Prontuário Eletrônico como Recurso Pedagógico para os Cursos de Saúde – Newton de Barros Melo Neto
Data da Defesa: 04/09/2020
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
FACULDADE DE MEDICINA
MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO NA SAÚDE
PRONTUÁRIO ELETRÔNICO COMO RECURSO PEDAGÓGICO
PARA OS CURSOS DE SAÚDE
NEWTON DE BARROS MELO NETO
Maceió,
2020
NEWTON DE BARROS MELO NETO
PRONTUÁRIO ELETRÔNICO COMO RECURSO PEDAGÓGICO
PARA OS CURSOS DE SAÚDE
Trabalho Acadêmico de Mestrado apresentado
ao Programa de Mestrado Profissional em
Ensino na Saúde da Faculdade de Medicina
(FAMED), da Universidade Federal de Alagoas
(UFAL), como requisito parcial para obtenção do
título de Mestre em Ensino na Saúde.
Orientador: Prof. Dr. Antônio Carlos Silva Costa.
Maceió,
2020
Catalogação na fonte
Universidade Federal de Alagoas
Biblioteca Central
Divisão de Tratamento Técnico
Bibliotecário: Marcelino de Carvalho Freitas Neto – CRB-4 – 1767
M528p
Melo Neto, Newton de Barros.
Prontuário eletrônico como recurso pedagógico para os cursos de saúde /
Newton de Barros Melo Neto. – 2020.
77 f. : il. color
Orientador: Antônio Carlos Silva Costa.
Dissertação (Mestrado em Ensino na Saúde) – Universidade Federal de
Alagoas. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Ensino na
Saúde. Maceió, 2020.
Bibliografia: f. 60-64.
Apêndices: f. 66-71.
Anexos: f. 73-77.
1. Registros eletrônicos de saúde. 2. Tecnologia educacional. 3.
Aprendizagem. 4. Ensino. 5. Tecnologia de informação. I. Título.
CDU: 61:378.37
AGRADECIMENTOS
Amadurecer é a parte mais válida dessa jornada. Os aprendizados nos
transformam em pessoas melhores, em seres mais humanos. Aprendemos que todas
as certezas que carregamos, podem ser questionadas, e que, o que realmente nos
define, são os nossos comportamentos e a postura que decidimos adotar diante da
vida.
Com muito respeito e consideração, registro aqui meus agradecimentos para
com todos que me ajudaram nessa trajetória.
À Deus que me ouviu nos momentos difíceis, concedeu discernimento e
forças para que eu pudesse trilhar esse caminho e concretizar esse sonho.
Ao meu orientador Dr. Antônio Carlos, pela confiança, disponibilidade,
praticidade e ensinamentos.
Aos meus pais, que estiveram sempre comigo, fornecendo apoio,
compreensão e estímulo em todos os momentos, servindo também como exemplo de
persistência e determinação.
A minha noiva, que em todos os momentos esteve do meu lado apoiando e
incentivando.
Aos colegas da turma, que dividi experiências, compartilhei momentos e
construí laços de amizades.
“Ensinar é um exercício de imortalidade. De
alguma forma continuamos a viver naqueles
cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela
magia da nossa palavra. O professor, assim,
não morre jamais. ” Rubem Alves
LISTA DE ABREVIATURAS
AACN
American Association of Colleges of Nursing
AAMC
Association of American Medical Colleges
BIA
Bolsas de Iniciação Acadêmica
CEP
Comitê de Ética em Pesquisa
CFM
Conselho Federal de Medicina
CIEB
Centro de Inovação para a Educação Brasileira
COREME Comissão de Residência Médica
COREMU Comissão de Residência Multiprofissional em Saúde
EBSERH
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
ESSA
Escola Superior de Saúde de Arcoverde
FAMED
Faculdade de Medicina
HUPAA
Hospital Universitário Professor Alberto Antunes
IES
Instituições de Ensino Superior
INEP
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
MEC
Ministério da Educação
MS
Ministério da Saúde
OHSU
Oregon Health & Science University
PE
Prontuário Eletrônico
PIBIC
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
PROVAB
Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica
PSE
Programa de Saúde na Escola
PSF
Programa de Saúde da Família
RES
Registro Eletrônico em Saúde
SPSS
Statistical Package for the Social Sciences
TACC
Trabalho Acadêmico de Conclusão de Curso
TCLE
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TDIC
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação
TIC
Tecnologia de Informação e Comunicação
UFAL
Universidade Federal de Alagoas
UFMA
Universidade Federal do Maranhão
USF
Unidade de Saúde da Família
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1.
Distribuição por sexo dos Residentes de um hospital universitário
do Nordeste brasileiro em 2019 .....................................................
Gráfico 2.
26
Distribuição das categorias profissionais dos Residentes de um
Hospital Universitário conforme a instituição formadora, em
2019................................................................................................
Gráfico 3.
27
Distribuição dos Residentes de um Hospital Universitário em
função
do
ano
de
conclusão
da
graduação,
2019................................................................................................. 28
Gráfico 4.
Distribuição dos Residentes de um Hospital Universitário que
tiveram disciplinas teóricas que usaram o Prontuário Eletrônico
durante a graduação, 2019.............................................................. 32
Gráfico 5.
Média e coeficiente Alfa de Cronbach referente as afirmativas da
tabela 1, 2019.................................................................................
Gráfico 6.
36
Média e coeficiente Alfa de Cronbach referente as afirmativas da
tabela 2, 2019.................................................................................
40
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.
Interface do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários,
principal software de Prontuário Eletrônico inserido nos hospitais
universitários do Brasil......................................................................... 38
Figura 2.
Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface de login............. 50
Figura 3.
Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface central..............
Figura 4.
Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface de cadastro do
51
paciente............................................................................................... 51
Figura 5.
Prontuário
Eletrônico
para
Aprendizagem:
Interface
para
anamnese............................................................................................ 52
Figura 6.
Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface para exame
físico....................................................................................................
Figura 7.
Prontuário
Eletrônico
para
Aprendizagem:
Interface
para
evolução..............................................................................................
Figura 8.
Prontuário
Eletrônico
para
Aprendizagem:
Interface
53
para
prescrição...........................................................................................
Figura 9.
52
53
Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface de acesso aos
exames................................................................................................ 54
Figura 10. Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface de apoio a
tomada de decisão clínica, protocolos ...............................................
54
Figura 11. Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface de apoio a
tomada de decisão clínica, calculadoras............................................
55
Figura 12. Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface de apoio a
tomada de decisão clínica, lista de Classificação Internacional de
Doenças (CID) ...................................................................................
55
RESUMO GERAL
O Trabalho Acadêmico de Conclusão de Curso (TACC) teve o objetivo avaliar a
utilização do Prontuário Eletrônico (PE) como recurso pedagógico. A metodologia
utilizada foi quantitativa, através da aplicação de um questionário estruturado e
validado previamente, contendo questões fechadas e abertas, abordando sobre a
satisfação em relação ao PE implantado no serviço, a avaliação dessa ferramenta
como recurso pedagógico e o envolvimento no processo ensino-aprendizagem.
Participaram da pesquisa 110 residentes, sendo 70 do programa de residência médica
e 40 da residência multiprofissional. Os resultados da pesquisa são apresentados em
um artigo original intitulado: Prontuário Eletrônico como Recurso Pedagógico:
Percepção dos Residentes de um Hospital Universitário. A maior parte dos residentes
eram do sexo feminino, concluíram a graduação em instituições públicas, entre os
anos de 2003 e 2019, sendo a média de idade 28 anos, esse perfil possibilitou
classificar os participantes como uma geração que possui domínio dos recursos
tecnológicos, denominada geração Y. Quando analisada a familiaridade com o PE,
44,5%, afirmaram que o primeiro contato com esta ferramenta se deu apenas na
residência e 90,9% alegaram que durante a graduação nenhuma disciplina trabalhou
com o PE. Os residentes reconheceram a relevância das informações geradas no PE
para o processo de aprendizagem e a importância de ser utilizado como ferramenta
de ensino. Conclui-se que é necessário desenvolver a competência digital dos
discentes, para que possam ter um olhar crítico e reflexivo dos registros eletrônicos,
e para tanto, o PE precisa ser reconhecido e adotado pelos docentes como recurso
pedagógico. A identificação de lacunas na adoção do PE no processo de
aprendizagem nos cursos de saúde, despertou para o desenvolvimento de dois
produtos de intervenção: a criação de um aplicativo eletrônico, na forma de protótipo,
denominado “prontuário eletrônico de aprendizagem”, para ser utilizado na graduação
como uma plataforma interativa entre docentes, discentes e preceptores e a produção
de um vídeo explicativo direcionado para os docentes, abordando a importância do
PE no cenário de prática e as possibilidades de utilização como recurso pedagógico.
Palavras-chave: Prontuário eletrônico; tecnologia educacional; aprendizagem;
ensino; tecnologia de informação.
GENERAL SUMMARY
The Academic Work for Course Completion (AWCC) aimed to evaluate the use of the
Electronic Medical Record (EMR) as a pedagogical resource. The methodology used
was quantitative, through the application of a structured and previously validated
questionnaire, containing closed and open questions, addressing satisfaction with the
EMR implemented in the service, the evaluation of this tool as a pedagogical resource
and the involvement in the teaching-learning process. 110 residents participated in the
research, 70 from the medical residency program and 40 from the multiprofessional
residency program. The results of the research are presented in an original article
entitled: Electronic Health Record as a Pedagogical Resource: Perception of
Residents of a University Hospital. Most of the residents were female, graduated from
public institutions between 2003 and 2019, with an average age of 28 years, this profile
made it possible to classify the participants as a generation with mastery of
technological resources, called generation Y. When analyzing familiarity with the EMR,
44.5% stated that the first contact with this tool occurred only at home and 90.9%
claimed that during graduation no discipline worked with the EMR. Residents
recognized the relevance of the information generated in the EMR to the learning
process and the importance of being used as a teaching tool. It is concluded that it is
necessary to develop the students' digital competence, so that they can have a critical
and reflective look at the electronic records, and for that, the EMR needs to be
recognized and adopted by teachers as a pedagogical resource. The identification of
gaps in the adoption of the EMR in the learning process in health courses, led to the
development of two intervention products: the creation of an electronic application, in
the form of a prototype, called "electronic learning record", to be used in undergraduate
courses as an interactive platform between teachers, students and preceptors and the
production of an explanatory video directed to teachers, addressing the importance of
EMR in the practice scenario and the possibilities of use as a pedagogical resource.
Keywords: Electronic medical record; educational technology; learning; information
technology.
SUMÁRIO
1
APRESENTAÇÃO..................................................................................
2
ARTIGO: Prontuário Eletrônico como Recurso Pedagógico:
13
Percepção dos Residentes de um Hospital Universitário – Resumo...... 16
2.1
INTRODUÇÃO........................................................................................
