi encontrado pontualmente nos seguintes períodos: 2º, 4º, 5º
e 10º períodos. Em entrevistas com docentes, foi constatado um caso de tutoria no 1º período
que aborda de maneira secundária o tema aleitamento materno.
Com os argumentos citados anteriormente, será sugerido inserção do tema aleitamento
materno nas diversas discilplinas, durante todo o curso.

43

4.2

Objetivo
O objetivo do relatório é apresentar os resultados da pesquisa ao Núcleo Docente

Estruturante (NDE) e demais instâncias administrativas da Faculdade de Medicina (FAMED)
da UFAL, resultados que podem subsidiar intervenções que auxiliem no processo de
formação profissional. Fundamentado nos resultados, apresentar um plano com sugestões para
inserção de conteúdos em aleitamento materno durante todo o curso médico.
4.3

Metodologia
A partir dos resultados do percentual de acertos do questionário sobre conhecimento

em aleitamento materno aplicado aos discentes, foi identificado algumas lacunas do
conhecimento (que precisam ser preenchidas ao longo do curso). Após a análise documental
da Matriz Curricular do curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e
com base nas recomendações da OMS/UNICEF, foi elaborado um quadro de sugestões para
inclusão do tema na matriz curricular período a período (APÊNDICE A e B).
4.4

Procedimentos
O quadro foi assim criado: na primeira coluna estão dispostos os períodos, na segunda

coluna estão as disciplinas obrigatórias, na terceira coluna está descrito o conteúdo
programático relativo ao tema aleitamento materno, na quarta coluna o objetivo da disciplina
onde pode ser encaixado a abordagem ao tema, na quinta coluna se o tema é possível de ser
abordado e na sexta coluna as sugestões de abordagem. Foi construído dois quadros: quadro
1. Aborda do 1º ao 8º periodo, no eixo teórico prático; quadro 2. Aborda do 9º ao 12º periodo,
no internato. Quadro em Apêndices A e B.
4.5

Resultados
A participação dos estudantes por período variou de 24% a 85,7%, com aumento

exponencial no 10º e 11º períodos (internato), provavelmente por estarem vivenciando e
terem recentemente passado pelo estágio de Pediatria I no momento da aplicação

do

questionário.
A progressão entre um período e outro ocorreu de forma significativa entre o 3º
(41,13%) e o 4º período (61,13%), com aumento do índice de acertos em 20%. O 4º período
apresentou um índice de acerto de 61,13% e o 12º de 67,11%, com diferença entre eles de

44

apenas 6%. Nos demais períodos, do 4º ao 12º períodos, houve pouca variação nos índices e
sem diferença significativa entre eles (p>0,05).
Correlacionando com a análise do currículo, observou-se que no 4º período, na
disciplina de Semiologia Integrada, o tema aleitamento materno é abordado em aulas teóricas
expositivas e aulas práticas no Ambulatório de Puericultura e Alojamento Conjunto, com
discussão de casos e rodas de conversa. O tema volta a ser abordado no 5º período, como
cuidados gerais com o recém-nascido normal, através de rodas de conversa e casos clínicos.
No 10º período, internato, os discentes fazem a assistência ao recém-nascido na sala de parto
e visitas ao recém-nascido no alojamento conjunto, sob supervisão de preceptores, onde é
discutido a amamentação, bem como seminário sobre Aleitamento Materno.
Avaliando o questionário, os discentes apresentaram índices de acertos muito
irregulares e distintos, quando avaliados por questão da área de fisiologia. Discutindo a
questão 2, que fala sobre regular o tempo da mamada, essa questão nega o Passo 8 dos “10
Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno” (FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA
A INFÂNCIA

- UNICEF, 1990), que diz: incentivar o aleitamento materno sob livre

demanda. No momento em que os discentes se encontravam no 4º e 5º período, houve um
percentual maior de respostas corretas, caindo no 6º período e voltando a subir no 10º
período. A questão 6 também está diretamente relacionada ao passo 8 - livre demanda,
também apresenta um aumento no percentual de acertos no 4º período, mantendo-se estável
até o final do curso.
A questão 12, que aborda a dieta complementar e aleitamento materno, o percentual de
acertos é muito baixo em todo o curso. Observa-se que de maneira geral, nas questões de
fisiologia há um crescimento no percentual de acertos do 3º para o 4º período, mantém-se
estável, declina e retoma o crescimento no período do internato, onde o conhecimento sobre
aleitamento materno está baseado na prática, com observação de docentes e preceptores com
mais experiência no tema, sendo uma das formas de aprender sobre aleitamento materno.
Na questão 9 (comportamento do recém-nascido) houve percentual insatisfatório de
acertos, mostrado na Figura 8. Considerando que o erro da questão sugere suplementar com
fórmula láctea e que o Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) não é
Hospital Amigo da Criança (HAC), provavelmente há uma oferta de fórmula láctea mais
generosa, sem critérios ou indicações sugeridos pela World Health Organization, 2017.
As questões relacionadas aos “problemas tardios” foram de baixo ganho ponderal e
choro/surto do crescimento, referindo-se a suplementação com fórmula láctea. A primeira
questão apresenta resultado satisfatório a partir do 4º período e mantendo tal desempenho até

