Histórico
A Faculdade de Medicina de Alagoas foi fundada em 03 de maio de 1950 e, em janeiro de 1951, teve autorizado seu funcionamento e primeiro vestibular. Ao longo desses anos, passou por inúmeras mudanças e transformações e as provocou, igualmente, em todo o estado. No entanto, nada se compara às transformações que vêm acontecendo desde a década de 1990.
Em 1991 ocorreu uma mudança significativa no ensino médico da UFAL, por ocasião da elaboração do projeto pedagógico global da Universidade. A Direção do então Centro de Ciências da Saúde (CSAU), baseada nos princípios do sistema de saúde vigente no país, nas recomendações da Associação Brasileira de Ensino Médico (ABEM) e nas condições físico-espaciais existentes, definiu o perfil do médico que queria formar: um profissional que deveria dominar o conhecimento da realidade sanitário, tendo como referência o SUS e capacitado para atuar no mercado de trabalho como generalista e complementar sua especialização na pós-graduação.
Porém, apesar de o projeto pedagógico para a saúde ter sido considerado um avanço para a época, após algum tempo a comunidade acadêmica e os parceiros dos serviços verificaram a necessidade de ajustes no modelo vigente, principalmente quando se passou a ter uma maior clareza sobre o profissional médico que a sociedade precisaria nos anos seguintes.
A virada do século trouxe influências positivas para a construção de um novo modelo de ensino-aprendizagem para o Curso de Medicina.
A partir de 2001, docentes, discentes, técnicos e representantes dos órgãos de classe e gestores de saúde e de alguns segmentos da sociedade reuniram-se no Núcleo de Ensino Médico – NEMED, para construir um “Projeto de Reestruturação do Curso Médico”, com uma proposta de formação baseada nas necessidades de saúde da população.
As Diretrizes para o Curso de Medicina, de novembro de 2001, foram essenciais para nortear a integração do Ensino com o Serviço e para definir os princípios na construção de um novo currículo médico, de forma que houvesse uma contextualização entre o que se ensina e o que se necessita do profissional egresso.
O currículo de transição foi implantado em 2005 e, como estratégia para sensibilização e planejamento do currículo a ser implantado em 2006, o Colegiado de Curso e a Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD), estabeleceram, a cada bimestre, uma Semana de Acolhimento (escuta dos alunos), Planejamento e Capacitação docente.
As mudanças curriculares propostas foram ratificadas por alunos e professores, como ajuste ao conceito ampliado de saúde, às mudanças tecnológicas e à realidade social.
A reestruturação curricular aconteceu junto a várias mudanças dentro da estrutura acadêmica e administrativa da universidade. Entre elas, a criação das Unidades Acadêmicas, em 2006, implicando numa desburocratização e autonomia para as atividades e decisões das faculdades. Assim, o Curso de Medicina deixou de fazer parte do Centro de Ciências de Saúde (CSAU), junto com os demais cursos da área de saúde, para voltar a ser Faculdade de Medicina (Famed).