18
2.2
OBJETIVOS............................................................................................
22
2.2.1
Objetivo Geral.......................................................................................... 22
2.2.2
Objetivos Específicos..............................................................................
22
2.3
PERCURSO METODOLÓGICO.............................................................
22
2.3.1
Tipo de Pesquisa..................................................................................... 22
2.3.2
Local de Estudo.......................................................................................
2.3.3
Participantes............................................................................................ 23
2.3.4
Produção dos Dados...............................................................................
23
2.3.5
Aspectos Éticos.......................................................................................
25
2.3.6
Análise dos Dados................................................................................... 25
2.4
RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................
2.4.1
Análise e Discussão do Perfil da Amostra............................................... 25
2.4.2
Relação do PE com a Formação Profissional.........................................
2.4.3
Percepções dos Participantes em Relação ao PE no Processo Ensino-
23
25
29
Aprendizagem ........................................................................................
34
CONCLUSÃO.........................................................................................
42
REFERÊNCIAS DO ARTIGO..............................................................................
43
3
PRODUTO..............................................................................................
48
3.1
Produto I: ................................................................................................
48
3.2
Produto II: ...............................................................................................
56
4
CONSIDERAÇÕES FINAIS DO TACC .................................................. 59
2.5
REFERÊNCIAS GERAIS DO TACC...................................................................
60
APÊNDICES........................................................................................................
65
ANEXO................................................................................................................. 72
13
1 APRESENTAÇÃO
O desejo de seguir uma trajetória dedicada ao ensino foi herdado dos meus
familiares, principalmente dos meus pais, que há anos exercem a docência em
escolas públicas no interior de Pernambuco. Nato de uma família de professores, onde
o diálogo predominante diariamente circunda sobre educação, cresci entusiasmado
em seguir esse mesmo caminho, idealizando uma prática pedagógica transformadora,
através do compartilhamento de vivências e da troca de saberes.
Durante a graduação em enfermagem pela Escola Superior de Saúde de
Arcoverde (ESSA) no ano de 2011, vivenciei uma formação tradicional, sem nenhuma
influência dos recursos tecnológicos, devido a dificuldade de acesso a esses
dispositivos. O ensino era baseado em leitura de livros e artigos científicos, com uma
metodologia de apresentação de trabalhos e discussões em sala de aula.
Ao concluir a graduação, ingressei no mercado de trabalho como coordenador
da Atenção Básica do município de Buíque-PE, onde vivenciei a primeira experiência
na área de gestão em saúde. Foram dois anos de muito aprendizado e crescimento
profissional: coordenando 10 Unidades de Saúde da Família (USF) com equipes
multiprofissionais,
estudando
os
indicadores
epidemiológicos
do
município,
planejando ações de saúde pública e desenvolvendo campanhas de mobilização
social em diversos temas transversais.
Após esse período, assumi a coordenação municipal do Programa de Saúde
na Escola (PSE) e ingressei no Programa de Valorização do Profissional da Atenção
Básica (PROVAB), do Ministério da Saúde (MS), o qual possibilitou desenvolver ações
de educação em saúde nas escolas públicas e trabalhar no Programa de Saúde da
Família (PSF), além de oportunizar o desenvolvimento da Especialização em Saúde
da Família pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Com o currículo direcionado apenas à área de gestão e de saúde pública,
senti a necessidade de aprimorar as práticas de enfermagem voltadas para
assistência hospitalar, vindo a cursar uma especialização em urgência e emergência.
Em 2014, fui aprovado no concurso público da Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares (EBSERH) para o Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes (HUPAA)
14
da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), na qual em 2015 ingressei como
enfermeiro assistencial na Unidade de Clínica Médica.
Entusiasmado com a oportunidade de poder exercer a enfermagem em um
hospital universitário, que tem a missão de produzir conhecimento e prestar
assistência em saúde de média e alta complexidade à comunidade, com visão na
formação de profissionais, integrando assistência em saúde, ensino, pesquisa e
extensão. Contudo, o desejo de associar a prática profissional e o ensino, passou a
ser possível.
Engajei-me como preceptor da graduação em enfermagem e da residência
multiprofissional,
passando
a
ser
membro
da
Comissão
de
Residência
Multiprofissional em Saúde (COREMU), participando ativamente das atividades
desenvolvidas no cenário de prática e da articulação teórico-prático com a
universidade. Essa nova experiência despertou a necessidade de ter uma formação
na área pedagógica, para obter um olhar além do conhecimento científico e técnico
inerentes da profissão, assim, decidi ingressar no Mestrado Profissional de Ensino na
Saúde.
A prática assistencial no hospital universitário possibilitou a vivência com
algumas ferramentas tecnológicas, das quais constava o Prontuário Eletrônico (PE),
considerado inovação frente a realidade dos hospitais públicos do Brasil. Percebi que
essa ferramenta desempenha funções essenciais no âmbito institucional, como: o
registro de informação, gerenciamento da assistência, comunicação interprofissional
e intersetorial, além de agregar dados clínicos sistematizados e ícones que são
extremamente importantes para o desenvolvimento da prática profissional.
Observei que as informações inseridas no PE eram potencialmente
significativas para o processo de aprendizagem e que o comportamento dos
estudantes frente ao uso dessa tecnologia se dava de forma mecânica, realizando
apenas transferência de dados. Contudo, surgiram algumas inquietações que
motivaram a elaboração desse projeto de pesquisa, intitulado Prontuário Eletrônico
como Recurso Pedagógico para os Cursos de Saúde, com o intuito de responder a
pergunta central: Como o prontuário eletrônico do paciente pode ser utilizado para
incrementar a aprendizagem nos cursos de saúde?
15
A pesquisa teve como objetivo principal avaliar a utilização do prontuário
eletrônico do paciente como recurso pedagógico para potencializar a aprendizagem
na área de saúde em um hospital universitário, e como objetivos específicos descrever
a visão dos residentes sobre o cenário de prática que dispõe de Prontuário Eletrônico
do Paciente; avaliar as habilidades de acesso ao Prontuário Eletrônico do Paciente
pelos residentes em situação de aprendizagem nos cursos de saúde e registrar as
práticas atuais dos residentes na utilização do Prontuário Eletrônico do Paciente.
A partir dos resultados da pesquisa, foram criados dois produtos de
intervenção: um protótipo de aplicativo na estrutura de um prontuário eletrônico de
aprendizagem, voltado para os discentes, docentes e preceptores, e um vídeo
ilustrativo direcionado para os docentes, mostrando a importância do PE no cenário
de prática e as possibilidades da utilização como ferramenta pedagógica. O produto
foi disponibilizado no Youtube e no site da Faculdade de Medicina (FAMED), e o link
também compartilhado em plataformas como o Whatsapp, Instagram e Facebook,
facilitando o acesso dos interessados.
16
2 ARTIGO: Prontuário Eletrônico como Recurso Pedagógico: Percepção dos
Residentes de um Hospital Universitário
RESUMO
A inserção das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) na
educação é inevitável, uma vez que essas ferramentas tecnológicas fazem parte da
realidade de discentes e docentes, inclusive nos cenários de práticas e após a
formação no dia-a-dia profissional. Um exemplo é a implementação do Prontuário
Eletrônico (PE) nas instituições de saúde que vem exigindo mudança na prática clínica
e consequentemente afeta o processo educacional. Entretanto, sua utilização no
processo de ensino-aprendizagem traz novos desafios para os cursos de saúde, um
deles é a necessidade de inserir no ambiente de aprendizagem esse recurso como
ferramenta pedagógica, integrando teoria e prática, para a formação de profissionais
com habilidades específicas nessa área. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a
utilização do PE como recurso pedagógico para potencializar a aprendizagem na área
de saúde em um hospital universitário. O método utilizado foi um estudo descritivo, de
abordagem quantitativa, tendo como instrumento para coleta de dados um
questionário estruturado e validado previamente, com questões fechadas e abertas,
abordando sobre a satisfação em relação ao PE implantado no serviço e seu uso e
benefício, a avaliação dessa ferramenta como recurso pedagógico e o envolvimento
no processo de ensino-aprendizagem. Aplicou-se o instrumento em 110 residentes,
destes, 70 eram da residência médica e 40 da residência multiprofissional. A pesquisa
conduziu-se no período entre agosto e novembro de 2019, após a aprovação do
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) sob o parecer de número 3.455.714/2019. As
respostas foram codificadas e tabuladas no programa Microsoft Excel, 2013, e
posteriormente os dados foram analisados através do Statistical Package for the
Social Sciences (SPSS 23). Constata-se que 79,5% dos residentes concluíram a
graduação em instituições públicas, entre 2003 e 2019, sendo a média de idade 28
anos. Esse perfil possibilitou classificar os participantes como uma geração que possui
domínio dos recursos tecnológicos, conhecida como geração Y. Quando analisado a
familiaridade com o PE, 44,5% deles afirmaram que o primeiro contato se deu apenas
na residência e 90,9% afirmaram que durante a graduação nenhuma disciplina utilizou
o PE como recurso pedagógico. Os residentes reconhecem a relevância das
informações geradas no PE para o processo de aprendizagem e a importância para
ser utilizado como ferramenta de ensino. Conclui-se que é necessário desenvolver a
competência digital dos discentes, para que possam ter um olhar crítico e reflexivo
diante dos registros eletrônicos, e para tanto, o PE que está inserido no cenário de
prática, precisa ser reconhecido e adotado pelos docentes como ferramenta
pedagógica, durante a graduação.
Palavras-chave: Prontuário Eletrônico. Tecnologia Educacional. Aprendizagem.
Ensino. Tecnologia de Informação.
17
TITLE: Electronic Health Record as a Pedagogical Resource: Perception of Residents
of a University Hospital
ABSTRACT
The insertion of Digital Information and Communication Technologies (DICT) in
education is inevitable, since these technological tools are part of the reality of students
and teachers, including in the practice scenarios and after training in daily professional
life. An example is the implementation of the Electronic Medical Record (EMR) in
health institutions that has been demanding change in clinical practice and
consequently affects the educational process. However, its use in the teachinglearning process brings new challenges for health courses, one of them is the need to
insert this resource in the learning environment as a pedagogical tool, integrating
theory and practice, for the training of professionals with specific skills in this area. This
research aimed to evaluate the use of EMR as a pedagogical resource to enhance
learning in the health field in a university hospital. The method used was a descriptive
study, with a quantitative approach, using a structured and previously validated
questionnaire as an instrument for data collection, with closed and open questions,
addressing satisfaction with the EMR implemented in the service and its use and
benefit, the evaluation of this tool as a pedagogical resource and the involvement in
the teaching-learning process, was applied to 110 residents, of whom, 70 were from
the medical residency and 40 from the multiprofessional residency. The research was
conducted in the period between August and November 2019, after approval by the
Research Ethics Committee (REC) under the opinion of number 3.455.714 / 2019. The
answers were coded and tabulated in the Microsoft Excel, 2013, program and later the
data were analyzed using the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS 23).