45

o final do curso. A segunda questão tem um nível de dificuldade maior e apresenta múltipla
escolha, talvez o desempenho seja menor pelos itens elencados anteriormente.
As questões que dizem respeito a avaliação da mamada está relacionada ao manejo da
lactação e foram abordadas como: pega adequada, fissuras e rachaduras mamilares. Os dados
mostram que a média percentual de acertos cresce fator positivo de apoio e promoção ao
aleitamento materno.
Avaliando a questão que aborda a atitude, houve um alto percentual de acertos, com
exceção do 4º período, em que houve queda. Na análise da matriz curricular, observa-se que
no 4º período os alunos iniciam na unidade hospitalar, com aulas práticas no alojamento
conjunto e ambulatório de puericultura. É nesse período que os discentes têm acesso à
vivência prática e ao exercício de relacionamento com o paciente. Os discentes também
obtêm o conhecimento formal dos benefícios do aleitamento materno e ainda não
compreendem os diferentes aspectos e situações que envolvem a decisão materna de
amamentar.
As atividades de proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno devem começar
no pré-natal, com toda a equipe tendo um papel de acolhimento às mães, estando disponível
para a escuta e para o esclarecimento de dúvidas e aflições, e na medida do possível fazendo
uma avaliação singular de cada caso (Almeida, 2014).
Para Dikes (2006), o conhecimento da amamentação vem de várias fontes: (1)
conhecimento incorporado; (2) conhecimento cultural; (3) conhecimento baseado na prática; e
(4) conhecimento teórico formal com base em evidências de pesquisa atuais. Essas formas de
conhecimento se justapõem e não necessariamente, quando se coloca um conhecimento
baseado em evidências em cima de um cultural, muda-se a prática. Isso se relaciona em parte
pela restrição da cultura organizacional e aos métodos formais de ensino que não apoiam a
uma reflexão crítica (FREIRE, 1972).
4.6

Ações Sugeridas
Recomenda-se uma maior atenção aos profissionais que lidam com a educação médica

para a inserção do tema abordando as várias fontes do conhecimento sobre Aleitamento
materno. Que o tema seja estudado do 1º ao último período do curso, gradualmente e com
crescente complexidade, através de metodologias inovadoras, incrementando as que já fazem
parte do currículo. Para dessa forma os egressos possam contribuir para aumentar a taxa de
aleitamento materno na comunidade a que vão assistir.

46

Os quadros 4 e 5, que estão nos apêndices A e B, contêm as sugestões de inserçãoo e
abordagem.

47

REFERÊNCIAS
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Passos para uma alimentação saudável para
crianças até 2 anos. 2017. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/promocao-dasaude/alimentacao-e-nutricao/10-passos-para-uma-alimentacao-saudavel>. Acesso em: 20
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feeding. Pediatr. Gastroenterol. Hepatol. Nutr., Seongnam, v. 20, n. 3, p. 147-152, 2017.
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Breastfeeding Scorecard. Geneva, 2017. Disponível em:
http://www.who.int/nutrition/publications/infantfeeding/global-bf-scorecard-2017/en/. Acesso
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WORLD BREASTFEEDING TRENDS INICIATIVE (WBTi). Situação da estratégia
global para alimentação de lactentes e crianças de primeira infância. Brasil, 2014.
Disponível em: <http://worldbreastfeedingtrends.org/GenerateReports/reportcard/WBTiBrasil-Reportcard.pdf. Acesso em: 20 mar. 2018.

48

5

CONSIDERAÇÕES FINAIS DO TACC
Esta pesquisa de uma maneira geral mostrou uma progressão do conhecimento sobre

Aleitamento Materno ao longo do curso, principalmente do 3º para o 4º período, com dados
estatisticamente significativos. Um dado relevante é que o percentual de acertos totais se
mantém estável até o último período.
Visualizando cada área de conhecimento do estudo, sabe-se que há muito a ser feito
para promover o ensino sobre aleitamento materno durante o curso médico. Várias
metodologias inovadoras podem favorecer o aprendizado dos profissionais da saúde.
Sugere-se uma maior atenção dos profissionais que lidam com a educação médica que
este tema seja estudado do 1º ao último período do curso, gradualmente e com crescente
complexidade, para que os egressos possam contribuir para aumentar a taxa de aleitamento
materno na comunidade a que vão assistir.