It appears that 79.5% of the residents completed their graduation in public institutions,
between 2003 and 2019, with an average age of 28 years. This profile made it possible
to classify the participants as a generation that has mastery of technological resources,
known as generation Y. When analyzing familiarity with the EMR, 44.5% of them stated
that the first contact was only at the residence and 90.9% said that during graduation,
no discipline used EMR as a pedagogical resource. Residents recognize the relevance
of the information generated in the EMR to the learning process and the importance to
be used as a teaching tool. It is concluded that it is necessary to develop the digital
competence of the students, so that they can have a critical and reflective look at the
electronic records, and for that, the EMR that is inserted in the practice scenario, needs
to be recognized and adopted by teachers as a tool during the graduation.
Keywords: Electronic Health Record. Educational technology. Learning. Teaching.
18
2.1 INTRODUÇÃO
A necessidade de registrar as informações referentes ao processo saúdedoença data de tempos remotos e ganhou dimensão a partir do século V a.C., com a
institucionalização da medicina científica por Hipócrates de Cós. Na enfermagem,
Florence Nightingale foi a idealizadora desses registros, com fundamentação na
importância da continuidade da assistência e avaliação da qualidade do serviço
(PINTO, 2007).
Esses registros tinham uma abordagem sistemática e empírica, por serem
feitos diariamente no formato de anotações. Baseavam-se na observação,
mensuração e comparação da evolução clínica dos doentes diante dos aspectos
ambientais, sociais, nutricionais e assistenciais, permitindo compreender a
complexidade do processo saúde-doença.
Foi através dessas anotações, durante a prática clínica, que os profissionais
da saúde identificaram a necessidade de recorrer ao histórico de internação e as
observações
registradas
para
manter
o
acompanhamento
dos
doentes,
consequentemente foi necessário instituir um instrumento oficial de comunicação, o
prontuário do paciente, que é definido pelo Conselho Federal de Medicina (2002),
como:
um documento único, constituído de um conjunto de informações,
sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos,
acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência
a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a
comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a
continuidade da assistência prestada ao indivíduo.
Dentro dessa perspectiva, o prontuário surge como ferramenta de informação
e comunicação, sendo considerado um documento extremamente importante para a
prestação do cuidado em saúde, a tomada de decisão gerencial, o apoio à pesquisa
e formação profissional (BRASIL, 2012).
Por muito tempo o suporte impresso foi único dispositivo utilizado para
armazenar as informações, mas com o surgimento das novas tecnologias foi visto
que esse tipo de documento era um veículo de comunicação limitado e ultrapassado,
diante das falhas identificadas que oferecem riscos ao paciente e dificulta a
19
organização do serviço, como a ilegibilidade em decorrência dos “hieróglifos”
comumente usados pelos profissionais de saúde, perda frequente de informações,
dificuldade de acesso aos arquivos, falta de padronização, fragilidade do papel e
ocupação de estrutura física para arquivar os documentos (SANTOS; PAULA; LIMA,
2003).
Nessa perspectiva, a principal problemática do prontuário em papel está
relacionada à caligrafia ilegível dos trabalhadores da área da saúde, principalmente
da categoria médica, dificultando a compreensão e interpretação por outros
profissionais (dificuldade que pode partir do próprio médico que as redigiu), expondo
o paciente aos riscos assistenciais e comprometendo a precisão necessária do
tratamento.
Partindo dessa premissa, os resultados de uma revisão integrativa realizada
por Silva, Passos e Carvalho (2012), revelaram como principais fragilidades na terapia
farmacológica a prescrição com caligrafia ilegível e com falta de informações
relacionadas à apresentação, dose e via de administração dos medicamentos. Sendo
assim, a letra do médico foi considerada como uma das maiores causas de erro de
medicação.
Na tentativa de suprir essas fragilidades, as instituições hospitalares foram
incorporando cada vez mais recursos inovadores em seus domínios. Um deles foi o
Prontuário Eletrônico (PE), que tem sido adotado com o objetivo de obter melhorias
na gestão dessas organizações, disponibilizando um instrumento de informação em
saúde que permite acessibilidade rápida aos dados pessoais e clínicos do paciente,
compartilhamento de informações em tempo real, realização de prescrição, evolução,
solicitação de exames e de materiais para procedimentos, tudo de forma eletrônica
(MUYLDER et al., 2017).
A composição do PE segue uma ordenação de ícones determinados pela
própria instituição de saúde, mas o Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece
no Art. 5° da Resolução n° 1.638/2002, os itens obrigatórios que devem constar do
PE. São eles: (i) Identificação do paciente (nome completo, data de nascimento, sexo,
nome da mãe, naturalidade e endereço completo), (ii) Anamnese, (iii) exame físico,
(iv) exames laboratoriais e de imagens solicitados com os respectivos resultados, (v)
hipóteses diagnósticas, (vi) diagnóstico definitivo e tratamento, (vii) evolução diária do
paciente contendo data e hora, (viii) discriminação dos procedimentos aos quais o
20
mesmo foi submetido e (ix) identificação dos profissionais através da assinatura
eletrônica (BRASIL, 2002).
Além dos itens obrigatórios, a instituição pode aderir a outras ferramentas que
auxiliam e trazem agilidade ao processo assistencial. Estes são componentes
interligados ao PE, como é o caso do laboratório, farmácia, radiologia, setores
administrativos e de suprimentos. As requisições realizadas por estes componentes
são direcionadas a estes setores de forma imediata, por serem totalmente on-line.
Neste contexto, vale ressaltar que para implantação de um sistema
informatizado são necessários recursos econômicos, organizacionais e cognitivos. É
preciso viabilizar computadores, acesso à internet, planejamento da estrutura física,
treinamento dos profissionais, além da contratação de profissionais da área de
computação para sanar eventuais problemas com as máquinas e tirar dúvidas sobre
a manipulação do programa.
A adoção dessa ferramenta também traz novos desafios para os cursos de
saúde, um deles é a necessidade de inserir no ambiente de aprendizagem os
treinamentos práticos, para a formação de profissionais com habilidades no uso das
novas tecnologias. A implementação do PE exige mudança na prática clínica e
consequentemente afeta o processo educacional (MILANO et al., 2014; FIGUEIREDO
et al., 2016).
Com a compreensão de que o PE já faz parte de cenários de prática para
graduandos e residentes de cursos da área de saúde, em diversas instituições de
ensino, o seu manuseio exige competências que podem ser desenvolvidas ou
adquiridas, dentre elas: habilidades de comunicação usando sistemas de registro
eletrônico de saúde; acesso e análise das informações do paciente que estão
inseridas no PE e desenvolvimento do raciocínio científico através das informações
que são disponibilizadas de forma rápida e estruturada (PONTEFRACT; WILSON,
2019).
Adicionalmente, os recursos disponibilizados no PE e a complexidade das
informações inseridas, quando bem trabalhadas por preceptores e discentes, podem
ser caracterizadas como uma potente ferramenta pedagógica, além de possibilitar a
utilização em pesquisas acadêmicas. Para isso, elas devem respeitar a privacidade
dos pacientes, tema explorado por Xu et al. (2015).
21
Com essa visão, instituições de ensino internacionais já estão implementando
em seus currículos competências de informática que integram tecnologia com a
prática clínica. É o caso da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon (Oregon
Health & Science University – OHSU), Estados Unidos, que implementou em seu
currículo uma plataforma de treinamento chamada Simulated EHR (Sim-EHR),
baseada em um prontuário médico simulado com paciente virtual. Estas medidas
suprem a necessidade de integrar os alunos em um ambiente prático, ao desenvolver
habilidades de Registro Eletrônico em Saúde (RES) e proporcionar oportunidades
ativas de ensino-aprendizagem (MILANO et al., 2014).
Algumas associações como a Associação Americana de Faculdades de
Medicina (Association of American Medical Colleges – AAMC) e a Associação
Americana de Faculdades de Enfermagem (American Association of Colleges of
Nursing – AACN) também reconhecem que os alunos devem estar preparados para
acessar e analisar informações essenciais do paciente usando sistemas de registro
eletrônico de saúde. Estas organizações sabem da importância de se integrar
ferramentas tecnológicas no ensino para desenvolver as habilidades dos alunos.
Integração que requer uma mudança cultural e precisa ser estrategicamente
planejada (TITZER; SWENTY, 2014; WITTELS et al., 2017).
No Brasil, a resolução nº 569 de 8 de dezembro de 2017, aprovada na 286ª
Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde, expressa que os cursos de
graduação devem incorporar aos seus projetos pedagógicos o uso de Tecnologias da
Informação e Comunicação (TIC), em suas diferentes formas. Eles devem utilizar para
isso ferramentas e estratégias disponíveis para efetivar a formação e as práticas para
a educação e comunicação em saúde, bem como sua aplicabilidade nas relações
interpessoais (BRASIL, 2017).
Apesar da Resolução citada já estar publicada desde 2017, de acordo com
Pereira, Ferenhof e Spanhol (2019) as instituições de ensino de cursos de saúde ainda
não implementaram, de forma efetiva, o processo de ensino e aprendizagem pautados
no aperfeiçoamento de competências digitais, sendo evidente o despreparo para
formação de profissionais que atendam a atual demanda do mercado. A necessidade
de implementar as TIC nos cursos de graduação e pós-graduação justifica a pesquisa
realizada e, muito mais, a construção de produtos educacionais direcionados para tal
demanda.
22
Assim, o PE precisa ser adequadamente explorado pelo ensino e pela
abordagem pedagógica na formação de profissionais, pois esta tecnologia deve ser
percebida não como um simples repositório de informações estáticas, mas como
portadora de um documento dinâmico capaz de subsidiar e nortear as atividades dos
profissionais que dele fazem uso.
2.2 OBJETIVOS
2.2.1 Objetivo Geral
Avaliar a utilização do Prontuário Eletrônico do Paciente como recurso
pedagógico para potencializar a aprendizagem na área de saúde em um hospital
universitário.
2.2.2 Objetivos Específicos
•
Descrever a visão dos residentes sobre o cenário de prática que dispõe de
Prontuário Eletrônico do Paciente;
•
Avaliar as habilidades de acesso ao Prontuário Eletrônico do Paciente pelos
residentes em situação de aprendizagem nos cursos de saúde;
•
Registrar as práticas atuais dos residentes na utilização do Prontuário
Eletrônico do Paciente.
2.3 PERCURSO METODOLÓGICO
2.3.1 Tipo de Pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem quantitativa, o qual
caracteriza-se pelo emprego da quantificação, tanto na coleta de informações, quanto
no tratamento, por procedimentos estatísticos (DALFOVO; LANA; SILVEIRA, 2008).
23
Segundo Diehl (2004) entre os tipos de estudos quantitativos, destaca-se a
correlação de variáveis, os estudos comparativos causais e os estudos experimentais,
que procuram explicar o grau de relação e proporcionar meios para testar hipóteses.
2.3.2 Local de Estudo
O estudo foi desenvolvido em um hospital universitário do Nordeste brasileiro,
por ser cenário de prática dos cursos de saúde com o propósito de promover
assistência, ensino, extensão e investigação científica, em consonância com os
objetivos da pesquisa.
2.3.3 Participantes
Foi considerado critério de inclusão: residentes de quaisquer gênero e idade,
que estavam regularmente matriculados no programa de residência médica ou
multiprofissional da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Adotou-se como critério
de exclusão: os residentes que não estavam desenvolvendo atividades práticas no
hospital universitário e que apresentaram impedimentos, como férias ou Licença
Maternidade ou falta de interesse em participar da pesquisa.
Do total de 127 residentes regularmente matriculados, 110 participaram da
pesquisa, destes, 70 eram residentes médicos e 40 da residência multiprofissional,
sendo oito de cada categoria profissional: enfermagem, farmácia, nutrição, psicologia
e serviço social. Dos 17 que não participaram da pesquisa, sete foram excluídos por
não desenvolver atividades práticas no hospital universitário e dez por apresentar falta
de interesse.
Os residentes aptos a participar da pesquisa foram convidados por e-mail e
mensagens telefônicas.
2.3.4. Produção dos Dados
Após revisão de literatura, foi elaborado um questionário contendo questões
fechadas e abertas, abordando a familiaridade dos participantes com o uso de
ferramentas eletrônicas, a satisfação em relação ao PE implantado no serviço e seu
uso e benefício, a avaliação dessa ferramenta como recurso pedagógico, o
envolvimento no processo de ensino-aprendizagem e o perfil dos participantes.
Posteriormente, realizou-se um teste piloto para validação semântica, onde
foi aplicado a 5 graduandos do último período de medicina, nas repartições do hospital
24
universitário. Esses alunos foram escolhidos por não fazerem parte da amostra final
do estudo e por estarem finalizando a graduação. Essa etapa contribuiu com o
aprimoramento do método, por meio da análise da clareza e entendimento das
questões, identificação de possíveis erros na formatação, coleta e definição do tempo
necessário para aplicação.
Foi identificado, no teste piloto, a irrelevância das questões que envolviam a
caracterização dos participantes quanto à familiaridade com o uso de ferramentas
eletrônicas, pois quando questionado sobre possuir algum equipamento eletrônico,
acessibilidade à Internet, utilização de ferramenta digital para estudo e horas de uso
diário em equipamento eletrônico, as respostas foram todas positivas, visto que é uma
geração imersa no meio tecnológico. Para qual, esses recursos já fazem parte do
cotidiano dos participantes.
O questionário foi consolidado com 11 questões, divididas em três eixos, o
primeiro contendo cinco questões abordando a relação do PE com a formação
profissional e o cenário de prática, o segundo com uma questão utilizando a escala
de Likert, com 21 afirmações envolvendo o PE como recurso pedagógico e o processo
de ensino-aprendizagem, sendo as opções de respostas conforme o grau de
concordância: discordo totalmente, discordo, neutro, concordo, concordo totalmente e
o terceiro eixo com cinco questões sobre o perfil dos participantes.
Esse instrumento foi disponibilizado em dois formatos, impresso e eletrônico,
por meio do formulário on-line criado no Google Forms, sendo enviado inicialmente
por e-mail para todos os participantes, seguido de outras estratégias envolvendo as
redes sociais (WhatsApp e Facebook Messenger), mensagens eletrônicas via celular
e finalizando com busca ativa nas clínicas cirúrgica, clínica médica, pediatria, centro
cirúrgico e nos ambulatórios para aplicação do questionário impresso aos
remanescentes.
2.3.5 Aspectos Éticos
A pesquisa conduziu-se no período entre agosto e novembro de 2019, após a
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Alagoas, sob
25
o parecer de número 3.455.714/2019 (Anexo A), atendendo às exigências da
Resolução CNS nº 466/2012 e nº 510/2016.
Todos os participantes receberam esclarecimentos e orientações sobre a
pesquisa e a participação se deu mediante a assinatura do TCLE (Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido) (Apêndice A). Os que responderam o questionário
eletrônico, o consentimento se deu ao selecionar a opção de aceite e posteriormente
informar o e-mail pessoal, ítens obrigatórios para participação na pesquisa.
2.3.6 Análise dos Dados
As assertivas de múltipla escolha e do tipo Likert, foram avaliadas por meio
de análise estatística descritiva simples, inicialmente os dados coletados foram
codificados e tabulados em planilhas do Microsoft Office Excel, versão 2013, em
seguida utilizou-se o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS 23). Para
estimar a consistência e confiabilidade das 21 afirmativas do tipo Likert, foi aplicado o
coeficiente alfa de Cronbach, no qual o nível de significância foi 0,885. Conforme
Landis e Koch (1977), a consistência interna quando classificada entre 0,81 e 1 é
considerada quase perfeita.
2.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
2.4.1 Análise e Discussão do Perfil da Amostra
Do total de residentes, 78,2% eram do sexo feminino e 21,8% do sexo
masculino (gráfico 1). Estes dados, acompanham a tendência do Brasil em relação à
predominância de mulheres entre os concluintes de cursos de graduação e pósgraduação. Segundo o último censo de educação superior do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), 60,5% dos concluintes de
curso de graduação são do sexo feminino e 39,5% do sexo masculino, Alagoas segue
essa estatística com a mesma proporção (INEP, 2019).
Gráfico 1. Distribuição por sexo dos Residentes de um hospital universitário do Nordeste
brasileiro em 2019.
26
60
Quantidade de residentes
52
50
40
34
30
18
20
10
6
0
Residência Multiprofissional
Título do Eixo
Sexo M
Residência Médica
Sexo F
Fonte: autor – dados da pesquisa.
Quando comparada essa variável com demais programas de especialização
na área da saúde em todo Brasil, constata-se que há uma coerência entre esse
resultado. Os estudos desenvolvidos por Carvalho et al. (2019); Cavalcanti et al.
(2016); Mota (2016); Silva et al. (2015) e Soares et al. (2017), os quais analisaram o
perfil dos participantes de diversos programas de residência, revelaram na totalidade
maior proporção do sexo feminino.
Nesse cenário, a inserção da mulher nas universidades, principalmente nos
cursos de saúde, é vista como consequência do processo de modernização e de
mudanças culturais da sociedade. Essa transformação também passa a ser evidente
no mercado de trabalho, superando os paradigmas das profissões tradicionalmente
tidas como femininas, notória na “medicina e odontologia, áreas que historicamente
eram dominadas por profissionais do sexo masculino” (CAVALCANTI et al., 2016,
p.123).
Quando analisada a instituição onde concluíram a graduação, verifica-se que
79,1% concluíram em instituição pública, federal ou estadual, e 20,9% em instituição
particular. Esses dados, evidenciam o grande número de egressos de universidades
federais que dão continuidade à formação em instituições públicas, mediante cursos
de especialização na modalidade de residência (gráfico 2).
27
Gráfico 2. Distribuição das categorias profissionais dos Residentes de um hospital
universitário conforme a instituição formadora, em 2019.
40
36
Quantidade de residentes
35
30
25
19
20
15
15
10
7
7
8
7
5
5
2 1
0 1
0 1
0 1
0 0
Enfermagem
Psicologia
Farmácia
Nutrição
Serviço
Social
0
Instituição Federal
Instituição Estadual
Medicina
Instituição Particular
Fonte: autor – dados da pesquisa.
Essa observação leva ao questionamento sobre a formação recebida durante
a graduação, considerando a existência de maior número de faculdades privadas e o
menor número de formandos que ingressam nas especializações. Segundo
Cavalcanti et al. (2016, p. 126) “tal fato pode apontar para o descompasso que existe
entre a quantidade e qualidade da formação que vem sendo oferecida”.
Outro argumento para explicar esse resultado, é que os egressos de
Instituições de Ensino Superior (IES) públicas apresentam maior tendência a seguir
carreiras acadêmicas, dando continuidade às atividades científicas que já são
implementadas na universidade e servem de referência para os profissionais, como:
os diversos grupos de pesquisas, Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
Científica (PIBIC), Ciências sem Fronteiras, Bolsas de Iniciação Acadêmica (BIA),
além de agregarem o maior número de programas de pós-graduação nas
modalidades lato sensu e stricto sensu.
Logo, a maioria dos profissionais formados em instituições privadas são pouco
incentivados para o desenvolvimento de pesquisa científica e em prosseguir no âmbito
28
acadêmico, consequentemente após formação priorizam ingressar ao mercado de
trabalho, apenas 39,5% dos egressos dessas faculdades dão continuidade ao
processo de formação (KUZUYABU, 2017).
Com relação ao ano de conclusão da graduação dos residentes, constata-se
o predomínio dos últimos cinco anos (gráfico 3). Achados que estão em conformidade
com a proposta do Ministério da Educação (MEC) para os cursos de pósgraduação na modalidade de residência, que buscam a inserção de jovens
profissionais da saúde, recém-formados, para qualificação e aprimoramento das
habilidades técnicas. Esse modelo de especialização favorece uma formação
diferenciada, por possibilitar o encontro entre conhecimentos teóricos e práticos e a
articulação entre a academia e os serviços.
Gráfico 3. Distribuição dos residentes de um hospital universitário em função do ano de
conclusão da graduação, 2019.
35
Quantidade de residentes
30
25
20
15
10
5
0
2003 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Residência multiprofissional
Residência médica
Total
Fonte: autor – dados da pesquisa.
Quanto à faixa etária, 77,3% dos participantes tinham entre 23 e 30 anos,
sendo a média de idade 28 anos. Esses dados são compatíveis com os estudos de
Brasil, Oliveira e Vasconcelos (2017), no qual 76,3% dos residentes também
ingressaram no programa de especialização multiprofissional com idade entre 20 e 30
anos, e de Cavalcanti et al. (2016) que obtiveram esse mesmo parâmetro ao analisar
29
o perfil dos ingressantes nos programas de residência médica de um instituto de
ensino. Essa variável proporcionou um olhar diferenciado durante a análise dos
dados, por ser uma temática que envolve o uso de tecnologia e os participantes serem
classificados como geração y.
Segundo Teixeira (2016), o público que nasceu entre as décadas de 80 e 90
compõe-se de jovens que estão inseridos em uma realidade social totalmente
informatizada, com acesso a computadores, telefones móveis e os diversos
acessórios eletrônicos para comunicação, fazem parte da primeira geração a
efetivamente crescer em um mundo de convergência tecnológica.