49

REFERÊNCIAS GERAIS
ALMEIDA, J. M.; LUZ, S. A. B.; UED, F. V. Apoio ao aleitamento materno pelos
profissionais de saúde: revisão integrativa da literatura. Rev. Paul. Pediatr., São Paulo, v. 33,
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saúde. Rev. Bras. Promoç. Saúde, Fortaleza, v. 27, n. 2, p. 151-152, 2014.
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Nacionais do Curso de Graduação em Medicina e dá outras providências. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 jun. 2014. Seção 1, p. 8-11.
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Breastfeedind. J. Perinat. Educ., Washington, v. 24, n. 2, p. 102-109, 2015.
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WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). United Nations Children's Fund (UNICEF).
Global strategy for infant and young child feeding. Geneva, 2003. Disponível em: <
http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/42858/924159120X.pdf?sequence=1&isAllow
ed=y>. Acesso em: 4 jan. 2018.
WORLD HEALTH ORGANIZATION ( WHO). United Nations Children's Fund (UNICEF).
Protecting, promoting and supporting breast-feeding: the special role of maternity
services. Geneva, 1989. Disponível em:
http://www.who.int/nutrition/publications/infantfeeding/9241561300/en/. Acesso em: 4 jan.
2018.

52

APÊNDICES

2º

1º

PERÍODOS

Sem informação

ÉTICA E RELAÇÕES

Sem informação

SAÚDE E SOCIEDADE 2

BASES
MORFOFISIOLÓGICAS 2

PSICOSSOCIAIS 2

Sinalização hormonal, GH,
ADH, Ocitocina e
Prolactina.

Introdução ao estudo da
fisiologia endócrina.

Sem informação

Compartimentos líquidos do
organismo

MORFOFISIOLÓGICAS 1

ÉTICA E RELAÇÕES

Um caso de tutoria

BASES

PSICOSSOCIAIS 1

Sem informação

RELATIVO AO TEMA

PROGRAMÁTICO

SAÚDE E SOCIEDADE 1

DISCIPLINA

CONTEÚDO

Fisiologia

SIM

-

SIM

Ações de promoção e
proteção à saúde
-

SIM

NÃO

NÃO

ABORDAGEM

POSSÍVEL DE

Fisiologia

-

-

CONTEXTO

Inserir 1 caso de tutoria referente
à fisiologia da lactação

-

Conhecer os 10 Passos para uma
alimentação saudável para
crianças até os dois anos

Alimentação Complementar

-

-

SUGESTÕES/OBSERVAÇÕES

APÊNDICE A - Quadro 4 - Apresentação da matriz curricular das disciplinas obrigatórias FAMED/UFAL, referente ao tema aleitamento
materno e sugestões de abordagens ao tema durante o ciclo teórico-prático.
(continua)

53

4º

Sem informação

ÉTICA E RELAÇÕES

Aula expositiva de
Alimentação do Lactente
Aulas práticas no
Alojamento Conjunto
Ambulatório de
Puericultura

SEMIOLOGIA

INTEGRADA

Sem informação

Sem informação

Sem informação

AGRESSÃO E DEFESA

FARMACOLOGIA

PRINCIPIOS DA

MORFOFISIOLÓGICAS 3

BASES

PSICOSSOCIAIS 3

Sem informação

SAÚDE E SOCIEDADE 3

3º

RELATIVO AO TEMA

PROGRAMÁTICO

DISCIPLINA

PERÍODOS

CONTEÚDO

-

Características, ciclos
e transmissão de
bactérias, vírus,
fungos, parasitos intra
e extracelulares, e
extracorpóreos;

-

-

-

Estratégias do
processo de educação
e comunicação com o
paciente/comunidade

CONTEXTO

CONTEMPLADO

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

SIM

ABORDAGEM

POSSÍVEL DE

-

infecções e aleitamento materno

Inserir em 1 caso de tutoria

-

-

-

materno

Aconselhamento em aleitamento

SUGESTÕES/OBSERVAÇÕES

APÊNDICE A - Quadro 4 - Apresentação da matriz curricular das disciplinas obrigatórias FAMED/UFAL, referente ao tema aleitamento
materno e sugestões de abordagens ao tema durante o ciclo teórico-prático.
(continuação)

54

Cuidados gerais com o
recém-nascido normal

Sem informação
Sem informação
Sem informação

SAÚDE DA CRIANÇA E
DO ADOLESCENTE 1

PROPEDÊUTICA MÉDICA
1

SAÚDE DO ADULTO E DO
IDOSO 1

SAÚDE E SOCIEDADE 4

5º

RELATIVO AO TEMA

PROGRAMÁTICO

DISCIPLINA

PERÍODOS

CONTEÚDO

Promover a aplicação
do método
epidemiológico em
estudos objetivando o
conhecimento e
prevenção de doenças
e agravos e promoção
da saúde