Nessa perspectiva, entende-se que fatores relacionados à familiaridade com
o uso de ferramentas eletrônicas, tidos anteriormente como barreiras na adesão ao
PE, não serão mais considerados, por se tratar de uma geração que apresenta
acessibilidade e domínio tecnológico. Sabe-se que essa mudança de perfil tende a
influenciar o comportamento dos futuros profissionais frente a aceitação das
inovações tecnológicas. Ainda assim, não serão suficientes para garantir um
pensamento crítico diante das informações inseridas, o preconizado letramento
informacional e midiático (VALENTE, 2019).
Conforme Grizzle e Calvo (2013), o letramento informacional e midiático
refere-se à capacidade de acessar, inserir, compreender e avaliar o conteúdo e usálo para criar comunicações em diversos contextos, inclusive o processo de ensino e
pesquisa. Além dos critérios relacionados, exige-se percepção no que se refere a
segurança de dados, proteção e privacidade das informações.
2.4.2 Relação do PE com a Formação Profissional
A realidade do progresso tecnológico e de sua inserção nos diversos cenários
de práticas, aliada às mudanças dos paradigmas econômicos e produtivos, leva a uma
ampla revisão educacional, que envolve questionar as instituições e as práticas de
ensino dos cursos de saúde quanto à utilização de ferramentas tecnológicas nas
práticas pedagógicas durante a graduação.
30
Uma dessas ferramentas que estão inseridas no cenário de prática é o PE,
que embora as organizações nacionais de educação já falem sobre a necessidade de
priorizar a documentação no PE como uma habilidade fundamental, pouco se sabe
sobre as práticas atuais ou barreiras percebidas para os discentes na utilização dessa
ferramenta (FIGUEIREDO et al., 2016).
Sabendo que é necessário preparar os discentes para os desafios do mundo
contemporâneo, sobretudo com as mudanças bruscas do sujeito social motivadas
pelo surgimento dessas novas tecnologias, buscou-se compreender a relação de
acessibilidade ao PE durante a graduação dos profissionais de saúde, e quando
questionados sobre o primeiro contato com o PE, 44,5% afirmaram que durante a
graduação não tiveram contato com o PE, conheceram apenas na residência, 25,5%
conheceram entre o 8° - 12° períodos, 21,8% entre 4° - 8° e 8,2% entre o 1° - 4°, dos
que conheceram ainda na graduação, a maioria, o contato se deu através dos estágios
curriculares ou extracurriculares e não pela matriz acadêmica do curso.
Esses dados demonstram uma fragilidade na inter-relação entre aulas
teóricas e cenário de prática, pois o PE é um instrumento que está disponível no
hospital universitário onde foi realizada a pesquisa. Apesar do PE configurar-se como
ferramenta pedagógica, não é amplamente conhecida pelos discentes na graduação,
tornando-se um instrumento inutilizado no processo ensino-aprendizagem, podendo
de alguma forma afetar a competência digital destes futuros profissionais.
Tal informação corrobora os estudos de Pontefract e Wilson (2019) ao
afirmarem que os estudantes dos cursos de saúde raramente são expostos à
tecnologia ou recebem a oportunidade de usá-la durante sua graduação. Contudo,
espera-se que obtenham ao longo do curso uma formação que lhes permitam operar
com esses conhecimentos à luz da realidade de trabalho e tenham aprendido a
recorrer a esses recursos de forma eficaz.
Mesmo sendo uma geração que domina o uso de tecnologia, é importante
ressaltar que a competência digital vai além do domínio tecnológico. Ela requer o uso
de forma crítica, ética e criativa dos recursos e ferramentas digitais. Assim, Cazco et
al. (2016) evidenciam que a competência digital é mais do que a capacidade técnica
de usar um aparelho de forma funcional, deve estar relacionada ao processamento e
obtenção de informações, bem como uma interação dinâmica com a ferramenta que
produz e compartilham conteúdo.
31
Pereira, Ferenhof e Spanhol (2019) enfatizam que para o sujeito ser
considerado digitalmente competente, é necessário ir além dos critérios de
usabilidade, precisa dominar um determinado conjunto de conhecimentos, habilidades
e atitudes em relação às TIC.
O conceito de competência é entendido como a combinação de
conhecimentos, habilidades e atitudes apropriadas ao contexto. A
competência digital envolve o uso confiante e crítico da TIC para o
trabalho, lazer e comunicação. Os indivíduos também devem entender
como essa tecnologia pode apoiar a criatividade e a inovação e estar
ciente de questões relacionadas à validade e confiabilidade de
informações disponíveis e dos princípios legais e éticos envolvidos.
(OFFICIAL JOURNAL OF THE EUROPEAN UNION, 2006, p. 6).
Para Sanders et al. (2017), desenvolver competência em PE agora é uma
habilidade clínica básica, um currículo aprimorado deve fortalecer essas habilidades,
permitindo que as disciplinas associem o conhecimento teórico, o atendimento direto
ao paciente e o registro das informações para desenvolver o conhecimento clínico dos
discentes.
A integração de temáticas englobando tecnologias digitais, na formação
superior são primordiais, uma vez que favorece o desenvolvimento de futuros
profissionais digitalmente competentes. Para tal, destaca-se também a necessidade
de capacitar os docentes, por meio da inclusão da unidade de competência digital na
formação de tais profissionais (EPURE; MIHAES, 2015).
Os dados referentes ao primeiro contato com o PE durante a graduação
associam-se à não utilização do PE como ferramenta pedagógica pelas disciplinas.
Essa informação foi obtida quando questionado, se durante a graduação alguma
disciplina utilizou o PE como ferramenta de ensino, e 90,9% responderam que não.
Vale ressaltar que no Hospital Universitário (HU), onde foi realizado o estudo,
a implantação do PE aconteceu gradualmente, com início no ano de 2012 nas clínicas
de internação e posteriormente nos ambulatórios. Esse processo influenciou a não
utilização do PE pelas disciplinas durante a graduação de alguns participantes.
Os que tiveram oportunidade de conhecer o PE em alguma disciplina, se
formaram em instituições públicas federais, entre 2015 e 2019, com predomínio dos
cursos de farmácia e medicina (gráfico 4). As disciplinas relatadas pelos participantes
32
foram: psicologia da saúde, farmácia clínica, farmacovigilância, nutrição clínica,
semiologia, bioética, clínica médica, cardiologia e nefrologia.
Gráfico 4. Distribuição dos Residentes de um hospital universitário que tiveram disciplinas
teóricas que usaram o Prontuário Eletrônico durante a graduação, 2019.
70
65
Quantidade de residentes
60
50
40
30
20
10
8
4
7
4
7
1
8
5
1
0
Enfermagem
Farmácia
Nutrição
Psicologia
Curso
Sim
Serviço Social
Medicina
Não
Fonte: autor – dados da pesquisa.
De acordo com Herbert e Connors (2016), a tecnologia está aumentando a
complexidade no papel dos profissionais de saúde e o corpo docente precisa preparar
os formandos para esse ambiente, incorporando o PE no currículo dos cursos da área
de saúde para proporcionar o desenvolvimento de habilidades voltadas para coleta de
dados, comunicação e tomada de decisão.
A Associação Americana de Faculdades de Enfermagem (American
Association of Colleges of Nursing – AACN) reconhece que os alunos devem estar
preparados para utilizar o PE, vindo a acessar e analisar informações que são
essenciais para otimizar o atendimento ao paciente. A integração dessa tecnologia ao
ensino da enfermagem é primordial para atender às novas necessidades do mercado
de trabalho e essa integração requer mudança cultural e precisa ser estrategicamente
planejada (TITZER; SWENTY, 2014).
Verifica-se que nenhuma disciplina do curso de enfermagem utilizou o PE
durante a graduação e apenas 7,0% dos residentes de medicina tiveram essa
33
oportunidade, sendo um fator preocupante na formação desses profissionais, pois
essas evidências vão na contramão das atividades laborais, uma vez que a
enfermagem e a medicina são responsáveis pela maior quantidade de informações
inseridas no PE e consequentemente por passar mais tempo manipulando essa
ferramenta.
Em síntese, esses dados demonstram que as atividades acadêmicas nem
sempre estão articuladas aos serviços e que várias habilidades que deveriam ser
desenvolvidas durante a graduação só são adquiridas ao longo da carreira
profissional.
Santos e Marin (2018) e Gondin et al. (2019), destacam a necessidade das
instituições de ensino inserirem na formação dos profissionais da área de saúde o
preparo para a utilização de tecnologias, visando uma formação voltada para o uso
da informática como aliada na prática profissional, principalmente nos cursos de
enfermagem que formam profissionais mais presentes no cenário hospitalar e que
fazem a gestão do serviço.
Os achados apresentados, também remetem à falta de conhecimento dos
professores e preceptores quanto ao uso e as potencialidades que o PE dispõe na
construção do conhecimento, implicando a não utilização em seus planos de ensino.
Não obstante, os docentes devem compreender as mudanças e serem receptivos,
readaptando o seu saber à nova realidade, enfrentando os desafios e atendendo à
diversidade que essa nova conjuntura educacional exige.
Mediante a necessidade de acompanhar o cenário atual, com “exigência de
maior planejamento pelo professor de atividades diferenciadas, focadas em
experiências, em pesquisa, em colaboração, em desafios, jogos, múltiplas linguagens
e simulações de situações reais” (MORAN, 2013, p.32), torna-se essencial o
desenvolvimento de capacitação docente voltada para utilização das novas
ferramentas tecnológicas como recurso pedagógico.
34
2.4.3 Percepções dos Participantes em Relação ao PE no Processo EnsinoAprendizagem
O PE introduz novos desafios para o ensino nos cursos de saúde. Também
requer que profissionais e estudantes tenham um olhar crítico sobre a importância das
informações geradas no processo assistencial para com o desenvolvimento da
aprendizagem; desse modo, constitui-se recurso para enriquecer e favorecer o
processo educativo.
Nessa perspectiva, foram introduzidas no instrumento de coleta de dados
afirmativas utilizando a escala de Likert, para verificar os graus de concordância e
discordância em relação a cada uma das afirmações relacionadas ao PE, objetivando
avaliar as percepções dos participantes em relação ao PE como recurso pedagógico
e o processo ensino-aprendizagem.
Verifica-se que, após a graduação, 88,1% dos profissionais ingressos na
residência, reconhecem a importância do PE como ferramenta de ensino e 92,7%
referem que as informações geradas são relevantes para o processo de
aprendizagem (Tabela 1).
Tabela 1: Percepção de residentes de um hospital universitário sobre o Prontuário
Eletrônico como ferramenta de ensino e aprendizagem, 2019
Afirmativas
DT
D
N
C
CT
M
AC
1 - Eu já utilizei as informações do PE para 29
10
11
23
37
3,264 0,877
11
8
23
49
3,655 0,874
7
28
69
4,400 0,859
2
26
76
4,518 0,857
pesquisa.
2 - Já fiz estudo de caso utilizando as
19
informações do PE.
3 - Trabalhar com o PE durante a
6
graduação é importante.
4 - As informações geradas no PE são
relevantes
para
aprendizagem.
o
processo
de
5
1
35
5 - Atualmente, é necessário sair da
9
9
16
37
39
3,800 0,862
5
4
17
60
24
3,855 0,860
5
5
24
42
34
3,864 0,863
7
5
13
49
36
3,927 0,864
22
46
31
7
4
2,318 0,874
graduação com habilidades específicas
para o uso do PE.
6 - A resistência dos profissionais em
aderir ao PE seria solucionada com a
utilização desta ferramenta durante a
graduação.
7 - A utilização de um simulador de PE,
com pacientes virtuais, contribuiria para o
processo de aprendizagem.
8 - As informações do PE poderiam ser
utilizadas pelos professores durante a
graduação.
9 - No estágio tive muita dificuldade em
manusear o PE.
Legenda: (DT) discordo totalmente, (D) discordo, (N) neutro, (C) concordo, (CT) concordo
totalmente, (M) média, (AC) Alfa de Cronbach. Os números apresentados na tabela em DT,
D, N, C e CT são correspondentes aos respondentes da pesquisa.
Fonte: dados da pesquisa (2019)
Como critério utilizado para avaliar a confiabilidade e consistência interna das
afirmativas apresentadas na Tabela 1, aplicou-se o coeficiente alfa de Cronbach, no
qual apresentaram uma alta significância (Gráfico5). Conforme Landis e Koch (1977),
a consistência interna quando classificada entre 0,81 e 1 é considerada quase
perfeita.
36
Afirmativas
Gráfico 5. Média e coeficiente Alfa de Cronbach referente as afirmativas da tabela 1, HU, 2019.
1
0,877
2
0,874
3
0,859
3,264
3,655
4,400
0,857
4
4,518
0,862
5
6
0,860
7
0,863
3,800
3,855
3,864
0,864
8
3,927
0,874
9
0
2,318
1
2
3
Alfa de Cronbach
Média
4
5
Fonte: autor – dados da pesquisa.
Um estudo desenvolvido por Choi, Park e Lee (2016), no qual um dos itens
analisados foi o registro eletrônico como ferramenta de aprendizado, evidenciou a
importância do PE na compreensão das condições clínicas dos pacientes pelas
informações fornecidas, entre elas: o status do paciente, sinais vitais, histórico da
doença, curso de hospitalização desde a admissão, resultados de exames
laboratoriais e de imagens e prescrições. Os discentes referiram que ter acesso a
essas informações permite entender o processo assistencial e associar o
conhecimento teórico a casos reais, além de ajudar a diminuir o nervosismo
apresentado quando estão no cenário de prática.
Quando questionados sobre a resistência de adesão e necessidades de
habilidades específicas, 76,0% dos residentes concordaram que a resistência dos
profissionais em aderir ao PE seria solucionada com a utilização desta ferramenta
durante a graduação e 69,0% afirmaram ser necessário sair da graduação com
habilidades específicas para o uso do PE e também que a utilização de um simulador
de PE, com pacientes virtuais, contribuiria para o processo de aprendizagem.
Diante da importância em adquirir essas habilidades, várias instituições
internacionais de ensino superior já integraram em seus currículos o PE como
37
ferramenta pedagógica, a exemplo da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon
(Oregon Health & Science University – OHSU), nos Estados Unidos, que implementou
uma plataforma de treinamento com PE para fornecer aos discentes um ambiente
interativo e prático (MILANO et al., 2014).
Kowitlawakul, Wang e Chan (2013) enfatizaram a importância de um
programa de software inovador que utiliza o PE em um currículo de ensino de
enfermagem, constatando a capacidade de promover a conscientização dos discentes
sobre a documentação eletrônica, o aprimoramento da aprendizagem e a capacidade
de oportunizar maior familiaridade com a tecnologia da informação em saúde, além
de aumentar a confiança em registrar as informações eletronicamente.
Milano et al. (2014) sugerem a utilização de um PE de treinamento após aula
expositiva, na qual os alunos revisam e corrigem prontuários selecionados pelo
docente, escrevem o plano de cuidado e realizam prescrições, conforme o objetivo de
aprendizagem.
O presente estudo encontrou que, no cenário de prática, o PE serve de
repositório de dados que são utilizados para duas atividades didáticas no estudo de
caso e na pesquisa clínica, 65,0% dos residentes referiram ter utilizado o PE para
coleta dos dados ao desenvolver estudo de caso e 54,5% para o desenvolvimento de
pesquisa clínica (tabela 1). Essas informações reforçam que existe possibilidade de
associar a literatura dos livros e artigos aos casos reais descritos no PE.
Entende-se que o principal desafio é desenvolver o olhar crítico e reflexivo dos
residentes diante da complexidade do conteúdo que integra o PE, para que essa
ferramenta avance de um simples repositório de informações para um verdadeiro
instrumento pedagógico. Com essa perspectiva, 77,0% dos residentes afirmaram que
as informações do PE poderiam ser utilizadas nas aulas teóricas pelos professores
durante a graduação.
Conforme a nota técnica nº 5, emitida pelo Centro de Inovação para a
Educação Brasileira (CIEB, 2017), o processo de escolha das ferramentas
pedagógicas a serem utilizadas em sala de aula, requer uma análise da relevância do
conteúdo disponível, o alinhamento aos objetivos de aprendizagem previstos no
currículo e a fidedignidade das informações, além da necessidade de verificar se a
ferramenta é simples e intuitiva.
38
Levando em consideração o conteúdo, a apresentação gráfica e os ícones
que formam o PE, verifica-se a importância deste recurso como ferramenta
pedagógica capaz de potencializar o processo ensino-aprendizagem. As informações
do PE detêm consistência teórica associado a casos reais que são relevantes para a
experiência de aprendizagem, possibilitando também selecionar apenas os conteúdos
desejados. Quanto à apresentação gráfica e os ícones, segue uma representação que
permite uma navegação fácil e interativa, como podemos observar na figura 1.
Figura 1. Interface do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários, principal software de
Prontuário Eletrônico inserido nos hospitais universitários do Brasil
Fonte: Página de treinamento do AGHU 1.
Por apresentar ícones didáticos, intuitivos e autoexplicativos, 62,0% dos
participantes referiram não ter dificuldade no manuseio da ferramenta, essa facilidade
de obter e oferecer informações também está relacionada ao processo de adaptação
dos usuários, onde 80,0% referiram ter se adaptado bem ao PE (Tabela 2).
1
Disponível em: <http://treinamento.ebserh.gov.br/aghu/pages/casca/casca.xhtml>. Acesso em: 28 de
janeiro de 2020.
39
Tabela 2: Satisfação dos participantes em relação ao Prontuário Eletrônico implantado
no serviço e seu uso e benefício, 2019
Afirmativas
DT
D
N
C
CT
M
7
11
32
47
13
3,436 0,866
11 - Dificuldade de manuseio
22
47
25
15
1
2,327 0,867
12 - Adequação ao registro da avaliação
6
13
21
51
19
3,582 0,866
13 - Acesso ao histórico dos usuários
6
6
8
40
50
4,109 0,866
14 - Eficácia em relação ao prontuário
5
3
2
35
65
4,382 0,861
4
2
3
32
69
4,455 0,859
10
-
Adequação
do
tempo
de
AC
preenchimento ao seu serviço
clínica ao seu serviço
físico
15 - Facilita o atendimento
16
-
Benefícios
para
usuários
e
4
1
2
32
71
4,500 0,859
da
espera
por
6
6
17
26
55
4,073 0,863
18 - Adaptação profissional ao prontuário
4
3
15
51
37
4,036 0,862
19
entre
34
44
19
8
5
2,145 0,878
20 - No estágio tive muita dificuldade
23
33
28
19
7
2,582 0,874
39
36
20
11
4
2,136 0,880
profissionais
17
-
Diminuição
atendimentos
-
Prejuízos
da
interação
profissional e usuário
sobre quais informações registrar no PE.
21 - Perco muito tempo durante o estágio
registrando as informações no PE.
Legenda: (DT) discordo totalmente, (D) discordo, (N) neutro, (C) concordo, (CT) concordo
totalmente, (M) média, (AC) Alfa de Cronbach. Os números apresentados na tabela em DT,
D, N, C e CT são correspondentes aos respondentes da pesquisa.
Fonte: dados da pesquisa (2019)
O Gráfico 6 mostra a alta confiabilidade e consistência das afirmativas
apresentadas na Tabela 2 ao ser utilizado o coeficiente alfa de Cronbach como
referência para avaliação.
40
Gráfico 6. Média e coeficiente Alfa de Cronbach referente as afirmativas da tabela 2, HU, 2019.
0,866
10
Afirmativas
3,436
0,867
11
12
0,866
13
0,866
0,861
14
2,327
3,582
4,109
4,382
0,859
15
4,455
0,859
16
4,500
0,863
17
4,073
0,862
18
4,036
0,878
19
20
0,874
21
0,880
0
2,145
2,582
2,136
1
2
3
Alfa de Cronbach
Média
4
5
Fonte: autor – dados da pesquisa.
Esses dados corroboram a pesquisa desenvolvida por Alves, Kuroishi e
Mandrá (2016), com estudantes e profissionais de fonoaudiologia, na qual para 80,0%
dos estudantes e 83,3% dos profissionais o PE é uma ferramenta simples de
manusear, sendo também de fácil adaptação.
Segundo Melo (2019), as plataformas tecnológicas quando estruturadas
através de ícones, facilitam a interação entre usuário e interface. Os ícones podem
interferir na experiência dos usuários de diversas formas, quando a representação é
fácil de ser associada, sua percepção se torna mais rapidamente do que a do texto,
deixando as interfaces intuitivas.
Usuários têm modelos mentais que são construídos por anos
de uso de outras interfaces e, nos casos de ícones, de observação de
outros objetos/animais/cenas. Se um ícone corresponde em aparência
e utilização ao modelo do usuário a experiência é boa - todo mundo
gosta de se sentir inteligente! O contrário - ícone reconhecido e ação
diferente, ou ícone não reconhecido, causam confusão. (MELO, 2019,
p. 34)
Diante da constatação da facilidade de uso e adaptação, questionou-se sobre
alguns critérios de interação entre máquina e paciente que poderiam interferir no
41
processo assistencial e de aprendizagem, sendo eles: adequação dos registros,
tempo de preenchimento, acesso ao histórico, contribuição para o atendimento e
eficácia em relação ao prontuário físico.