-

-

Exame físico e
cuidados gerais com o
recém-nascido normal

CONTEXTO

Estimular a pesquisa sobre
aleitamento materno

SIM

-

Indicações de fórmulas
preconizadas pela UNICEF

Abordar as boas práticas
neonatais

SUGESTÕES/OBSERVAÇÕES

NÃO

NÃO

SIM

ABORDAGEM

POSSÍVEL DE

APÊNDICE A - Quadro 4 - Apresentação da matriz curricular das disciplinas obrigatórias FAMED/UFAL, referente ao tema aleitamento
materno e sugestões de abordagens ao tema durante o ciclo teórico-prático.
(continuação)

55

SAÚDE DO ADULTO E DO

6º

Sem informação
Sem informação
Sem informação

Sem informação

PROPEDÊUTICA 2

SAÚDE E SOCIEDADE 5

MEDICINA LEGAL

Sem informação

Sem informação

RELATIVO AO TEMA

PROGRAMÁTICO

SAÚDE DA MULHER 1

IDOSO 3

SAÚDE DO ADULTO E DO

IDOSO 2

DISCIPLINA

PERÍODOS

CONTEÚDO

-

Identificar as ações de
saúde individuais e
coletivas realizadas
em unidade básica de
saúde, no nível da
promoção, proteção e
recuperação dirigidas
à atenção à saúde da
Criança e do
Adolescente.

-

-

-

-

CONTEXTO

NÃO

Abordagem da NBCAL

SIM

-

Brasil

Estratégia Amamenta Alimenta

-

-

-

-

SUGESTÕES/OBSERVAÇÕES

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

ABORDAGEM

POSSÍVEL DE

APÊNDICE A - Quadro 4 - Apresentação da matriz curricular das disciplinas obrigatórias FAMED/UFAL, referente ao tema aleitamento
materno e sugestões de abordagens ao tema durante o ciclo teórico-prático.
(continuação)

56

SAÚDE DO ADULTO E DO

7º

Sem informação
Sem informação
Sem informação

DEONTOLOGIA

SAÚDE E SOCIEDADE 6

Sem informação

Sem informação

RELATIVO AO TEMA

PROGRAMÁTICO

PROPEDÊUTICA 3

IDOSO 5

SAÚDE DO ADULTO E DO

IDOSO 4

DISCIPLINA

PERÍODOS

CONTEÚDO

Tomar iniciativas para
o enfrentamento de
problemas
relacionados à saúde
das pessoas e ao
funcionamento de
serviços de saúde.

-

-

-

-

CONTEXTO

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

ABORDAGEM

POSSÍVEL DE

Criança)

(Iniciativa Hospital Amigo da

Estimular sobre a proposta IHAC

-

-

-

-

SUGESTÕES/OBSERVAÇÕES

APÊNDICE A - Quadro 4 - Apresentação da matriz curricular das disciplinas obrigatórias FAMED/UFAL, referente ao tema aleitamento
materno e sugestões de abordagens ao tema durante o ciclo teórico-prático.
(continuação)

57

SAÚDE DA CRIANÇA E

8º

Fonte: Autora, 2018.

SAÚDE E SOCIEDADE 7

AMBULATORIAL

CLÍNICA CIRÚRGICA
Sem informação

Sem informação

Sem informação

PSIQUIATRIA DE

EMERGÊNCIA

Sem informação

Sem informação

Sem informação

Sem informação

RELATIVO AO TEMA

PROGRAMÁTICO

SAÚDE DA MULHER 2

IDOSO 7

SAÚDE DO ADULTO E DO

IDOSO 6

SAÚDE DO ADULTO E DO

DO ADOLESCENTE 2

DISCIPLINA

PERÍODOS

CONTEÚDO

Introdução do discente
nos conceitos básico
da medicina do
trabalho.

-

-

Estudar as bases
morfofuncionais e
patológicas do ciclo
gravídico-puerperal

-

-

-

CONTEXTO

SIM

NÃO

NÃO

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

ABORDAGEM

POSSÍVEL DE

amamenta

mulher trabalhadora que

Abordagem dos direitos da

-

-

amamentação

pega adequada e complicações da

Estudar a fisiolagia da lactação,

-

-

-

SUGESTÕES/OBSERVAÇÕES

APÊNDICE A - Quadro 4 - Apresentação da matriz curricular das disciplinas obrigatórias FAMED/UFAL, referente ao tema aleitamento
materno e sugestões de abordagens ao tema durante o ciclo teórico-prático.
(conclusão)

58

10º

9º

PERÍODOS

Priorizar a Atenção
Básica em Saúde nas
diversas faixas etárias
da infância e
adolescência;

Assistência ao RN na sala de
parto
Amamentação
Alimentação infantil nos
primeiros 2 anos de vida

Sem informação

PEDIATRIA 1

OBSTETRICIA 2

Treinamento em
Serviço

-

Sem informação

SIM

COMPLEMENTAR

NÃO

SIM

Prática em serviço

GINECOLOGIA 1

NÃO

NÃO

NÃO

-

-

-

NÃO

ABORDAGEM

CONTEXTO
-

POSSÍVEL DE

UNIDADE DE

Sem informação

Sem informação

Sem informação

Sem informação

Sem informação

RELATIVO AO TEMA

PROGRAMÁTICO

OBSTETRÍCIA 1

PEDIATRIA

EMERGÊNCIA EM

SAÚDE MENTAL

HOSPITALAR

CLÍNICA CIRÚRGICA

EMERGÊNCIA

URGÊNCIA E

DISCIPLINA

CONTEÚDO

parto e nascimnto

Boas Práticas de atençãoo ao

Saudável da Criança

Dez passos para a Alimentação

Avaliação da pega

Sucesso do Aleitamento Materno

Abordar os 10 Passos para o

-

e nascimnto

Boas Práticas de atenção ao parto

-

-

-

-

SUGESTÕES/OBSERVAÇÕES

(continua)

APÊNDICE B - Quadro 5 - Análise na matriz curricular das disciplinas obrigatórias, referente ao tema aleitamento materno e sugestões de
abordagens ao tema durante o internato.

59

DISCIPLINA

Saudável da Criança

Consultas pré-natal

Sem informação
Sem informação

PEDIATRIA 2

Habilidades técnico-científicas
em hospitais e maternidades

menor de 2 anos

Alimentação da criança

SIM

Saudável da Criança

Dez passos para a Alimentação

-

Indicadores

e Maternidades
-

Trabalho multidisciplinar

Plantões em Hospitais
NÃO

SIM

Dez passos para a Alimentação

menores de 2 anos

Palestras na UBS

NBCAL

Consulta com crianças

-

Abordagem da Família

NÃO

Indicadores

Trabalho multidisciplinar

Saudável da Criança

Dez passos para a Alimentação

NBCAL

SUGESTÕES/OBSERVAÇÕES

-

menores de 2 anos

SIM

ABORDAGEM

CONTEXTO

Consulta com crianças

POSSÍVEL DE

UNIDADE DE

(conclusão)

Sem informação

Participação em reunião com
equipe da UBS

Palestras na UBS

Abordagem da Família

RELATIVO AO TEMA

PROGRAMÁTICO

ESTÁGIO OPCIONAL

ESTÁGIO RURAL

CLÍNICA MÉDICA 2

CLÍNICA MÉDICA 1

Fonte: Autora, 2018.

12º

11º

PERÍODOS

CONTEÚDO

APÊNDICE B - Quadro 5 - Análise na matriz curricular das disciplinas obrigatórias, referente ao tema aleitamento materno e sugestões de
abordagens ao tema durante o internato.

60

61

APÊNDICE C - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (T.C.L.E.)
Você está sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa “IDENTIFICAÇÀO DO
CONHECIMENTO SOBRE ALEITAMENTO MATERNO EM UM CURSO MÉDICO, dos
pesquisadores Sirmani Melo Frazão Torres e Celia Maria Silva Pedrosa. A seguir, as
informações do projeto de pesquisa com relação a sua participação neste projeto:
1. O estudo se destina a avaliar o conhecimento sobre aleitamento materno em estudantes,
médicos e docentes.
2. A importância deste estudo é a identificação do conhecimento sobre aleitamento materno no
grupo envolvido e a partir dos achados serem criadas estratégias de ampliação do conhecimento
no mesmo grupo.
3. Os resultados que se desejam alcançar são os seguintes: identificação do conhecimento sobre
aleitamento;
4. A coleta de dados começará em agosto de 2017 e terminará em setembro de 2017.
5. O estudo será feito da seguinte maneira: Inicialmente será realizado a validação semântica;
após o questionário validado, o mesmo será aplicado no grupo estudado.
6. A sua participação será nas seguintes etapas: Validação Semântica e/ou respondendo o
questionário.
7. Os incômodos e possíveis riscos à sua saúde física e/ou mental são mínimos, relacionado ao
procedimento de coleta de informações como, por exemplo: incômodo, cansaço, emoções.
Caso isso ocorra, terá uma assistência de equipe com diversos profissionais de saúde. Além
disso, só irá participar caso deseje, mediante concordância neste documento de TCLE, que é
um termo de consentimento, um documento que comprova a sua permissão para participar da
pesquisa;
8. Os benefícios esperados com a sua participação no projeto de pesquisa, mesmo que não
diretamente são desenvolvimento de medidas e estratégias para ampliar o conhecimento em
aleitamento materno, com possível aumento da prevalência do aleitamento materno na
população assistida por essa unidade.
9. Que você será informado(a) sobre o resultado final desta pesquisa, e sempre que desejar
serão fornecidos esclarecimentos sobre cada uma das etapas do estudo.
10. A qualquer momento, você poderá recusar a continuar participando do estudo e, também,
que poderá retirar seu consentimento, sem que isso lhe traga qualquer penalidade ou prejuízo.
11. As informações conseguidas através da sua participação não permitirão a identificação da
sua pessoa, posto que o questionário é anônimo, e que a divulgação das mencionadas
informações só serão feitas entre os profissionais estudiosos do assunto após a sua autorização.
12. O estudo não acarretará nenhuma despesa para você.