Quanto ao tempo de preenchimento em relação as atividades desenvolvidas
e a adequação do registro da avaliação clínica, mais de 54,0% afirmam ser adequado,
82,0% tiveram acesso ao histórico dos usuários, possibilitando entender a história
pregressa do paciente, 92,0% asseguraram que o PE facilita o atendimento e 73,0%
concordam que diminui o tempo de espera. Contudo, constata-se com 91,0% de
aprovação, que o PE é mais eficaz que o prontuário físico e que traz benefícios para
usuários e profissionais, não acarretando prejuízos na interação (Tabela 2).
A aprovação do PE também foi constatada em uma pesquisa desenvolvida
pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (United States
Department of Health and Human Services – HHS), 2019, onde apresentou que mais
de 80,0% dos médicos no mundo já utilizam sistemas eletrônicos para registrar as
informações dos pacientes. Isso devido a facilidade no processo assistencial e a
otimização de tempo na abordagem de cada paciente.
Esse mesmo posicionamento relacionado a adequação, facilidade no
atendimento e agilidade no serviço, foi verificado por Barros et al. (2019), ao analisar
a utilização desse sistema pela equipe de enfermagem de um hospital privado. Nesse
estudo, os profissionais referiram que o PE favorece a conclusão mais rápida das
tarefas e melhora o desempenho no trabalho, sendo considerada uma ferramenta
muito útil e eficaz.
Segundo Santos e Marin (2018), os gestores também apresentam boa
aceitação dessa ferramenta, por meio de avaliação positiva da utilidade para o
desempenho das suas funções e facilidade de uso. Reconhecem que a maioria dos
entraves estão relacionados às condições estruturais e organizacionais da instituição.
Dessa forma, torna-se fundamental ações para garantir os recursos necessários para
a utilização dessas tecnologias, entendendo que os benefícios superam os
obstáculos.
Dessa forma, vale destacar os principais benefícios que contribuem para
classificar o PE como mais eficaz que o prontuário físico e que promove maior
agilidade no atendimento, sendo eles: a possibilidade de consultar o histórico clínico
42
de forma mais prática; reduzir em até 90% o consumo de papel; programar alertas
voltados à administração correta de medicamentos; calcular o efeito de interações
medicamentosas; agregar protocolos clínicos; encaminhar de forma on-line os
pedidos de insumos para os setores específicos; maior contribuição para o serviço de
nutrição; gerenciamento automático da agenda de exames laboratoriais e de imagens.
(MUYLDER et al., 2017; LUO; YOUNG, 2020).
2.5 CONCLUSÃO
Pode-se afirmar pelos achados deste estudo que é necessário desenvolver a
competência digital dos discentes, proporcionando um olhar crítico e reflexivo diante
dos registros eletrônicos, e para tanto, o PE que está inserido no cenário de prática,
precisa ser reconhecido e adotado pelos docentes como recurso pedagógico.
A implementação dessa ferramenta de ensino nos cursos de saúde, deverá
ser mais do que a inserção de uma nova tecnologia, mas um instrumento que auxilie
e incremente no desenvolvimento do ensino e da aprendizagem. É preciso romper os
laços de resistência que ainda permeiam o meio educacional quando se fala de
inovação tecnológica.
As informações do PE quando integradas às aulas teóricas dos cursos de
saúde, potencializam a aprendizagem através da pesquisa, do desenvolvimento de
projetos, da intercomunicação entre teoria e prática, com a vantagem de combinar o
melhor do presencial e do virtual no mesmo espaço. Entretanto, há uma exigência de
maior planejamento pelo docente de atividades diferenciadas, baseadas nas
metodologias ativas.
Abaixo foram listadas algumas das potencialidades do PE e suas principais
aplicações:
Como uma ferramenta estatística – para o registro e coleta de dados, com
possibilidade de emissão de relatórios e gráficos;
Como uma ferramenta de investigação – para quantificar resultados e a
qualidade da assistência prestada, definir o perfil do público assistido e emitir
relatórios institucionais;
43
Como uma ferramenta clínica e epidemiológica – para garantir o processo
informacional, avaliar necessidades, compatibilizar as intervenções e os
resultados;
Como uma ferramenta pedagógica – na pesquisa, estudo de casos, análise de
condutas, desenvolvimento de competência informacional, desenvolvimento de
análise de dados e do raciocínio clínico.
Para isso, destaca-se a necessidade de capacitar os docentes e incluir a
unidade de competência digital na formação de tais profissionais. Esses devem
compreender as mudanças e serem receptivos aos novos recursos pedagógicos,
readaptando a metodologia de ensino, enfrentando os desafios contemporâneos e
atendendo à diversidade que essa nova conjuntura educacional exige.
O grande desafio das instituições é sair do ensino tradicional, em que o
professor é o centro, para uma aprendizagem mais participativa e integrada ao cenário
de prática. Deve objetivar o desenvolvimento de habilidades que hoje só são
desenvolvidas ao longo da carreira profissional, por exigência do mercado de trabalho.
Para maior aprofundamento da temática novas pesquisas são necessárias,
sugere-se as seguintes abordagens: o preparo dos docentes para integrar recursos
tecnológicos na prática pedagógica, percepção das instituições educacionais sobre a
importância que os recursos tecnológicos podem trazer para o aprendizado,
alinhamento pedagógico entre sala de aula e cenário de prática. Espera-se que este
trabalho acadêmico possa contribuir com pesquisas futuras.
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https://ieeexplore.ieee.org/abstract/document/7164918. Acesso em: 15 dez. 2019.
48
3 PRODUTOS
3.1 PRODUTO I
3.1.1 Título em Português
Protótipo de um Aplicativo Eletrônico Denominado: Prontuário Eletrônico para
Aprendizagem
3.1.2 Título em Inglês
Prototype of an Electronic Application Named: Electronic Medical Record for
Learning
3.1.3 Público-alvo
Discentes, docentes e preceptores dos cursos na área de saúde;
Todos os interessados no uso dos aplicativos como ferramenta de ensino.
3.1.4 Objetivo
Disponibilizar para as universidades um protótipo de aplicativo eletrônico
capaz de integrar docentes, discente e preceptores dos cursos na área de saúde, de
forma a aproximar a universidade do cenário de prática e da realidade profissional,
visando potencializar a aprendizagem.
3.1.5 Apresentação
A adoção de dispositivos tecnológicos como meio de comunicação e
entretenimento está redefinindo o comportamento social e principalmente as formas
de interação entre pessoas. São comuns as tomadas de decisões a partir de consultas
a aplicativos relacionados a previsão do tempo, trânsito, finanças, compras, entre
outros, influenciando a vida cotidiana (PINA et al., 2016).
Influenciado por essa mudança de comportamento, surgem os aplicativos
(Apps) com potencial para desenvolver o aprendizado dentro e fora da sala de aula.
49
Há diversos tipos de App disponíveis no mercado, entre eles, aplicativos específicos
para a educação, tais como, jogos educacionais, livros (entre eles, dicionários,
enciclopédias) e revistas, além dos direcionados para gerenciamento e organização
de atividades e processos (NICHELE; SCHLEMMER, 2015).
Esses aplicativos viabilizam o espaço de convergência da Internet com as
telecomunicações, criando ampla rede de comunicação e de oportunidades de
aprendizagem. Dessa forma, a integração de novas mídias, contribuem para a criação
de novas estratégias de ensino, aprendizagem e auto capacitação (MELO;
CARVALHO, 2014).
Antes dessas mídias serem disponibilizadas aos usuários, passam por um
processo que envolve o planejamento e a criação do produto. Esse processo é
definido como prototipagem, representação da interface a partir de especificações
preliminares para simular a aparência e a funcionalidade de um software. Essa
representação passa por avaliação dos usuários para validar a ideia ou propor
mudanças e melhorias, antes de ser desenvolvida (SANTOS, 2006).
Diante dessa reflexão, considera-se importante a utilização de ambientes
multimídia por meio de aplicativo, para subsidiar e incrementar o processo ensino
aprendizagem. O objetivo é disponibilizar um protótipo de aplicativo eletrônico capaz
de integrar docentes, discente e preceptores dos cursos na área de saúde, de forma
a aproximar a universidade do cenário de prática e da realidade profissional.
3.1.6 Metodologia
O protótipo foi elaborado com base nos ícones disponibilizados nos diversos
software de PE disponibilizados no mercado, e para atingir o objetivo proposto, foram
inseridas funções interativas voltados para aprendizagem. O processo de
desenvolvimento foi definido em duas etapas:
Concepção e definição do problema:
Etapa essencial para a criação e desenvolvimento do produto. A definição
surgiu a partir da necessidade de aprimoramento do processo de aprendizagem
usando o PE como recurso pedagógico e pela carência de ferramenta tecnológica
50
para tornar o entendimento dos conteúdos atraentes e de fácil assimilação e
articulação com a prática.
Definição e desenvolvimento:
A construção do protótipo foi realizada no Microsoft PowerPoint, no Microsoft
Paint e no site Marvel app que é um serviço on-line que tem como objetivo ajudar a
montar protótipos de aplicações para smartphones. As telas criadas referem-se a:
Interface de login figura 2, permite o controle por meio da identificação do
usuário mediante a inserção de um usuário e senha, disponibilizando o acesso para
docentes, discentes e preceptores;
Figura 2. Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface de login
Fonte: elaborado pelo autor.
Interface central figura 3: após realizar o acesso, é apresentada, ao usuário,
a área central do ambiente. Nesta interface, são listadas as opções para navegação:
quiz, pacientes, pesquisa, indicadores, e-mail institucional e o ícone de vigilância
hospitalar destinado para notificação de riscos e agravos à saúde, denominado
VIGHOSP.
51
Figura 3. Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface central
Fonte: elaborado pelo autor.
Interface para cadastro do paciente figura 4: destinado para coletar as
informações pessoais.
Figura 4. Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface de cadastro do paciente
Fonte: elaborado pelo autor.
52
Interfaces destinadas as informações e achados clínicos: anamnese, exame
físico, evolução e prescrição, respectivamente figuras 5, 6, 7 e 8.
Figura 5. Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface para anamnese
Fonte: elaborado pelo autor.
Figura 6. Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface para exame físico
Fonte: elaborado pelo autor.
53
Figura 7. Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface para evolução
Fonte: elaborado pelo autor.
Figura 8. Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface para prescrição
Fonte: elaborado pelo autor.
Interfaces de suporte assistencial, destinadas para apoiar o profissional a
tomada de decisão clínica, como: resultados de exames laboratoriais e de imagens
figura 9, protocolos do Ministério da Saúde (MS) figura 10, calculadoras figura 11 e
54
lista de Classificação Internacional de Doenças (CID) e Problemas Relacionados à
Saúde figura 12.