62

13. Você será indenizado(a) por qualquer dano que venha a sofrer com a sua participação na
pesquisa (nexo causal).
14. Você receberá uma via do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado por todos.
Eu ................................................................................................................................, tendo
compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha participação no
mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos, das minhas responsabilidades, dos
riscos e dos benefícios que a minha participação implicam, concordo em dele participar e para
isso eu DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA ISSO EU TENHA SIDO
FORÇADO OU OBRIGADO.
Endereço da responsável pela pesquisa:
Instituição: Universidade Federal de Alagoas - FAMED
Endereço: Campus A.C. Simões - Prédio da FAMED
Complemento: Av. Lourival Melo Mota, s/n
Cidade/CEP: Maceió - AL / 57072-900
Telefone: 3214-1858
Ponto de referência:
Contato de urgência: Sr(a).
Endereço:
Complemento:
Cidade/CEP:
Telefone:
Ponto de referência:
ATENÇÃO: O Comitê de Ética da UFAL analisou e aprovou este projeto de pesquisa. Para
obter mais informações a respeito deste projeto de pesquisa, informar ocorrências irregulares
ou danosas durante a sua participação no estudo, dirija-se ao:
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Alagoas
Prédio da Reitoria, 1º Andar , Campus A. C. Simões, Cidade Universitária
Telefone: 3214-1041 – Horário de Atendimento: das 8:00 as 12:00hs.
E-mail: comitedeeticaufal@gmail.com
Maceió,

de

de

.

Assinatura ou impressão datiloscópica d(o,a)Nome e Assinatura do Pesquisador pelo estudo
voluntári(o,a) ou responsável legal e rubricar as(Rubricar as demais páginas)
demais folhas

63

APÊNDICE D - Questionário sobre Conhecimento em Aleitamento Materno
DADOS DEMOGRÁFICOS:
Período o qual está cursando:
( ) 1º
( ) 7º

( ) 2º
( ) 8º

( )3º
( ) 9º

( ) 4º
( ) 10º

( ) 5º
( ) 11º

( )6°
( ) 12º

Residentes:
( ) R1

( ) R2

( ) R3

Pediatras plantonistas ( )
Docentes ( )
IDADE: ________
GÊNERO:
FILHOS:

( ) MASCULINO
( ) NÃO

( ) FEMININO
( ) SIM

QUANTOS: ________

EXPERIÊNCIA PESSOAL COM A AMAMENTAÇÃO?
( ) SIM
( ) NÃO
OBRIGADA PELA SUA PARTICIPAÇÃO!
Trata-se de um questionário anônimo para avaliar o conhecimento em Aleitamento Materno
NÃO É UMA PROVA!
Por favor responda sem consultar.
Não deixe perguntas em branco.
ASSINALE V (Verdadeiro) OU F (Falso).
V
1.

Em caso de mastite, deve-se suspender a amamentação
temporariamente.

2.

Deve-se recomendar que as mamadas devessem ser de 15 minutos
em cada mama a cada 2 a 3 horas.

3.

A alimentação exclusiva a base de fórmula láctea equivale a um
maior risco de morbimortalidade.

4.

A maioria dos bebês nascidos por partos cesáreanos necessita de

(continua)
F

64

suplementação com fórmula nas primeiras horas de vida.
5.

Em um caso que um recém-nascido amamentado tenha problemas
com a amamentação e precise de suplemento (leite materno ou
fórmula láctea), desaconselha-se de modo geral administrar com
mamadeira, especialmente nas primeiras semanas de vida.

6.

Em um recém-nascido amamentado e sadio: uma frequência elevada
de mamadas diminuem o risco de precisar de fototerapia.

7.

Em um recém-nascido sadio, a termo, antes da primeira mamada, é
mandatório pesar, fazer o teste de Apgar em um berço de calor
radiante e fazer a profilaxia com Kanakion e Nitrato de Prata.

8.

Em recém-nascidos prematuros extremos (<32 semanas) é de eleição
o leite materno cru (fortificado quando necessário), a segunda
melhor opção é leite pasteurizado (leite humano de banco), e
deixando a suplementação com fórmula especial para prematuros só
como última alternativa.

9.

Em uma maternidade, um recém-nascido de mais de 15 horas de
vida que precisa ser despertado para mamar em todas as mamadas é
um RN de risco.

10. A partir dos 12 meses o conteúdo de nutrientes do leite materno
diminui significativamente.
11. Se um bebê amamentado, em bom estado geral, apresenta-se com
baixo ganho ponderal, o primeiro passo é suplementar as mamadas
com fórmula láctea e reavaliar.
12. A partir dos 6 meses, as mamadas devem reduzir-se a 2 a 3 vezes ao
dia, complementadas com os outros alimentos.
13. O “leite aguado”é o leite anterior (primeira parte da mamada).
14. A Figura abaixo mostra uma pega adequada.

PARA CADA QUESTÃO ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:
15. Quais são as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre Aleitamento Materno?
a)

Aleitamento Materno Exclusivo (AME) até os 4 meses de idade, complementada com outros
alimentos segundo o desejo da mãe e do bebê.

b) AME até os 6 meses de idade, podendo manter a amamentação, complementada com outros
alimentos até um máximo de 2 anos.

65

c) AME até os 6 meses e posteriormente complementada com outros alimentos até os 2 anos ou mais,
segundo o desejo da mãe e do bebê.
16. Qual das seguintes intervenções é a mais importante a ser realizada em uma mãe lactante que tem
fissuras em seus mamilos?
a)
b)
c)
d)

Lavar com água e sabão.
Aplicação de lanolina após as mamadas.
Avaliação da mamada.
Recomendar o uso de intermediários (bico de silicone).

17. Os pais trazem seu bebê de 17 dias na urgência por choro. Até hoje só mama ao seio. Referem que nas
últimas 24 horas, o bebê chora e pede peito frequentemente, às vezes a cada 30 a 60 minutos. No peito
ele se acalma e suga vigorosamente. O menino parece saudável, tem um bom ganho ponderal e ao
exame físico normal, porém sua mãe tem a sensação de que o bebê está com fome. Que diagnóstico e
tratamento você faria?
a)

Hipogalactia. Suplementaria as mamadas com 60 ml de fórmula láctea e encaminharia para seu
pediatra.
b) Pico de crescimento. Observaria a mamada, recomendaria livre demanda e controle habitual com o
seu pediatra.
c) Hipogalactia. Recomendaria pesar antes e depois da mamada, e suplementar com fórmula láctea
para complementar em cada mamada a quantidade necessária para 150 ml/Kg/d divididos em 8
mamadas.
d) Cólica do lactente. Recomendaria massagens abdominais e acalentar o bebê em decúbito prono até
a próxima mamada.
18. Enumere 5 características de uma pega adequada na avaliação de uma mamada:

(Não serão válidas respostas amplas ou ambíguas (ex.: lábios ou postura dos lábios), serão consideradas concretas 2 ou 3 palavras.

a)____________________________________________________
b)____________________________________________________
c)____________________________________________________
d)____________________________________________________
e)____________________________________________________

19. O que você diria a uma mulher grávida, que comenta durante uma consulta, que pensa em oferecer
fórmula láctea ao seu bebê?
a) Nada, porque se trata de uma opção pessoal e eu respeitaria.
b) Eu pediria que me falasse mais sobre o tema para conhecer suas razões e conhecimentos e com
respeito estimularia a reconsiderar.
c) Que dada a absoluta superioridade do leite materno é uma irresponsabilidade não amamentar
quando não se tem contra-indicações.
d) Que não se sinta culpada, porque a maioria dos bebês se criam igual com mamadeira ou peito.
e) Todas as anteriores são corretas.
20. Sobre a distribuição de amostras grátis de fórmula láctea às mães, em unidades de saúde:
a)
b)
c)
d)
e)

É uma violação ao Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno.
É aceitável como apoio parcial se a família é de baixos recursos.
É aceitável se foi colocado claramente que o leite materno é o melhor alimento para o bebê.
É adequado para ajudar as mães com dificuldade na amamentação.
Todas as anteriores são corretas.