Figura 9. Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface de acesso aos exames
Fonte: elaborado pelo autor.
Figura 10. Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface de apoio a tomada de decisão clínica,
protocolos
Fonte: elaborado pelo autor.
55
Figura 11. Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface de apoio a tomada de decisão clínica,
calculadoras
Fonte: elaborado pelo autor.
Figura 12. Prontuário Eletrônico para Aprendizagem: Interface de apoio a tomada de decisão clínica,
lista de Classificação Internacional de Doenças (CID)
Fonte: elaborado pelo autor.
56
3.1.7 Resultados Esperados
Contribuir com a comunidade acadêmica trazendo a proposta de um produto
interativo, capaz de potencializar a aprendizagem.
Referências do Produto
MELO, Rafaela da Silva; CARVALHO, Marie Jane Soares. Aplicativos Educacionais Livres
para Mobile Learning. XI Evidosol e VIII Ciltec [Internet], v. 3, n. 1, p.1-6, jun. 2014.
Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/329572683_APLICATIVOS_EDUCACIONAIS_LIV
RES_PARA_MOBILE_LEARNING. Acesso em: 22 fev. 2020.
NICHELE, Aline Grunewald; SCHLEMMER, Eliane. Aplicativos para o ensino e
aprendizagem de Química. Renote, [s.l.], v. 12, n. 2, p.1-9, 15 fev. 2015. Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. http://dx.doi.org/10.22456/1679-1916.53497.
PINA, Fernanda et al. Adoção de M-Learning no Ensino Superior: O Ponto de Vista dos
Professores. Read. Revista Eletrônica de Administração (porto Alegre), [s.l.], v. 22, n. 2,
p.279-306, ago. 2016. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/14132311.0262015.54352.
SANTOS, Robson Luis Gomes dos. Usabilidade de interfaces para sistemas de
recuperação de informação na web: estudo de caso de bibliotecas on-line de
universidades federais brasileiras: desenvolvimento do protótipo. Desenvolvimento do
Protótipo. 2006. 9731 v. Tese (Doutorado) - Curso de Ppg em Design, Puc-rio - PontifÍcia
Universidade CatÓlica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007. Cap. 10.
3.1 PRODUTO II
3.2.1 Título em Português
Vídeo – Prontuário Eletrônico como recurso pedagógico
3.2.2 Título em Inglês
Video – Electronic Medical Record as a pedagogical resource
3.2.3 Público-alvo
Docentes dos cursos de saúde
57
3.2.4 Objetivo
Apresentar o Prontuário Eletrônico aos docentes dos cursos de saúde, através
de um vídeo que relata a importância dessa tecnologia, a sua utilização no cenário de
prática e a possibilidade da sua utilização como ferramenta pedagógica.
3.2.5 Apresentação
O avanço tecnológico vem submetendo as instituições de ensino e
professores a buscarem formas inovadoras em suas práticas metodológicas como
meio de tornar o ensino mais atrativo e dinâmico, distanciando-se do modelo
tradicional, possibilitando assim uma maior aproximação da realidade digital
vivenciada pelos discentes (SANTOS; LIMA; SILVA, 2020).
Nos cursos da área de saúde um importante recurso pedagógico que pode
ser adotado pelos docentes para incrementar a aprendizagem é o PE. Essa
ferramenta já faz parte do cenário de prática dos discentes e as suas informações
podem ser utilizadas para o ensino e a pesquisa, além de possibilitar o
desenvolvimento de competências específicas, dentre elas: habilidades de
comunicação usando sistemas de registro eletrônico; acesso e análise das
informações e desenvolvimento do raciocínio científico (PONTEFRACT; WILSON,
2019).
Os achados apresentados na pesquisa, remetem que os docentes não
utilizam essa ferramenta em seus planos de ensino por falta de conhecimento quanto
ao uso e as potencialidades que o PE dispõe na construção do conhecimento. Assim,
na tentativa de elucidar a importância desse instrumento e como incentivo para inserir
o PE na prática pedagógica, foi criado como produto de intervenção um vídeo
ilustrativo.
A estratégia de utilizar vídeo ilustrativo se deu pela capacidade atrativa do
recurso audiovisual, que permite uma ligação entre o mundo sensorial visual e o
auditivo. O vídeo é um texto sincrético, produto da fusão de imagens, sons, textos
escrito e falado, e a encenação, pretendendo facilitar o entendimento dos valores
propagados nos comportamentos e no modo de ver o mundo dos espectadores
(PIROLO, 2013).
58
3.2.6 Metodologia
O roteiro do vídeo foi elaborado com base no objetivo do produto e nas
referências utilizadas na construção do artigo. Após reunir as informações e os dados
necessários para o briefing, foi desenvolvido o argumento principal direcionado ao
público-alvo, que são os docentes.
Depois da aprovação do roteiro pelo orientador, deu-se início o processo de
montagem na ilha de edição. O programa utilizado foi a versão gratuita do Powtoon,
que é uma plataforma on-line de criação e edição de vídeos. Essa ferramenta reúne
cenas e um banco de imagens que facilitam a produção e estimulam a criatividade.
Optou-se por um cenário dinâmico composto por imagens e sons
tecnológicos, com a proposta de inserir o espectador nesse universo digital. O
conteúdo é apresentado em forma de convite, utiliza uma linguagem persuasiva e
coloca o docente em posição principal para adoção das inovações na prática
pedagógica.
O vídeo foi cadastrado no portal eduCAPES e recebeu o seguinte
identificador: http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/573017, posteriormente foi
veiculado no Youtube e no site da Faculdade de Medicina (FAMED), além de
compartilhar o link em plataformas como: Whatsapp, Instagram e Facebook,
facilitando o acesso dos interessados.
3.2.7 Resultados Esperados
Espera-se que esse produto funcione como instrumento de persuasão
contribuindo para que os docentes compreendam a importância das informações
disponibilizadas no PE, as possibilidades de utilização como ferramenta de ensino e
a necessidade de aproximar as aulas teóricas da realidade de trabalho dos
profissionais.
59
Referências do Produto
PIROLO, Ester Anholeto. Vídeo publicitário: a persuasão no diálogo entre
linguagens. Cadernos de Pós-Graduação em Letras, v. 13, n. 1, 2013.
PONTEFRACT, South kirkby; WILSON, kurt. Using electronic patient records: defining
learning outcomes for undergraduate education. Bmc Medical Education, [s.l.], v. 19, n. 1,
p.1-8, 22 jan. 2019. Springer Science and Business Media LLC.
http://dx.doi.org/10.1186/s12909-019-1466-5.
SANTOS, José Arthur da Silva; LIMA, Wagner Soares de; SILVA, Monique Gabriella Angelo
da. O uso de vídeos ilustrativos no processo de assimilação e fixação dos conteúdos, nas
aulas de ciências nas séries iniciais. Diversitas Journal, [s.l.], v. 5, n. 2, p. 1223-1233, 9
abr. 2020. Galoa Events Proceedings. http://dx.doi.org/10.17648/diversitas-journal-v5i2-811.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS DO TACC
Neste trabalho constatou-se que a utilização do PE como recurso pedagógico
representa um grande desafio para as instituições de ensino dos cursos de saúde,
que precisam compreender a necessidade de desenvolver novas práticas
pedagógicas, para garantir conhecimento e competências essenciais diante da era
digital.
O uso do PE no cenário de prática dos cursos de saúde está cada vez mais
consolidado, por isso, os docentes devem pensar na possibilidade de incorporar este
recurso em seus planos de ensino, com objetivo de potencializar o aprendizado,
trazendo práticas pedagógicas diferenciadas que permitem associar o conhecimento
baseado na literatura aos casos reais descritos no PE, aproximando cada vez mais a
universidade da realidade profissional.
Atendendo a necessidade de acompanhar esse cenário de forte inserção
tecnológica, que requer o uso das TIC, como ferramentas que agregam valores na
construção do conhecimento, sugere-se que sejam disponibilizados para os docentes
cursos de formação para a utilização pedagógica do PE, visando ampliação de
possibilidades de aprendizagem.
Diante da necessidade de proporcionar ambientes de troca de saberes,
experiências e aprendizagens, foram elaborados dois produtos educacionais de
intervenção:
60
1 – Protótipo de aplicativo eletrônico denominado: Prontuário Eletrônico de
Aprendizagem, direcionado aos discentes, docentes e preceptores;
2 – Vídeo ilustrativo direcionado aos docentes como incentivo para inserir o
PE na prática pedagógica.
O trabalho despertou também a curiosidade para outros temas relacionados
ao assunto que carecem de pesquisa, tais como o preparo dos docentes para integrar
recursos tecnológicos na prática pedagógica, a possibilidade de pensar em novos
métodos que envolvam, cada vez mais, a integração teórico-prático, no intuito de
romper a barreira do ensino tradicional, e a percepção das instituições educacionais
sobre a importância que os recursos tecnológicos podem trazer para o aprendizado.
REFERÊNCIAS GERAIS DO TACC
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65
APÊNDICES
66
APÊNDICE A: TCLE
67
68
69
APÊNDICE B: QUESTIONÁRIO
1 – Quando foi seu primeiro contato com o Prontuário Eletrônico?
( ) 1° - 4º períodos
( ) 4º - 8º períodos
( ) 8º - 12º períodos
( ) Residência
2 – Durante a graduação, alguma disciplina trabalhou nas aulas teóricas com Prontuário
Eletrônico?
( ) Sim
( ) Não
Em caso afirmativo, indique quais:
___________________________________________________________________
3 – O que consta do Prontuário Eletrônico, que poderia ser explorado durante as aulas
na graduação?
___________________________________________________________________
4 – Você tem login para inserir informações no Prontuário Eletrônico?
( ) Sim
( ) Não
Se não, como você faz para inserir as informações?
___________________________________________________________________
5 – Existe supervisão das informações que você coloca no sistema?
( ) Sim
( ) Não
Em caso afirmativo, indique quem faz a supervisão:
___________________________________________________________________
6 – Assinale a coluna que melhor indica o seu grau de concordância com cada uma
das afirmações seguintes:
1
Discordo
totalmente
2
Discordo
3
Neutro
4
Concordo
5
Concordo
totalmente
70
7 – Idade: ______ anos.
8 – Sexo: ( ) masculino
( ) feminino
9 – Em que tipo de instituição você cursou a graduação?
( ) Instituição pública estadual
particular
( ) Instituição pública federal
( ) instituição
71
10 – Em que ano você concluiu a graduação? ______________________________
11 – Qual das alternativas você se enquadra:
( ) Acadêmico em medicina.
( ) Residente do programa de residência médica.
Qual a especialidade? _____________________________________________
( ) Residente do programa de residência multiprofissional.
Qual a profissão? _________________________________________________
72
ANEXO
73
ANEXO A: Parecer do Comitê de Ética
74
75
76
77