21. Uma mãe lactante, em uma consulta, informa que vai começar um tratamento com Adalimumab
(anticorpo monoclonal humano recombinante), por doença de Crohm. Seu gastroenterologista disse que

66

deve desmamar o seu bebê de 8 meses porque o tratamento é importante. Onde você poderia consultar
se o fármaco é compatível ou não com a amamentação?
a)
b)
c)
d)
e)

Na bula do medicamento.
Sigo a orientação do médico especialista que prescreveu.
No guia de medicamentos.
Não é necessário consultar. Avaliando riscos e benefícios, o mais adequado é o desmame, visto que
o bebê já tem 8 meses.
Em uma página da web que conheço. Especificar:__________________

22. Você está de plantão na Maternidade. Uma enfermeira está preocupada com o Aleitamento Materno de
um recém-nascido, crê que algo não vai bem e quer que você vá observar uma mamada.
a) Eu nunca avaliei antes e não saberia o que observar.
b) Observei algumas mamadas, mas não tenho muita experiência. Creio que detectaria somente
problemas muito óbvios.
c) Não me sinto seguro. Avaliaria a perda de peso e glicemia. Em caso de dúvida recomendaria o
suplemento para evitar a perda de peso.
d) Tenho visto várias mamadas e seria capaz de diagnosticar e oferecer soluções para os problemas
mais comuns.
23. Você considera apropriado uma mulher amamentar em público?
( ) SIM

( ) NÃO

24. Pontue de 1 a 5 a qualidade da formação recebida sobre Aleitamento Materno durante os anos de
formação:
1

2

3

4

5

Muito
Deficiente

Deficiente

Aceitável

Satisfatória

Muito
Satisfatória

25. Você recebeu algum curso sobre Aleitamento Materno durante os anos de sua formação?
( ) SIM

( ) NÃO

26. Em caso afirmativo, indique o número de cursos que recebeu e sua duração total aproximada:
_________CURSOS
_________HORAS DE DURAÇÃO
27. Qual é a maior fonte de conhecimento sobre Aleitamento Materno? ( pode marcar vários itens)
a) Cursos
b) Livros / Artigos
c) Conhecimento adquirido
d) Com os residentes mais graduados (ou plantonistas)
e) Aulas da graduação
f) Outros (especificar): ________________________
28. Você acha que deveria ter mais conhecimento para diagnosticar e apontar soluções para os problemas
específicos da Amamentação?
( ) SIM

( ) NÃO

67

29. Por quê? (pode marcar vários itens)
a)
b)
c)
d)

Porque é um motivo de consulta frequente.
Para o bem de meus pacientes e suas famílias.
Por que faz parte do meu trabalho.
Outros.______________

30. Você se sente pronto para isso?
1

2

3

4

5

Em absoluto

Pouco

Mais ou menos

Bastante

Completamente

31. Comentários:
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
____________________

MUITO OBRIGADA POR SUA PARTICIPAÇÃO!

68

APÊNDICE E - Tabela 2. Percentual de acerto em cada questão, por período.
Questões
1
1
33,3
2
8,3
3
50,0
4
75,0
5
33,3
6
66,7
7
25,0
8
75,0
9
41,7
10
41,7
11
50,0
12
25,0
13
91,7
14
33,3
15
41,7
16
25,0
17
33,3
19
83,3
20
33,3
Fonte: Autora, 2018.

2
0,0
0,0
41,7
75,0
33,3
50,0
41,7
75,0
33,3
33,3
50,0
8,3
58,3
58,3
41,7
16,7
25,0
91,7
8,3

3
18,5
18,5
55,6
81,5
33,3
48,1
25,9
48,1
44,4
51,9
48,1
7,4
55,6
55,6
48,1
25,9
11,1
96,3
7,4

4
46,2
61,5
84,6
100,0
30,8
69,2
23,1
92,3
69,2
76,9
69,2
15,4
84,6
84,6
69,2
53,8
61,5
53,8
15,4

5
35,0
65,0
95,0
90,0
60,0
65,0
30,0
60,0
40,0
65,0
78,9
10,0
90,0
75,0
60,0
70,0
55,0
90,0
20,0

Período
6
63,6
9,1
100,0
90,9
72,7
72,7
54,5
72,7
63,6
63,6
100,0
27,3
63,6
81,8
81,8
72,7
54,5
90,9
9,1

8
28,6
28,6
89,3
85,7
82,1
75,0
46,4
60,7
32,1
71,4
89,3
28,6
71,4
92,9
75,0
53,6
39,3
92,9
32,1

9
48,8
41,2
94,1
82,4
76,5
70,6
70,6
70,6
41,2
47,1
82,4
23,5
88,2
88,2
47,1
64,7
23,5
100,0
29,4

10
94,4
50,0
88,9
88,9
77,8
66,7
30,6
91,7
38,9
61,1
80,6
19,4
77,8
66,7
75,0
80,6
44,4
91,7
22,2

11
66,7
76,2
95,2
90,5
85,7
76,2
33,3
90,5
33,3
66,7
95,2
19,0
90,5
66,7
76,2
81,0
38,1
95,2
33,3

12
75,0
50,0
100,0
62,5
75,0
75,0
37,5
50,0
25,0
75,0
87,5
12,5
100,0
75,0
100,0
100,0
87,5
87,5
0,0

69

ANEXO

70

ANEXO A – Parecer Consubstanciado do CEP

71

72